segunda-feira, 18 de junho de 2007

Diga outra palavra

O sol se pôs mais cedo esta tarde
O céu mudou o ton e claridade
O vento mudou o curso e a cidade
mudou pra ver você chegar.

As pessoas saem dando cambalhotas,
Os pássaros que dão todas as notas,
Os automóveis não param mais no semáforo
Só porque você me disse 'olá'.

A mulher do tempo agora só diz que é sombra,
Sol e chuva não existe mais nessa cidade.
Os jacarés do meu quintal que fazem todas as compras
Porque você me disse 'quem sabe'.

Diga outra palavra que mude a cidade,
Ou então cante uma canção.
Fale palavras tristes como 'saudade'
Mas antes mude meu coração.

segunda-feira, 11 de junho de 2007

Novo empregado.

Sem ninguém pra guardar as ilusões, elas estavam sem parar
Pernoitando nas mentes dos seres mais fortes.
Dos mais inteligente o receio de pensar,
O pior dos pesadelos de muitos, pra outros era sorte.

Então veio a decisão de um novo guardar contratar,
Conseguiram um. Magro, estatelado mas com idéias de tirar
As ilusões da cidade e em guardá-las em seu devido lugar.
Mas pra isso, um teste rápido ele teria que passar.

O patrão, rei da ilusão:

"Não é com a mente, nem com chapéus e cajados
Nada disso tem valor, pra quem vive de se iludir.
Diga-me, guardião. Não fiques calado.
O que faz a ilusão da mente de qualquer pessoa sair?"

Mas o proposto guardião deixou de contar
Onde tinha trabalhado e o que estava a procurar.
Foi guardião de um reino na verdade
E o reino era logo o da realidade.

"Não queria dizer nada, pois não tinha nada a pronunciar.
Mas agora tenho, e digo logo pra logo não ficar tarde.
A única resposta pra tua pergunta me cansei de trabalhar.
Pra uma ilusão sair da mente, precisa de realidade."

E com um sorriso no rosto,
Deixando o rei a contra-gosto.
Recebe o seu chapéu e seu cajado.
O novo guardião do reino das ilusões está empregado.

sexta-feira, 8 de junho de 2007

Ilusões

Na volta pra casa, o guardião das ilusões.
Perde seu chapéu e seu cajado que só é útil pra lhe aparar.
Logo, pensa em se aposentar, tal como um ancião,
Está cansado e inútil para das ilusões guardar.

Então, decide o guardião, com o rei dos reis falar.
É difícil pra ele pedir demissão de tal lugar
Desde o início das ilusões, ele é o guardião
Então o rei assim então, resolve lhe presentear.

"Te dou, meu guardião, o reino que quiser
O reino da vida, do morte e do tempo pra você reinar
O reino do amor pra você e sua mulher
Escolha, seu querido amigo aqui está querendo lhe agradar"

"Amigo, caro amigo, quero sair porque cansei.
Por mim vivia a vida no luxo numa mansão
Aqui, só de uma coisa eu soube e sei
A vida, toda ela é uma ilusão."

(a saída do guardião das ilusões)






quarta-feira, 6 de junho de 2007

Em cima do amor que eu te dei
há ilusões e pensamentos bandidos
E pra quem vinher me perguntar, mentirei
E levarei as mesmas ilusões que nunca deviam ter existido.

Nego pra lhe deixar confusa,
Pra se perder do seu reinado,
Reinado dado antes de receber,
Reinado antes invisível que acabado.

Já vou indo, diz o guardião das ilusões,
Ele avisa pra mim que vai embora,
Sai dizendo que tem muitos corações
e Rainhas semi-nomeadas pra confudir là fora.

Agora meu reinado está sem guardião,
é mesmo como batalha perdida,
Ele não saiu por sair, oh trabalhador guardião,
saiu pois você estava de saída.

(O reino das ilusões)


segunda-feira, 4 de junho de 2007

Mini férias

Só de saber trabalhar,
sabia da origem do céu e do mar.
Com o ardor nos olhos, e os pés rachados,
chegou onde está sem saber comemorar.

Queria entender a crueldade do mundo
Tentar entender todo aquele jogo sujo
Que o fez perder sua vida,
Que o fez chorar por sua querida.

Mas como pode tanto medicamento
não poder aliviar de um homem o sofrimento?
Já não cura mais esse peito, não tem jeito.
Acabou, mas acabou com tudo feito.

Um homem sem dívidas - Para à pessoa que eu mais vi trabalhar na vida.
(Mas cita a minha vó, que foi a melhor pessoa)

sexta-feira, 1 de junho de 2007

Pra minha querida deza,

Andreza, me pediu por gentileza
Uma rima com seu nome.
Andreza, irradia de tão acesa
E de tão forte, nunca some.

Primeiro de tudo, vem seu sorriso.
Sorriso de pura beleza.
Penso em adjetivos pra descrevê-la,
E o que me vêm primeiro é a pureza.

Não me vêm com muita clareza,
Palavras com sutileza,
Dedico à ti estes versos
Que eu batizei de 'Andreza'.

(Andreza)

flores

Mariazinha sabia muito mais do que devia
De tudo que havia dentro daquela flor, sabia Maria.
Esperava arrogância e muita ilusão
Mas eram muitas lágrimas e flores no salão.

Maria agora sabia o que não conhecia,
A menina, já tarde, aprendeu o que era amar.
As pessoas do salão agora levariam
Flores para a menina que não pode mais voltar.

(As Flores de Maria)