sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Auto-crítica invisível jamais será tardia

Tão piégas, tão demodê
Não parece que não quer vê
Nem parece que quer sofrer
E nem sofre, mas quer saber
Como faz pra um dia sofrer
E quem sabe reconhecer
Que o dia irá amanhecer.

Sonolento.
Deixou pra dormir em cima da hora
E agora briga com o tempo
Pra saber se chega atrasado
Ou se fica um ser desatento.

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

40º

Ela
É tão noite que chega a ser vento.
É meu ócio e chega a ser fome
Que sempre aumenta com o tempo
Que me faz desmaiar porque não some.

Ou porque aparece.

Pois se é fome, cresce com o tempo
E o quanto mais demora para aparecer
Mais penso em vê-la lá fora e tento
Achá-la mas nunca consigo ver.

Até consigo.
Mas não acredito.
Então Penso comigo.
Devia ter dito
Perto do seu ouvido.
Mas com o ruído
Da dor do castigo
O vento frio,
daqueles nunca que nunca tivera tido
Me fizera passar fome
Me fizera virar homem

Menti.
Ou me enganei.

Pois se ela é noite,
Que não existe sem vento,
Ela depende do vento,
E do tempo pra virar noite.

E a noite me transforma em homem
Mas quando a vejo, ela me deixa menino
E agora não mais nem dizer meu nome
Quem sabe eu espero o soar do sino
Pra saber se com ela eu sou menino
Ou se com ela ou sou caba homem.

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

lista de presença.

O dia passa. Quase chorando.
Quase achando graça da agonia
Da espera de estar voando,
Ou somente deitado. Esperando o dia.

O dia não mais passa.
O que é bom, pelo menos para mim.
Agora, posso ver a cor da cachaça
Que veio depois de um "sim".

As flores agora se mexem, me entrertem.
Penso nelas com calma e percebo
Que quando os raios solares nelas refletem,
Me lembro de ti, e por isso que bebo.

(Por isso)