domingo, 6 de setembro de 2009

Até

Quero, primeiramente, agradecer a mim mesmo, por ter me aturado em tantas aventuras, desventuras, venturas, rasuras, doçuras, amarguras... Foi tanta coisa, em tão pouco tempo, em tão pouca vida, que serviu-me de passatempo, serviu de descarga da fúria, tristeza, confusão, lamúria, chateações, amores... Ah, tantos amores que teria que fazer outro blog para descrevê-los. Queria agradecer aos futuros amores que me inspirarão no papel, até por voltarei a escrever, voltarei a mostrá-los que estou escrevendo. Mas acho que aqui, neste singelo e carcumido lar, as palavras não me comovem como antigamente.

Voltarei em breve com outro endereço, e deixo todas estas tristezas como testamento de meu pieguismo.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

eu

Quero abandonar isto aqui, para que, se um dia perder a memória, que não mostrem-me as inúmeras asneiras que escrevi aqui por volta de 1946. Perdoe-me os que cultivaram e compartilharam a alegriae tristeza de meus versos.

Virei ave como lagarta virou
Espero não saber quem sou
Vou para ser esquecido
Voo para nunca mais voltar.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

BN in E

A7+ A7/13
Boys flyin' searching the sky
F7+ F7/13
Girls flyin' searching the moon
C7+ C7/13
Both them don't understand why
G7+
The pride never comes soon

And the pride jails the love
To the side ready to dope
Absorve the drugs that he gave
To the girl that he had cope

G7+ Bm Bm/A Bm/G

D7+ A7 D7+ A7 Bbº C#m
He'll never go to the dance club show
She'll ever know that ever remain beer
She could see him eyes
With other eyes

He don't want to be god
He don't want to make loud
But she can't see
But she don't want see

sábado, 29 de agosto de 2009

Sobre..

19:33 - "Você precisa se exercitar!". Ouvi isso algumas vezes esta semana - de mim e de todos - mas acho que não preciso mais ouvir. Carregar este mundo inteiro e continuar andando não é pouca coisa não!

(...) X

"Vou
vou riscar na parede um pedaço de céu que você me mandou
vou
vou pregar no meu braço um pedaço de mar que você me deixou"

Podia ser apenas um simples texto romântico. Um texto sobre o que eu sinto, senti, sentirei e sobre o que eu quis sentir. Um texto sobre nossa/minha vida, sobre amor, sobre outros amores. Mas, enfim, não é. Ao pegar-me sonhando, sonhei com um texto que não fiz, mas que não paro de pensar nos dizeres finais. Na verdade o fiz, mas não o tenho registrado. Não era sobre sua beleza em contraste com minha simplicidade, nem tampouco sobre a ternura de seu sorriso, não era sobre as picuinhas de um domingo qualquer, nem sobre o ócio, nem o êxtase dos teus ouvidos fez-me escrever o texto. Foi, talvez, a psicodelia de um sonho de uma noite mal dormida, mas que tivesse sido me fez perder, inevitavelmente, o sono. O futuro não me importa. Se me perguntarem o que mais me importa: se você ainda se lembrará de mim daqui a 20 anos e para onde vamos próximo sábado, direi que os dois tem a mesma relevância. Foi um texto para falar do que eu não queria falar, mas tudo que não falei, foi falando.

E sobre o trecho final do sonho, dizia:

Te encontrei não porque precisei te encontrar, e sim, porque sabia que ia te encontrar.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

São Paulo


Saudades, São Paulo!
Lembrei-me dos meus dias aí perto de ti. Recordei os passos e o teu cheiro, tua vontade de se demonstrar tão livre e tão tímida. Tão morta, e ao mesmo tempo frenética, viva, alucinante.

Queria dar-te um abraço, São Paulo, mas és grande demais para meus braços. Fico triste por seres também grande demais para meus pensamentos.

Confesso que, mesmo com meu amor e saudade, não moraria um ano inteiro em teu solo, mas com certeza, iria todos os 365 dias visitar-te, até que me digas "tá cedo..."

Espero voltar em breve. Não como um turista fascinado pela tua grandeza, mas sim como um simples amigo de tua timidez.


quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Samba do perdão

Am7/G D7/9-
Você que só me quis chorando
C# Cm Bm7
Foi chorando que veio me pedir perdão
DC# Cm
Desde então vive se lamentando
Bm7 A G
Classificando nosso amor como em vão

GG7 Bm
Eu vou fazer para que você
A6 D
Queira me ver sem eu querer

Eu não pedirei desculpas
Pois sou eu que tenho que te desculpar


Não me interessa
se o céu tá fechado
Se os anjos te barraram
Quando lá cê quis entrar

A vida cessa
O passado é passado
Se eles não te perdoaram
Então eu vou eu te perdoar

Mas eu não vou te perdoar
Se você me deu um fim
Não espero o meu beijo
Nem o cheiro de jasmim

Você vai querer voltar
E eu lhe direi espero
Lhe direi "meu bem, eu quero"
Um dia te desculpar

terça-feira, 25 de agosto de 2009

retribuo

Finjo não ser solidão
Para sozinho não ficar
A fim de te ver absurda
Refletindo meu olho no olhar

Sou boca da minha não-menina
Boca que só eu sei beijar
Boca que só me alucina
E assim sabe me perdoar

Menina dos olhos bandidos
Não sei mais ter certa visão
E os outros amores, aflitos
Me encantam de contradição

É anjo... e tem tanto pra aprender
Ou eu que tenho a ensinar
Quero te ver mais calada
Ou quero te ver me calar

domingo, 23 de agosto de 2009

como amar uma mulher só linda

Se fosse só por sofrer
Só para me pisar
No início da madrugada
Quando você, ao dançar
Pediu para em meu pé subir
Queria chegar as alturas
Mas quando estavas a sorrir
Eu pensei em tantas loucuras...
Pensei em matar-me de alegria
Senti-me forte, mas indefeso
Quanto mais você me sorria
Mas eu me via preso

Caí nos teus dentes
Ou só no seu brilho preciso
Dá pra curar doentes
Todo seu brilho no ciso

(...)


sábado, 22 de agosto de 2009

Sobre fúria


Me dá vontade de subir as paredes, chegar ao céu, brigar com todos os santos e anjos. Arrancar fio a fio meus cabelos, e entrar no primeiro boteco de esquina pedindo a pior e mais forte bebida misturada com aquela carne sangrenta que ao adentrar a boca e a saliva começar a tentar digerir, você se lembra do animal bovino sendo executado, e tenta por toda a culpa da ira em uma comida, em um copo de vidro fosco de tanta sujeira.
Quando vem o calor diário, me sinto castigado, e sinto vontade de me defenestrar pela janela. Dar boa noite aos últimos velhinhos sentados na praça jogando seus carteados, e enfim, jogar-me pela janela. Comer o último prato de arroz-de-leite, daqueles bem cremosos, com sabor de manteiga do sertão, e enfim, jogar-me da janela. Ou somente façam achar meu coração, pois não sei mais o gosto de amar alguém.