23:32 - Que sejam Bem-vindas! Tragam-me o sol forte fora do meu quarto às 11 da matina(?). Tragam as bananas amassadas com leite e achocolatados, as horas sem dormir na madrugada, a televisão, a reclamação, o infinito. Que me tragam explosões, mas que me ponham de volta à serenidade.
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23:49 - Como seria a morte? Essa está entre uma das perguntas mais retóricas e feitas no mundo. Mas como é se entregar a morte? Muitos pacientes entubados, após dias de coma, UTI, ou algo do tipo que os levem a ficar muito debilitado, sentem quando é a hora certa de suas mortes. Fazem alguma despedida mais longa, tem alguma conversa mais séria. Rezam, temem a morte. Com o sincretismo que lhes foi aculturado, temem ainda mais o inferno. Como é se entregar a morte? Seria simplesmente o fechar dos olhos para dormir em mais um dia qualquer? Esperar uma senhora de capuz negro com feições gris e uma foice há muito foi esquecida. Para os que não querem se entregar, o que fazer? São apenas pensamentos que não chegaria nunca a conclusões, pois estou vivo.
(perdões pela palavra)
terça-feira, 30 de junho de 2009
férias
Postado por ciro guilherme às 23:25 1 reclamações
sábado, 27 de junho de 2009
fim do dia
Sou de mentira, mas não de ilusão.
Postado por ciro guilherme às 23:41 2 reclamações
não leiam, ouçam
essa pessoa da foto?
essa pessoa da foto não é você
Se eu sei que nessa fotografia
Usaram feitiçaria
Feitiçaria usaram um pouco em você
Tem quem quer me enganar
Querem me enganar
Mas não vão conseguir
não vou deixar
Sei quem é você
sei de sua beleza
Sei que nunca foi sonho pra mim
Sonho pra mim
Nunca foi, nem será
Nunca foi, nem será
Nunca nem sonhei com fotos
Postado por ciro guilherme às 23:29 0 reclamações
tempo
perco tempo,
falo pouco,
falo baixo
reinvento
um amor
de feriado
enquanto
você promete
permanecer do meu lado
Estou atrasado
Dói as pernas,
dói os braços
Os pés choram
Mil amassos
Mil cabeças
pulsam rápido
você me ilumina
você me ilumina
você me apaga
e me elimina
Me sinto tão bem
Choro de noite
choro de dia
chego em casa
a cama vazia
tem ninguém pra mim
tem ninguém
"tem alguém aí?"
Me sinto um cachorro
Lato e mordo a mim mesmo
Só pode ser sonho
choro sempre no fim
Soa cachorro chorar "caim"
Me sinto triste
Pareceram-me
mil mulheres de biquini
Mil tesouros
Mil felicidades
A rua é fria,
Há pássaros pra alimentar
há você pra curar
há você pra me curar
há você? não há.
Só há felicidade
e a felicidade é o que
toma conta do ar
Sorrio sem querer
é tanto hahaha
que sinto que vai acabar
Postado por ciro guilherme às 19:34 1 reclamações
se
Mais do que eu já vi em seus olhos
Você aposta que não
E eu te mando anotar
Seja num voo de avião
Seja com falta de ar
Eu te darei meu coração
E você me dará o mar"
Quando abro os olhos no meio de um beijo
Quando inocentemente me pede um desejo
Pede-me e eu só faço admirar você
Seria todo o amor enfim explicável
E seria você em busca de ser afável
Postado por ciro guilherme às 19:12 0 reclamações
sexta-feira, 26 de junho de 2009
Sobre poetas (2)?
"Poetas tristes não são poetas. São aproveitadores preguiçosos. Descontam em sua incapacidade de dissertações sobre a tristeza e fazem poesias que nem sequer rimas. Não assemelho poemas com rimas, mas o que eles fazem são pequenas prosas separadas em estrofes. Reclamam da tristeza e não fazem nada. Circundam sua melancolia com rimas feitas, pois são incapazes de sequer mudarem o repertório. É sempre o mesmo "tristeza não tem fim...". Quando fizerem textos sobre suas tristezas aprenderão que é fácil domá-las."
Autor desconhecido
Postado por ciro guilherme às 23:28 3 reclamações
Absurdo
Quão abstenso de mim mesmo tenho me tornado
Sou escravo do início
Dono do amor
E libertador do fim
Ouço o despertar da dor tocar
A cor dá de manhã um aspecto triste
E seria mais triste não levantar
Desconjuro tudo que me dizem que existe,
pois prefiro dormir que ter que acreditar
Perco-me, despeitado
Sou entregue a derrota
E se me derem rota pra alegria
Alegre fico se chegar
Enquanto muitos perdem a vida
Eu encaro a derrota como bebida
Postado por ciro guilherme às 23:12 1 reclamações
quarta-feira, 24 de junho de 2009
incas
Não sei dos Incas, nem Maias, tampouco Astecas
Mas perdi o som da fala quando pela manhã
Vi, ou eu diminuindo, ou o céu se abaixando
Esse mundo tá me enganando. Sei que tá!
Ou tem alguém controlando tudo...
Vi o fim do mundo falhar duas vezes com você
E espero que se chegar uma terceira,
você me beije, mas não pela última vez
E sim, primeira de nossa nova vida
Postado por ciro guilherme às 20:18 0 reclamações
eu
Eu sou nada perante o mundo
E sou menos perante a todos
Debaixo do lençól
sou tão pouco,
tão pouco,
tão poeira
quase nada
Sumo e apareço
Vi na rua um nostradamus desses de esquina
Carregava uma placa "O fim está próximo"
Que ele quis dizer com isso?
Não acredito em profetas de esquina,
mas isso muito me interessa
Postado por ciro guilherme às 20:07 0 reclamações
segunda-feira, 22 de junho de 2009
vós
e não senta na mesa,
que limpa a ferida
Com tal sutileza
Que fica abatida
Que fica surpresa
Que é minha torcida
E toda a beleza
És mais que uma mulher
Mais que mil tesouros
Não sei o que
És mais que um batalhão
Pronto para uma guerra
Para me salvar
Não sinto perigo
Se és mais que uma rainha
Que clama por seu povo
És mais e és igual
Toda soberana
Quando ninguém sabe o que és
Tua prole te chama de mãe
Postado por ciro guilherme às 18:30 1 reclamações
sábado, 20 de junho de 2009
1000 dias
Pareceu ter sido 1000 dias sem ver um ao outro, mas nem era. Parecia para cada um. Para ele a culpa do mal encontro, a ela só reclamações e vazio, não havia o que se fazer. Mas sempre há o que se fazer, e ele iria até muito mais longe por ela, quanto mais 3 quarteirões. Que são 3 quarteirões para a vontade de se ver? Creio que ele tenha ido com algum meio de transporte ultrarrápido, a atrapalhou e eles se mataram, se mataram de vontades, de apertos e beijos e afetos que não imaginariam dar um ao outro, mas só 1000 dias para saber fazer.
Postado por ciro guilherme às 19:00 0 reclamações
é cedo
A6 Bm6 E7/9 D+
É cedo ainda pra se ver tão só
Tem dó, vai lá
Se perde de mim,
Se perde do chão
É ordem?
É não.
Disfarça que o amor chegou aqui
Tem jeito não
Finge que o amor
É quase sempre em vão
Tem jeito?
Não.
Me perdoa se não faço nada pra ter jeito
Sou um sujeito sem caminho,
sem um bom terno de linho
Sem no bolso um tostão
Se compra amor?
Se dá ilusão?
Bb+ D#+
Não quero saber se onde está você
o amor é de graça,
da graça de ver enlouquecer
Não quero só ver um amor sem graça
De novo disfarça a solidão
Que eu disfarço ter tostão
Postado por ciro guilherme às 11:32 0 reclamações
sexta-feira, 19 de junho de 2009
você sabe?
Não era tão tarde assim, mas como há horas não via as horas, Inácio achou que fosse madrugada. Ele não tinha muito a perder, a ganhar, a esconder e a ganhar. Comprou uma bela donzela, pediu a mão de seu violão em casamento e saiu por aí em busca da cidade perfeita. Inácio não sabe mais se comunicar... Tudo que quer saber, canta ao invés de falar. E não espera resposta que não seja canção.
Postado por ciro guilherme às 22:37 0 reclamações
cartas para solidão
Bom dia, princesa!
Me traiu diversas vezes, mas no final, vinha com uma voz meiga, tentadora pra mim, lógico. Na verdade, não posso reclamar muito de traição, eu sou de tanta gente, e você só me divide. Sei que nos gostamos e não quero te deixar assim tão fácil.
Com afeto,
Solidão
Postado por ciro guilherme às 22:19 0 reclamações
esta é
"Este é meu último poeta, depois de longos anos sendo poesia". Lembra o famoso "aqui jaz", mas pode ser metáfora ou comparação. É a metalinguagem. A poesia se torna o poeta e o poeta encarna a poesia. Sendo assim, o último poeta de uma poesia, é o seu primeiro poeta.
Sem mais,
perdões.
Postado por ciro guilherme às 22:13 0 reclamações
quinta-feira, 18 de junho de 2009
No ônibus
Quinta-feira, 18 de junho de 2009
Sorri e enfatiza. Depois me hibridiza
Deixa falarem mal, deixa pensarem mal
Cega-me, enfaixa-me e venda meus olhos
Seja em brincadeiras ou por aí nas feiras
Sei que freiras não gostariam disso
Mas somos tão pequenos.
Você é ainda mais!
Eu te amo
e você me traz a paz
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Além de você
Imagino o mar mais calmo,
você naqueles dias,
um velho lendo um salmo
A letra de um senhor
com cara de um vovô
É trêmula
"Maldito seja esse Parkinson!"
Perdoem-me o mal-dito
Mas me deixa muito aflito
ele ser tão popular
Volto à você
Ou somente "para"
Você nunca me pára
E eu nunca consigo ver
alguém além de você
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IEOP
Não é bem uma paródia,
plágio, sátira, discórdia
Sou prisioneiro dela
E ela nem pensa em me soltar
Quem disse que eu quero?
Pelo menos espero
Que desta vez esteja com sorte
Que quando for julgado,
seja pena de morte
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Esse sol
Esse sol tá me enganando
Ou o relógio me tá
Chega a ser desumano
Esse calor aguentar
O pior é chegar suado
no dia de me casar
Espero que minha noiva
Nem mesmo chegue a notar
Ah, não vou me casar
Pelo menos isso
É só uma quinta qualquer
Que agora virou o meu vício
Se todo dia fosse quinta
Eu não vivia em desperdício
Postado por ciro guilherme às 21:54 0 reclamações
...
tornam-se fáceis quaisquer empecilhos
O mais difícil era fazer você ser minha,
Simples. E quanto mais simples fica, mais bonita vai estar.
Afável. Meus beijos são felizes por hoje te acompanhar.
Bela. E somente bela era até eu me apaixonar.
Estrela. E quanto mais eu me apaixono, mais estás a brilhar
Linda. Quando te vi, me deu vontade de roubar
Arrisco. Te amar ainda mais, tornar meu amor meu risco, e num risco num papel te amar.
Postado por ciro guilherme às 09:06 0 reclamações
dividir teto
Eduardo não pensava em casar, em dividir teto com ninguém. Havia sido desacreditado que uma mulher o levaria à vida perfeita. Via os casais a sua volta e não os imaginavam felizes. Sempre brigando, sempre achando alguma picuinha... Mas ele não esperava encontrar Teresa. E esta o fez sentir um baque mais forte que cem mil aviões colidindo numa guerra. Ela era da lua, e não de lua. Seu corpo ficava na terra, e a cabeça viajando, falava besteiras, criava planos inuteis, não se apaixonava, mas era apaixonante.
Teresa, quer ser minha mulher, dividir o mesmo teto comigo?
-Claro que sim.
E assim, Eduardo começou a divagar, devanear, viver no mundo da lua, pois o teto de Teresa era bem mais alto que o das outras mulheres. O teto dela era o espaço, era o infinito, e era só sua cabeça.
Postado por ciro guilherme às 08:43 0 reclamações
tirinhas :)
08:42 - Além das poesias, crônicas, divagações, besteiras, sandices e vastos sinônimos, voltarei a fazer tirinhas! Tirinhas de pouco diálogo, de pouca reflexão, ou somente mini-histórias que não tocam o seu coração!
Postado por ciro guilherme às 08:33 0 reclamações
Inadap
As pedras se movem mais rápido, e eu fico a organizar palavras de maneira estriônica, pois é isso o que sou.
Cidadão perdido no espaço, peixe em busca da privada, coração esperando a frequência que lhe dará a ressonância.
Respaldo minha vontade de falar sobre mim e a equiparo com minha vontade de falar sobre você. Tá aí.
Mais inerte que eu, pessoas como eu se movem mais rápido, e você fica a organizar palavras a espera de uma ecatombe. Em mim, não!
Ecatombe num coração, peixe se debatendo, astronauta esperançoso... você é tudo isso e procura ser mais.
É amor em busca da razão, mil pessoas juntas em busca da solidão.
Contorna suas estrelas de afasia
me despreza
Desenha teu sorriso saíndo de uma flor
não mente
Que repente mais chato!
Ou será o repentista?
Ou será protagonista
Que tem sorriso de flor?
Ela é muda como flor
muda de procurar sol,
muda de não falar,
debaixo do lençol
e até de cima do altar.
Ela é muda e o sol clemente
pede ajuda ao repentente
Eu que não ajudo coisíssima nenhuma!
Eu sou sono, ela é alvoroço
Eu sou carne, você pescoço
Postado por ciro guilherme às 08:20 0 reclamações
sábado, 13 de junho de 2009
enfim
Vivo enfim como um cavalo alado
um espelho refratado
que te reflete em mim
um pensamento de vida
perfeita
Essa mulher quer ser assim
E por mim me deixa tão transfuso
O uso do absurdo que é o amor sem fim
E sorrindo, ela em mim, se deita
Quem sou eu pra dizer que não?
Eu sou espera, ela é liberdade
Eu sou razão, ela é saudade
Sou do vão, ela vale a pena
Ela é do melhor filme a melhor cena
Como pode um espelho refratado
ferir a luz e deixar-me te ver?
Como pode um coração ritmado
Querer por volta de um absurdo viver?
Postado por ciro guilherme às 14:40 0 reclamações
terça-feira, 9 de junho de 2009
don't use nothing
Use the love to think
And think to use the love
Are you gonna be sink?
We'll jump together in the cove
B7+ D# B7+ F
I walk in this side
Because here has the love
I keep in this street
Because in others I cry
G Bb C
If some say that your heart
It looks like with somebody that make me apart
And If I say that my soul
Shine searching anything a pretty thing to give you
B7+ Dm C7m G#
Use the love to think
And think to use the love
Are you gonna be sink?
We'll jump together in the cove
Postado por ciro guilherme às 21:22 0 reclamações
eu sempre acho que
Eu sempre acho que não carece de tanta preparação. Algum cantor falou palavras desmotivadoras hoje de manhã. Algo como "pra que tanta arrumação/ o fim é sempre igual/ é sempre sem palavras/ ninguém ama no final/ se espera curtir o momento/ aceite sua condição/ que essa mulher adora um tempo/ e você adora levar não"
Postado por ciro guilherme às 13:48 0 reclamações
domingo, 7 de junho de 2009
proud of you
G
You may don't care about
Em C C/B Am
The future and the next meeting
Am F
I'm ever in the doubt
F C C/B Am
And ever searchin' anything
To say
That I proud of me,
proud of you,
proud of make you smile
And I bounce to my friends
And I tell to everybody
I ever stand from your side
Before It was only me
Before It was only you
But now It's us
I guess that could be free
Guess that I can't be true
But now I'm fine
for you
I could have milion women
I could be the beautifulest boy
I could be ever running
Or looking for a brand new joy
But now I'm feel good 'cause I have
in my mouth the kisses of isabela (x3)
Postado por ciro guilherme às 20:31 0 reclamações
quinta-feira, 4 de junho de 2009
...
Meto-me a solucionar problemas,
e meu problema maior
dura mais que duas semanas
Um dia a mais que isso,
é problema
e é resolução
"Vou ver a resposta no fim da página"
Como se tivesse folha na vida,
Como se houvesse data de partida
E porta pra orientar a saída
Não tem nada disso
Não vejo a ignorância
da menina que não me quis
Ela finge não saber de nada
Pra conseguir ser feliz
Postado por ciro guilherme às 16:32 0 reclamações
original
Mas eles não precisam combinar
Eles nem se quer tentam
Pois gostamos deles assim
E os abrimos enquanto sertirmos
Seu silência me irrita
Enquanto eu não paro de falar
Mas no fundo gosto
De ouvir e sentir
Nosso silêncio
O cansaço
Quando nossos olhos
iguais e distintos
Abrem-se para descobrirmos
Calados, sem ruídos
O amor."
(Isabela de Almeida Tinoco)
Postado por ciro guilherme às 08:52 0 reclamações
Paráfrase
É difícil eu fazer paráfrases, mas neste caso, eu sonhei com esta e senti-me na liberdade e simplesmente na vontade de fazer.
Meus olhos não são iguais aos seus
Mas acho até que eles combinam
Eles realmente não tentam
Combinar não é tão fácil assim
Quando os fechamos para nos sentir
E abrimos para nos vermos
Meu silência me confunde
E você se entrete a falar
E sabe o quanto que eu gosto
De ouvir e sentir
Nossos ruídos
O vigor
Quando nossos olhos
são postos em pudor
Abrem-se no final
E no final eu descubro
teu amor
Postado por ciro guilherme às 08:46 0 reclamações