quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

dois pontos esse

É tudo que gira
E tudo que vai
O mundo só é mundo
porque não cai

E porque não tem onde cair
É tudo que se ergue,
A moça que encanta
O homem só cai
Porque levanta

E porque cansa de ficar deitado
É tudo que acaba
E tudo que reinicia
O menino só achava
Porque sempre perdia
Você se esconde,
Você sempre foge
Me vê com um capacho

Só vive distante
Porque sabe que eu te acho

Você sorri,
E fala baixinho
Sobe no dorso!

Só fala baixinho
pra ver meu esforço!


Esconde a verdade
A verdade dói
Deus só parou de criar
Porque o homem sempre destrói



Te digo a verdade
Ou te digo não
É triste esconder
É tudo em vão
Não vai entender
Se a solução
Do eterno viver
É viver em solidão

Deus criou o homem,
e este não aguentou se ver só
Triste
Cansado
Ele jura!

Amargura Azedume Doçura

penso

Penso. Desisto. Esqueço
Tanta falta de tanta preocupação
Tanta carta e endereço
Inválido só causa perturbação

Minha vida se divide em ida
E a volta se vê dividida
Entre entrada e saída
E um monte de porta perdida

Checo. Corrijo, mas não saio do lugar
Perdi o lugar do acento,
perdi o odor do ar
E o sentido do vento

Corro na direção do trem
Não consegui nele entrar
Espero a luz no fim do túnel
Mas to cansado de esperar

tristeza de final de ano

03:11 - Último dia do ano. Não dá para desejar algo para um ano todo, as coisas tristes são inevitáveis, assim como as boas. Não serei tão dramático e dizer que não as existem. São equilibradas, e para as aguentarem e controlarem bem, a única coisa que desejo a mim e a todos do mundo é o equilíbrio. O equilíbrio mental, o físico e o emocional. Eu, definitivamente, queria ser forte o bastante para não ter emoção de partida. Não que hei de viajar, nem ninguém que conheça. Mas apenas para não sentir a saudade de algo que não voltará mais. Saudade, aflição, melancolia, isso tudo todos tem. Não há necessidade de eu me esconder atrás da felicidade, fingindo um falso otimismo, se basta uma palavra para a chuva vir a tona, e deixar minhas idéias enxarcadas de ácido, alucinógenos de pensamentos e ilusões que distorcem voz, cor, imagem e personagem.

anormal

Diga-me quem tu és
E te direi com quem andas
O mundo gira em torno
Do muro de minhas varandas

O vento entorta o trigo
Pertuba o danado em vão
Logo chega a máquina
E o homem o transforma em pão

Eu sei que tu sois alguém
Que persegue uma outra pessoa
E passa a vida aquém
Procurando uma vida boa

Procura, procura
E não acha nada

Desiste de viver com o amor,
E acha que amar é sofrer
Se amar trouxesse só dor
Ninguém saberia o que era o prazer

Me joga para longe da casa,
eu sei que tu não sabes quem sou
Mas basta dizer-me teu nome
Que digo-lhe pra onde vou

Ou para onde quero ir
Se você comigo for

Saí da minha própria alma
Meu corpo não sente o toque
Não ouve uma salva de palma,
Não vê o meu próprio desfoque

Sólido as idéias de um solitário
Que tem companhia pra dividir a solidão
Pior que dividir o salário,
É dividir uma ilusão

"Sonho que se sonha só
é só um sonho que se sonha só
Mas sonho que se sonha junto
É realidade"

(Raul Seixas)

she must be sad

Enquanto tantos se perdem na calçada
Eu me procuro preso na minha cama
Pareço suspeito, e parecia nada,
E parecia tudo. Só não tinha fama

Depois me deixei me ver
E olhei um pouco a janela afora
Daqui todos parecem envelhecer
Mesmo depois de ter perdido a hora

Mas ainda há tempo de ver o tempo passar
E se ver no espelho, vendo surgir
Um monstro reflexo do seu penar
Um nada, sem nexo que vai sair

Do espelho,
E te possuir

Visível aparência viril
Breve insanidade capaz
De tornar-te um besta sutil
Que só faz desejar a paz

Já são mais de dois mil
E ainda chove...





36 dias

rodava,
rodava
caía no chão

matava,
cavava,
jogava o caixão

dançava,
sujava,
limpava o salão

amava,
amava,
tem rima não


terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Fight Club End

É impressionante como eu me apaixono pelo final de 'Clube da Luta'. O filme todo eu sou viciado, tento absorver todos os ensinamentos de Tyler. Mas o final, há algo naquele final que me faz sentir bem, que só em vê-lo dizer "It's gonna be ok", eu penso logo que as coisas vão realmente melhorar. Que chegará 2010, eu me verei livre do mundo, quiçá. Hoje foi um dia bom para mim. Além de ter visto luzes, de longe, rodando, e de cabeça para baixo, eu exarcebado de emoções vindas de televisão, fiquei com vontade de explodir mil prédios e bancos da cidade. O nilismo é muito utópico para mim, e é utópico ser utópico. Eu prefiro achar que sou o que sou, e que caos e ética se confundem. Nem todos são loucos...

Hotel Cervantes

Há muito eu vejo Arnaldo em sua rede vermelha com seu inseparável companheiro Ezequiel ao colo, tocando uma música de uma banda nacional chamada "Hotel Cervantes". Ele toca aquele mesmo início meio 'surf music' milhares e milhares de vezes, até começar com o simbólico "Meu coração..." Ele se apaixonou pelos seus dedos quando, pelo inconsciente, ele tocou o riff inicial com exímia perfeição que o fez lembrar de um certo 15 de agosto da sua vida. Ele toca, e toca e toca e após cansar de tocar ele canta a música que diz "Solidão, parceira de mil noites, minha tábua de salvação! Qual palavra que dá nome ? meu sofrimento, minha paixão" É isto. Espero que ele não sinta-se nessa solidão, vou tentar falar com Arnaldo, e pedi-lo para tocar Chico Buarque ou o velho Tom.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

as cartas que nunca mandei

Eu cheguei a fazer 2 cartas para ela, mas ela me achou na minha pior época romântica. Eu perdi a inspiração, e achei nela! Mas eu tinha receio de me declarar, de pensar em um futuro, mesmo sendo o mais próximo possível. Eu não queria alguém apenas para satisfazer meus desejos carnais. Passei a fazer livros imensos de assassinatos, no meu abafado quarto durante 3 anos. E matinha as 2 cartas nunca enviadas sempre do meu lado. Eu não as queria entregar. Mas cheguei um dia a levar para um de nossos encontros. Sim, mas visto que ficaria sem jeito de cara com a romanticidade dos meus olhos sendo refletidos pelos dela, desisti e guardei no bolso. Eu continuo a escrever. Não é mais suspense. É o mesmo pieguismo de 1984, mas agora sobre ela! Só tenho a agradecer...

domingo, 28 de dezembro de 2008

ASNEIRA

Venha cá, garoto! Vou lhe ensinar a não dizer mais asneiras!
-Que asneira que disse?
-Não vou repertir, moleque.
-Que disse?
-Que disse?
-É, que disse?
-Vi tu falar para um tipo desses que estás a andar que o amor existe. Já mandei esquecer esta besteira.
-Mas...
-Nada de mas e menos. Hoje você vai aprender que o que vai sentir hoje é bem pior do que o que vai sentir com o amor.

(...)

300

Postagem de número 300! Viva as primeiras poesias! Viva as últimas crônicas não lidas! Tudo o que foi lido, espero melhorar, e o que não foi lido, muito mais da metade de todos meus textos, espero continuar com eles para mim, para que ninguém os interprete.

A crise: Depois de minutos conversando comigo mesmo, e com Beatriz, concluí que essa crise que dá nos jornais é mentira! Não existe, é pura alienação. Eu continuo comprando, todos continuam comprando. Tudo vira efeito placebo na cabeça das pessoas. Um pão que não foi comido, não foi comprado gera discussão para a imprensa. Nem a crise essa existe, nem a de 29 existiu. Não existe crise, existe pobreza sempre, e esses pobres que não compram em crise, não comprar sem ela.

[Quis comentar sobre a crise apenas para aproveitar o post número 300]


sábado, 27 de dezembro de 2008

Ilha de Iladuia

Todos criam ilhas do amor,
de mil romances
As tornam famosas
Mas lembro-me de relance
De uma ilha desconhecida
Ela já estava perdida
Junto com minha amada
Carregava água na cuia
Vestia-se de plantas
Na ilha de iladuia
O mar era igual aos outros,
Mas algo me fazia sentir
Distante do mundo
Peguei-me a sorrir
A lua trazia as sereias
E eu via os espetáculos
De mil outras criaturas
De mil outros tentáculos
Ningué soube que eu fui-a
Num dia semi-infinito
Quando voltei de ilanuia
O céu ficou mais bonito

Palíndromos (Impossível)

Ande, Edna!
Animal é aço
Lâmina é oca

Rapaz aparece em roda
Adormece e a paz apar-
Ece
Ece

(...)

A lima caiu da limeira
A ri em iladuia*, camila
ria do catarro
orra, taco daí (rrrr)**

Levou tacada certeira
A ri e trecada catuô*** vel
E o catarro caiu
Uia, corra, taco! E

Pah, no chão...
O acho, nhap!****


Legendas:

*Iladuia é uma ilha situada no pacífico, onde habitam animais de aço, projetados pela cientista Edna an dé, que tem o poder de curar meninas com catarro dando-as tacadas nas costas.

**Onomatopéia de fungada, para tirar o excesso do catarro nas narinas.

***Sinônimo de buliu, catucou, mexeu...

****Onomatopéi de fim!






olhar para trás

"Cuidado, olhe para trás!"
Isso não se diz,
isso não se faz.

O tempo se foi,
O tempo nunca antes tido,
Virou tempo perdido

As palavras foram em vão
O menino olhou para trás
E o pra frente foi, o caminhão



Mesmo com todo o dramatismo dos amores perdidos, nunca tinha feito nada tão triste como essa poesia. Peço desculpas a mim mesmo por ela, e prometo a mim, pois só a mim importa, não escrever nada tão triste.

E.S owns

Eu preciso explicar o por que do título? Acho que não, ninguém vai entender então! E se você está lendo, vou logo adiantando que estou falando mal de você! (suspense)

(...)

Agora vai ficar tentando desvendar essa sigla, e essa palavra em inglês.

(Boa sorte)

MENTI! haha

Amanhã vou ver o céu
como vejo todo dia,

Amanhã vou ver o sol
como vejo todo dia,

Amanhã vou ver o mar
É difícil de vê-lo assim

Se o dia vier a calhar,
O dia não vai ter fim

Amanhã irei fugir para lua
Ainda falta os últimos acordos

Sairei de tanta rua.
E a lua não será de todos

Será minha!
Serei o dono da lua
Como dizia o cebolinha


mudança de estrutura (talvez)

Sozinho
posso ir ao banheiro e deixar a porta aberta
Sozinho
posso gritar no meu ouvido,
Posso deixar de me ser,
posso falar de você
Posso chorar,
Assim como posso
Se não estiver
só.








Eu
estou sem I
(CRO)

Eu estou semi-

(COR)


difícil de entender (depois fatoro)

Olhei tua
mão
na minha
mão
nos teus
cabelos
por cima de mim

Olhei para seus
olhos
nos meus
olhos
no seu
rosto
por trás dos teus
cabelos
por cima de mim

Faca no
meu peito
bate forte quanto te
vejo
raramente
vejo
você

Volto a te admirar
os seus
cabelos
por cima de mim

SMEEEEEEEEEEEEEE (capitão gancho)

03:16 - Lá vou eu e minha nostalgia de sempre falar de besteiras que não são importantes para ninguém que lê, nem para quem ouve, vê, lembra-se... Acho que ninguém lembra-se na verdade, apenas eu, pois muitos não o viam. Mas como me proporcionou alegrias aquele gigante capitão gancho! Não era tão gigante assim, mas se comparado aos soldados que o combatia, era quase invencível. Gancho, o perverso! Lembro-me de fazer todo o exército de corajosos soldados subirem montanhas, matarem-se uns aos outros, só para chegar na fortaleza indestrutível do capitão de roupas cor de vinho, com um gancho na mão, que falava com voz grossa, e não se enquadrava em nenhum tipo de características dos outros inimigos deles. Eu sempre o fazia perder, não era racional, mas se hoje tivesse a oportunidade de ver todos de novo, faria com que o gancho vencesse pela última vez.

Falei de máquina

04:10 - Eu fui falar da máquina, acabei me lembrando da mágoa! Me deparei rindo de tal comparação! Mas hoje em dia, na madrugada, tudo anda tão perto... Eu estava na máquina, matando diversos mafiosos, na velha rede vermelha. Me balançava, matava mais mafiosos, e entrava naquele universo ao ponto de nas situações de perigo, sentia a adrenalina sendo liberada pela hipófise(?) fazer com que minha barriga ficasse fria. É tudo besteira, ora mas que tolice! Mas quando mais me sentia na máquina, mais me desprendia dela e me lembrava da flor que nunca saiu do meu bolso. Daí veio a mágoa! E se eu tinha pensado que a máquina era de tolice comparação, a mágoa me fez decepcionar-me comigo mesmo.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

nunca tenho título

Ela só é desastrada
Mas basta um único toque
Pairado na minha mente
Para que meu cristalino desfoque
E perca toda a gente

De vista
Não sinto,
Nem ela sente


sobre o sonho que tive

Ela só é calada,
mas tem a voz da poesia
Que o mundo enfim se acabe
Que neve ao meio-dia
Se isso não for verdade





não sei que horas da manhã

25 de dezembro de 1999

Posso não saber das horas, mas sei que sinto saudades do que ainda passarei. É estranho ter saudade de algo 9 anos depois do dia em que vos escrevo. Presentes, presentes, elogios, comidas, festas, e desejos. Muitas realizações se passam, as palavras se perdem na garganta, no papel e no vento. Nada me diz resposta, nada me tem direito. Eu vou fazer direito e me acostumar com a afasia. E o direito de resposta não me diz acostumado. Eu já não sei de nada, se é 1999, 2008 ou fim de 2009. Eu sei que se dizem que Natal é tempo de renovação, já estou bem ao ponto de ser jogado fora.

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

nugget

Fry your nugget
By the midnight sound
Dance your fast lambada
While I stay around

Shake your lion's mane
Hit the bushy boy
Under home tree
Please don't be coy

And we'll feel fine
And you want make revolution
Just 'cause you want be mine
Your love have not corruption
Get the right line

OH OH

Pull my lips for your world
Get down and make your job
This ain't friend thing
While I'll keep my sing

Don't mind if I sleep
Don't sleep if I don't be kind
We have not a kid
Nobody goes mind

sábado, 20 de dezembro de 2008

desta

Como desato o nó
da solidão
Vivendo nela?
Me iludo em pensar
Que é tudo ilusão

Já era, ou vai ser
É tudo a mesma infinita corda
Cheia de ninguém,
Passa e desata para não me sufocar
No teto,
Para não me matar

Eu pedi a Nossa Senhora,
Aquela que desata nós
Para quando nós a sós
Conseguirmos desatar
O nó da solidão
Se estou com ela,
Não estou somente um,
Estou no chão

É tudo brevemente em vão
Semi-desatado
O nó sólido e amarrado
Na ponta do meu colchão
Desprende-se da minha mão
Como um bolso roubado

É tudo sempre inútil
O leite desnatado
Para tanta gente fútil
Que quer sair do chão
Para voar
Se sentir fina e forte
Quando chegar o tufão

foguetão

Eu vou soltar foguetão
No dia de são
que eu ver você

E logo que ele explodir
Eu vou me calar
Quando ele subir
E se tiveres surpresa
É tanta clareza
No nosso céu

E o foguete,
Pipocando os ares
Servindo os bares
Do nosso amor

Olha, amor
Esse foguetão
Bailando em cima de nós

Solta fogo,
É tão vibrante
Exala as cores
Vibra com as flores
De lá, tão distante

Eu soltei,
quando te vi

enrolei como papel

Eu me enrolei,
Foi este todo meu fardo pesado,
Eu falei de flores
Mas só era ir no mercado

Hiperbolizei
Os versos que fiz para ninguém
Assim, sem qualquer um
Sigo para o além
Cheirando arsênico
Indo comprar papel higiênico

Eu, você e alguém mais

Eu tenho que ir
Como nunca antes tive,
É tanta mentira
Tanta pressa, declive
Que viro presa
Fera, e meu amor

Que surpresa!
Depois de tanto amor,
não amores,
amor.
É difícil falar de mim
Sendo o meu próprio
Então,
Para começar,
Começarei a me machucar
Porque não lembro onde vi
Mas amor,
Só traz dor.

(desculpem o pieguismo)

nunca sei o que por aqui

Me vejo sem nexo
A vida é tão inútil, fato
Ou só é o fato de tudo ser complexo
E não saber mais o que é exato

Tento me empurrar para um jeito só
Quebrando paredes,
Desatando o nó
Da afasia que dá na garganta

Nunca me canso,
de nunca parar
de dizer nunca

Preciso de descanso
De mim mesmo
Para me tornar manso
Comigo, só

ou com ninguém

De volta, talvez

Eu me via cansado de tanto pieguismo, me tornei incapaz. Mil crônicas, dissertações eu fiz, mas tudo se tornava tão sem graça, às vezes chulo, cansáveis e sem nexo. Não iam para trás, para frente, ficavam na mesma, e eu os estava fazendo apenas por não ter o que fazer. E admitia a mim mesmo que não tinha mais inspiração para poesias. Pois bem, é com prazer e festejos (natalinos), que volto com as poesias de março!

São as águas de março fechando o verão, é promessa de vida no meu coração...

Luciana

Luciana,
já dizia a canção,
sorriso de menina
acalma um coração

Luciana,
na paz da manhã
nasceu uma menina
que trouxe junto consigo
um novo amanhã

Foram tantas outras
que nasceram no mesmo dia,
Mas tenho a certeza
Que nenhuma outra Luciana,
De nenhum outro dia,
Trouxe tanto amor
Para toda uma familha
E ao desabrochar da flor
Fez nascer uma filha

É com tanto orgulho,
que vejo esta menina,
Que já foi tão menina
Que já foi tão bebê
E agora está a crescer
Deixando de ser menina
Pra escolher o que vai ser

Luciana,
já dizia a canção
sorriso de menina
Acalma o coração


sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Não existe vida perfeita

Eu me vejo chegando de um dia longo desses dias e férias comuns, o sol a pino, não é deserto, é apenas a boa, velha e quente Natal. Eu chegava em casa, olhava pra você, não entendia, mas te esperava. Eu daria-te um abraço, daqueles de 10 minutos, eternos, perto da piscina. Seria como um filme inteiro, seria silencioso, seu ouvir sua voz, e seu eu sequer conseguir falar. Após isso entraríamos, ficaríamos no computador, presenciaríamos a rotina, comeríamos! Faria-te mil receitas, iria comprar teus doces preferidos, tiraria fotos, e quando o dia estiveste prestes a acabar, te levaria para a duna. Veria o sol se por, e em seus olhos, o sol se pondo, lento, tão lendo que ao chegar em casa, já era tarde. Era noite, quase manhã, e íamos ver 'Clube da luta' pela nossa 10a vez, e primeira juntos. Escutaríamos nossas bandas preferidas, cantaríamos, sonharíamos. E ao amanhecer, nos balancaríamos na rede até nossas vidas acabarem, e o silêncio tomar conta de nós por completos.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

daydream

Não consegui uma definição perfeita para a palavra daydream. Minto, consegui. Quando a descobri, achei a palavra mais bonita de todas as línguas. Dizem que é saudade, mas não. A palavra daydream é perfeita em seus sentidos todos.
Analisando-a "palavra por palavra" Day, significa DIA e Dream, SONHO. Logo, Sonho do dia! E o que é o sonho do dia, quando você não está dormindo? O pensamento? Também, mas nem todo pensamento é sonho. O sonho do dia é o devaneio! E eu sempre adorei a palavra devaneio. Que pra mim, é a segunda mais bonita. O daydream é como tudo aquilo que sonhamos acordado, é besta, é puro, inocente. Ele nos leva para onde nunca fomos, e não sabemos chegar. Todos somos daydreamers, mas não admitimos, não é uma doença, nem uma paranormalidade, mas não há de negar que sou meio louco.

sono hehe

Para os milhões de leitores anônimos de meu blog:

Vocês devem estar se perguntando: "Porque a mudança frequente de nome, e porque o vivocomsono ficou definitivo?"

Pois bem, a mudança frequente serve apenas como forma de status. Eu não gosto disso, mas acabo não gostando mais ainda dos nomes que vou colocando. E eu não vivo com sono. Tipo, eu não estou com sono agora, mas eu coloquei apenas para metaforizar a hora em que eu mais escrevi nesse blog. Que foi a hora de sono, sem calor. Eu não tenho tanta inspiração sem sono. Sou um daydreamer, talvez.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

rim rim rim

Arnaldo viajava sentado. Ele formulava planos para si, imaginava destruir o mundo com suas mãos, imaginava as pessoas escorregando, fluia as idéias em sua cabeça como fluem os automóveis em uma estrada de uma grande cidade. Ele pensava, pensava, pensava e não expunha nada, pois tudo era muito besta, muito utópico, muito sem graça para as outras pessoas. Até o dia que ele encontrou alguém que não era como estas. Foi em agosto que ele foi apresentado a Amélia. Ele se sentiu livre, ecsasiado. Contava sobre tudo o que pensava. Dizia que as estrelas eram bem mais do que os astrólogos diziam, que dava para morarmos nelas. Falava de cigarros, de filmes, e de mensagens subliminares. Em um dia, conseguiu falar mal de todos os que ele achava mal. Ela defendia, mas não prendia o riso. Ele não se lembra qual era o show, mas em um momento qualquer da noite, eles selaram suas vidas, mesmo sendo ainda por meses. Elaboraram um plano para roubarem rins dos outros. Faziam, e riam, e imaginavam-se ricos. Em apenas um dia. Amélia e Arnaldo, dois sonhadores, dois bestas, por assim dizer, e logo tornariam-se dois apaixonados. Mas há seus dias de tristeza na vida do casal. Após longas conversações sobre tudo que há de ser imaginável, após o amor vir a tona, e a conversa ser esquecida, o amor se misturou e foi junto com ela. Arnaldo quis fugir, quis roubar o rim de todos, mas sabia que não teria graça se não fosse junto daquela que o fez sentir livre.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

astúcia

Bravo cavaleiro veloz, um semi Dom Quixote parnaso. Ouviu tantas palavras em sua cavalgada, tantas confusões que ele achava as terem causado que havia entrado em cada uma dessas picunhias. Vestido de algodão, suava frio. Sentia-se incompetente. Era astuto, mas era receoso. Lembrava agora o Sancho pança! Só que romântico! Ora, mas que mudança atroz, devo ter falado-o, mas de que adianta, se não é este que a escolhe. Tampouco seu coração. Pelo menos não reclamava da vida, era esperançoso, sabia o que queria mesmo não sendo o que realmente era o que era. Se fazia cansado, se adaptava aos demais. Já não bastava o seu cavalo tê-lo abandonado, o chão era quente! Não são todos que aguentam esses sábados infinitos. Ele está sempre perambulando, ele quer fugir do conto de Cervantes, ele quer ser o novo herói, ele quer ser quem não é ninguém. Olha para o relógio, vê que é hora de fazer uma besteir, e a faz! Se esconde por trás da moça pagã, se abençoa na frente da senhora cristã. É totalmente flexível, que dirá maleável! É novo, mas sabe ser rabugento. É velho, mas sabe subir as montanhas. É sábio, burro, Dom Sancho, Quixote Pança, quem o vê? Quem o crê?

eu vi

Quando o sol nascia, imaginava outros tanto prédios a minha vista sendo implodidos, e minha visão ampliando, talvez junto com a sua e a de outros, mas me fez lembrar de Tyler e Marla talvez, por minutos. Via o sol com força acabar com o céu, desmoronar as tantas pedras empilhadas que formam casas em posições verticais, para aqueles que não querer muito se expandirem. É tudo tijolo, concreto, gesso, cimento e tinta. Mas o cubículo apertado, por mais espremido que o seja, pode ser bem maior do que a maior das fazendas. Não sei o que digo, mas talvez o sol não seja só o sol.

broken heart hoover fixed sucker guy

Estou sem apetite,
sem vontade,
sem hora,
e sem saudade,
sem pressa,
não chora!
Depressa,
que eu vou embora
Não cessa
A porta afora
Ora merça
Minha senhora
É dessa
vez que eu vou
AGORA!

Mulher
de mente faceira
Só quer
a noite inteira
E a fé
que um dia aprendera
Se é
fé verdadeira
Não se apaga
como fogueira

É tanta
discrença no amor
E janta
que falta o sabor
Não canta
para qualquer flor
Me encanta
como um novo amor





estereótipos

No som alterna
Stereo, mono, vário outros tipos
De frequência sai do som

Você se altera
Rindo do que faço e pra mim
é tanta prepotência e acha bom

Mas não sabe
Que aqui se adoece e envelhece
E na cama dos hospitais
Você que enlouquece
Os outros outros tão normais

Você se vê no espelho,
É tanta opinião do coletivo
E acha que é apenas um ser vivo
Mas não passa de um ser robótico
De comportamento agressivo
Que caiu no estereótipo

Mil idéias outros tantos
Seres que formulam as idéias
Hão de ter de você

Mil pessoas de tantas outras idéias
Fazem tantos novos seres
Sem nenhum pra ser um ser





maquina de escrever

Penso em comprar uma máquina de escrever. Das pequenas, que são bem portáteis. Não precisarei de blog, não precisarei de tanta luz na cara. Falta pouco

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

pocotó

Joaquim estava cansado demais para pensar sobre o que fazer da vida. Ele havia tomado uma conclusão. Disse a seu cavalo brandão que não seria mais de uma. Seria de todas as que ele quisesse que fossem dele. Agora estavam dois garanhões a galopar pelo nordeste brasileiro.

Ezequiel

20:00 - Ezequiel, desde o início do mês esteve comigo. Apenas um dia não o vi, mas eu precisava de não vê-lo. Precisava desopilar. Agora ele está bem aqui comigo, falando de rejeições a melancolia, da filosofia "prafrentex", sei que agora, não serei tão quedativo. É chato esse neologismo todo, mas não resisto. Espero não cair tão cedo, e e estiver prestes, me lembrarei de falling slowly como me lembro bem de você.

show me

Show me your drugs
Find me in you
Get over in the sun
For get the shine

Now you have many pubs
And the drinks are there
You take your luck and the fun
You will get in anywhere

Everyone knows
I'm tired of them
But every relationship
Got to have a end

Now you got to exit
Maybe it's hour of sleep
You need have sure that the dreams
Can, a day, becomes a nightmare

domingo, 14 de dezembro de 2008

piscina

Não importa se dormi ou não, estou tonto o bastante depois de uma boa nadada na piscina assim que meu primo acordou. Pensei, pensei, pensei, pensei, pensei... foda-se tudo.

não sei que horas da manhã

Ainda não dormi. São 6:40 da matina. Após horas de reflexão, vejo que houve um lado bom depois de tudo isso. Não, não vejo. Preferia como estava. Mas vejo que agora é uma ótima oportunidade de eu me desprender da vida. Se não dos bens materias, mas posso dos sentimentos. Sem açúcar, sem afeto. Parafraseando Chico Buarque, serei revés como um espinho.

worst day

Eu já havia me condicionado a passar hoje um dia triste, muito triste. Desde a madrugada, quando ouvi os maiores xingamentos que a pessoa pode ouvir de um pai, passando pela noite suada, em que dormi em uma rede desconfortável, com os punhos tortos. Passei o dia todo me preparando para o dia piorar mais. Às vezes, quando o dia está ruim, é melhor as coisas virem de uma vez só. Perdoem-me pelas histórias das vida vida pessoal. Eu não gosto delas, mas como não há alguém pra ler, eu estou escrevendo aqui. Não quero ser sentimental, até porque passada a madrugada, aprendi que sou mais forte do que pensava. Da última vez, eu fiz duas canções para o fim. Desta, não consigo inspiração. Espero me desprender o máximo da poesia, além de não levar-me a nada, não me ajudará próximo ano. Não espero melhorar, espero que a vida melhore, pois ainda estou em dezembro.

sábado, 13 de dezembro de 2008

devan

E eu
achava
que
ainda
tinha
você

Droga. Não consigo
não
cair

Não gosto dessas CoIsAs beeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeem es-t-r-u-tu-rad-a-s

Eu que era para estar cnofuos (ops, conufos) MERDA!
(desculpem_me)

VOCÊ tá bem etnerefid, logo quando eu precisAVA de alguém para "conversar"

Agora fala de arrpen...[:(] dimento. TUDO ou nada bem, você é quem sabe(?)

...

Quando não sei o que falar, ponho reticências para elas falarem por mim. Não consigo fazer uma rima sequer, e a única coisa que me dava auto-estima está em erosão, num desastre natural qualquer. Ah, como sou fraco então! Falo da tristeza com uma melancolia de um coitado qualquer, para as pessoas terem pena, e depois perguntarem "O que houve?" e responder após isso "nada não". Nunca é nada, mas se a porra da pessoa demonstra tristeza fala o que é! Vou procurar outro lugar para escrever todas estas minhas merdas, e estou farto de não sair do mesmo lugar. Estou feio, mais do que sempre me achei, estou triste, mas não é por motivos de coração, que isso me deixa apenas pensativo. Estou confuso, também. Ah, que infinita vontade de gritar até perder a voz. Vocês tanto falam de tristeza também! Incerteza, dúvidas... Ah, além de fraco, feio, indeciso ainda imitão. Deem-me salvação!


Tristeza (último)

Espero que seja o último post sobre a tristeza ou qualquer sentimento que me deixe com quinhão de pensador do anor. Não pareceu dezembro o dia de ontem. Ah não, foi hoje! Era madrugada, e eu fiquei surpreso, com o corpo ecstasiado em todo o momento. Não descreverei fatos, mas pior que a tristeza é a raiva. Guardo uma raiva de um alguém que tanto tive amor tão grande, que não me sinto. E sinto pena, sinto rancor, e acabo não sentindo nada. Queria poder me drogar, fugir desta grande merda de cidade, de vida. Mas sei que tenho poucas pessoas, que conto nos dedos das mãos que gostariam ainda de ver-me aqui. E sou uma pessoa que tem consideração, respeito, carinho e afeto por elas. Inveja, cobiça, esses tipo de pecados capitais são os mais para pessoas fracas. Não tenho isso. O ciúme não é nada, mas me apego as pessoas que se apegam a mim de tal forma, que mais tenho decepções do que ciúmes. Eu odeio. Eu amo. E não saio por aí dizendo que sou inconstante. Eu sou sempre o mesmo, mas queria mudar, queria não ser ninguém. E hoje eu queria sumir, e não despertar tristeza de ninguém.

parece algo que nunca vi

Madrugada de algum dia de dezembro. Não sou bom com essa complexidade das madrugadas. Nunca sei qual o dia certo para dizer qual é. Pior é quando querem dar informações sobre horários de idas e vindas de viagens. "Que horas a senhora vai?", perguntei uma vez e me responderam "Na madrugada do dia 12, sendo que na virada do 11 pro 12". Que porra! Pensei bastantee acabei desistindo. Que maneira mais sem nexo de querer encolar alguém.
Pois bem, era madrugada de algum dia de dezembro (espero que não percebam a repetição), eu estava em algum lugar que não preciso comentar onde era pois não interfere no enredo. Agora você deve estar pensando que é falta de criatividade, ora bolas! Tudo bem, estava eu com a chave no carro no bolso querendo ir para casa. Estava em uma estrada cheia de ladeiras, morros nas laterais, com vista para o mar ao longe, e para imbecis ao perto. Sentei-me em um dos morros, era de duna, e eu sou fascinado por dunas. Daquelas altas que lhe proporcionam as melhores vistas, quer você esteja bem, mal ou não acompanhado. Observei o mar, os poucos carros que por ali passavam, o céu desbotando a cor indicando o amanhecer, a lua cheia, e ao olhar para o lado, para o meu lado, percebi um monumento incandescente, fluorescente (sim, era os dois) e era colorido, brilhava. Tinha mais ou menos 1 metro de altura, forma de prisma de base triangular, podia até calcular seu volume se tivesse com uma fita métrica. Mexi nesta coisa, bati, tentei ver de onde vinham as luzes. Pensei que fosse algo extra-terrestre, talvez seja. Mas não indicava nada, mas minutos mais tarde, vasculhando sua origem, vi escrito no lado direito, tocando o chão: "AMOR".


"Vai ver, o acaso entregou alguém pra lhe dizer o que qualquer dirá: Parece que o amor chegou aí, eu não estava lá, mas eu vi. Eu não estava lá, mas eu vi."
(Fez-se mar - Marcelo Camelo)


Diferente desta composição, eu não vi o amor chegar. Não sei nem se o que vi era o amor. Mas se o que vi, o era concretizado, materializado, eu não o senti como dizem por aí sentir. Não sei o que era, mas agora escrevendo, me lembrei que as luzes podiam vir da época de Natal!

para alguém qualquer

Eu que tanto conversei com Lígia sobre os amores, desde antes de que nós fossemos apresentados a ele, fico sem palavras para falar sobre esse fim de romance com Sávio. Me lembro quando tudo era perfeito, e eu nem pensava em subir a duna naquela tarde de abril. Eu era feliz, ela era feliz, e tinha mais alguém que não tinha dúvidas, não tinha incertezas, não era insegura, sei lá, já misturo Lígia com Silvia, e não dá certo ficar ouvindo Chico Buarque, pois ele já cantou Lígia, Beatriz, Silvia, Maria... Não adianta falar mais sobre essas tantas, só Lígia tem que entender que o amor durou, e não precisa ir querer buscá-lo, nem precisa de tantas lamentações desnecessárias. Ninguém pode querer ficar triste, muito menos ela! Mandarei erguer a cabeça, se afundar nas amizades que o amor é tão inconstante, e eu que sou muito mais ameaçado, estou aqui buscando a felicidade não me lamentando das profundas e verdadeiras lamentações.

descaso

Se é para fazer descaso
descase comigo
Não pegue-me pelo cansaço
procure um ombro amigo

Ou quem sabe um não tão inocente
Que supra teus desejos sacais
Faça, force a barra, invente
Uma outra maneira de roubar minha paz

Passe toda sua vida na cama
Mas não chegue contando o que fez
Isso não é coisa de quem ama
E espera a passagem da insensatez

E quando chegar a hora de ir embora
O mundo há de te levar
Deitado, esculpido, toda hora
É hora de na hora descansar

palmas

Uma salva de palmas ao Doutor Palhaço! Homem sério, respeitado, chique, cheiroso, educado, firme, forte e mais uma dúzia de adjetivos que o fazem ser esse sujeito tão nobre e conceituado nesta cidade. Numa festa onde, reunidos os médicos, também outros doutores de circo. Mulheres barbadas, malabaristas, aberrações, outros palhaços. Uma festa onde mais parecia um espetáculo circense, o palhaço como sempre deu show final. Após os cachorros mostrarem-se de pé, das bailarinas fazerem-se de difíceis, dos malabaristas provocarem suspiros, dos mágicos prender os olhares, o palhaço tenta fazer seu trabalho. Com mil copos nas mãos, ele cai, dá gargalhadas, derruba, molha, chora... Mas não consegue provocar o riso dos outros. Talvez porque seja uma espécie diferente de palhaços, mas este que quis voltar para casa governando o carro, se mostrou mais uma vez covarde quando chegou o final do espetáculo. (E nem choveu)

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

quase sempre todo dia

Eu que já tinha me cansado de olhar pra lua
Que já tinha desistido de cantar pro céu
Ladrilhei todo o terraço pra formar minha rua

Eu que já tinha desistido de um novo amor
Que já era conhecido como o redentor
Eu olho todo dia pr'onde ninguém vê

Eu procurava quase sempre algum sonhador
Que pudesse conversar sobre uma nova paixão
Mas não tinha um alguém para me consolar

E foi aí
Que eu, sempre desacreditado
te achei

Então eu passei muito tempo para acreditar
Que eu tinha entregado o meu coração
Mas não resistia ao brilho no seu olhar
Quando refletia você em mim

E foi aí
Que eu, sempre muito apaixonado
te achei

E hoje ainda tento disfarçar todo o clichê
Quando tento falar algo sobre você
Mas não tem nenhum outra forma de mostrar
O meu amor

E foi aí
Que hoje ainda estou apaixonado
pois te encontrei


(Samba de envelope e fósforo)

sufoco

Não precisas mais me dizer o que é o sufoco para eu te acompanhar. A gravata que estou usando junto com essa camisa list(r)ada está formando a combinação perfeita para uma noite sem ar. Não consegui uma boa combinação de cores, estou me achando bem feio, e gosto de usar roupas sociais, mas não estou ligando muito, não terei que mostra-me para ninguém. Sai fumaça de tudo que é lugar, sinto o cheiro dela, pois a infeliz está cada vez mais dispersa. Espero que em Moraes, ele toque "lá vem o Brasil descendo a ladeira", que não tenha problemas com álcool, e que eu encontre algum qualquer para poder conversar, pois até a madrugada estarei só.

darkside again

Ah, me lembro da brisa movendo as plantações que deram bons frutos, quando ventava em março. Estou a alguns meses no trem de volta para casa, e vez ou outra, entro em enormes túneis semi-infinitos. Quando todos do trem começam a desconfiar aparece a luz que vem se aproximando muito rapidamente, o que prova que os túneis são enormes. Vez ou outra vejo várias plantações, que me lembrar das aulas de geografia sobre monocultura. Semi-irrigada, talvez. Muitos já foram descendo, mas eu continuo no trem, e acabei de dar uma pausa rápida pois estava debaixo de um desses túneis. Não sei para onde vou, mas acho que não precisa de tantos túneis esse caminho, ou pelo menos podiam botar luzes para eu poder escrever.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

primavera em dezembro

Era quase 2 e meia da manhã. Eu estava prestes a dormir. Fiquei imaginando cenas de filmes, cenas que me fizessem ter sono, pois sabia que ia acordar cedo, mas não conseguia cair realmente no sono. Quando finalmente imagino um bom sono, que ia me fazer perder os sentidos, penso em você. Não em você exatamente. Imagino-me fazendo uma carta para alguém descrevendo você. Eu sei que você é linda, mas todos a veem. Não por egoísmo, mas não queria dizer que és linda! Não queria exaltar características externas, nem nada que outros soubessem, nem que sentissem de ti. Seria muito fraco, seria repetitivo e monótono. Não podia me entregar a monotonia. Não com você, ou sobre você. E no auge de minha carta, eu consegui descrever sua entrada em mim. Você é como o impossível no Brasil. És para mim como uma primavera em dezembro. É como o buquê natural que dá no meu jardim. É a flor do asfalto, é o presente de natal, é o dia de aniversário e os 30 de desaniversários. É o amor incerto, mas do mais puro e simples que nasce na primeira semana de primavera (em dezembro).
Depois dessa conclusão, não consegui dormir mesmo, e pensei um pouco mais no início, há poucos meses, liguei a luz do banheiro para iluminar minha cama, e fui escrever no meu caderno de português, que mais deveria ser chamado de caderno para você.


Trechos

Botei trechos do musical "a carta", que sonhei em fazer, mas estava ainda ruim, manjado demais e seco. Apaguei, e coloquei isto aqui. Amanhã entro de férias. Estou feliz por isto.


ladeira

A menina descia a ladeira
E ia pro mar, ia pro mar
Para procurar os garotos
Que iam se aventurar

O menino pegava 3 conduções
E também ia pro mar
Para observar a menina
Que quase todo dia estava lá

A menina tinha seus amigos
E era difícil chegar nela
E a timidez do menino
O afastava de tal donzela

A menina não reparava
Nos que estavam a lhe observar
E para sorte do menino
A menina sempre olhava pro mar

Pra ver os surfistas
suas ondas pegar
Um dia ela viu um menino
Correndo para o mar

E esse menino era o mesmo
Que a olhava todo dia
O menino viu a menina
E ele sabia que ela o via

O menino nunca se sentiu tão feliz
E pulou na água salgada
Deu tantas piruetas
Ao som de uma gargalhada

A menina não achou estranha
A reação do menino
Mas ficou analisando
Com olhares de fascino

Os outros meninos que estavam
Para a menina observar
A chamaram para dar uma volta,
E ela estava a recusar

Tinha se atraído por tal menino
Que de cara se entregou,
Mas a timidez era tanta
Que todo amor se acabou

No fim do dia,
Ela não mais nele reparou
Mas para o menino
Essa foi a sua história de amor

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

palhaços

10 de dezembro, dia do palhaço. Meio sugestivo, talvez. Dezembro, dezembro sempre me surpreendendo. Não sei o que tanto o tem. Os palhaços, muitos não sabem do dia de hoje. Para mim, o dia é dia de algo quando há algum tipo e celebração para isto. O dia das crianças é qualquer dia de festa de criança, onde há brincadeiras, cachorros-quentes, e crianças, claro! Me lembro de um vídeo, gravado há muito, no aniversário de 4 anos do meu irmão, e meu pai o diz que no dia 15 de setembro é o dia das crianças! Desde então, quando vi essa filmagem tenho isso em mim. Então não importa que dia seja o dia para os palhaços, é o dia do circo! O dia em que eu comemoro minha vida, é o dia que eu comemoro meu dia.

últero

Eu... Eu... Eu? Não sei, o que tanto escuto lá fora? Onde estou, então? Coberto, sem mobilidade, por líquidos que não me dão conforto. Não sinto fome, estou sempre saciado, mas me sinto algo dentro de mim como se o mundo não fosse isso só. Eu penso, penso, penso... Não tenho o que fazer nesse espaço. Se eu pudesse me locomover, viajar, experimentar coisas novas, sentr odoresi, provocar sorrisos, rir, chorar... Não posso. Escuto canções, meus membros superiores não funcionam muito bem, mas chuto! Eu sei de tanto, mas não sei desde quando sei. Não tenho idéia. Sinto que um dia aprenderei tudo, que um dia poderei expressar o que sinto aqui. E se algum dia, daqui eu sair, possa contar o que passei para os meus semelhantes.

...

Não sei porque tanto carrego esse bloco de anotações. Nesse banco de praça, não há muito o que se ver na cidade nesta idade. Eu e minha eterna companheira, já perdemos as contas das voltas que demos com nossos dois companheiros. Qual melhor companhia para dois velhos a não ser seus próprios velhos e seus cachorros? Não hei de ser tão rabugento! Ora minha velha, mania de contestamento, o parque corre uma breve brisa, os cachorros se exaltam, e eu tenho que parar de escrever, pois as folhas por pouco não voavam.

jorge e seus ensinamentos

"Nem tudo é tão claro nos textos. É tudo reflexo" Já dizia o mesmo velho Jorge dos ensinamentos sobre a decepção. Ele me ensinou muitas coisas óbvias, que todos sabem. Ora, quem não sabe que existem coisas fictícias? Ninguém. Nem o mais dos esquizofrênicos. Jorge me alertava sobre os perigos da vida, falando de um jeito de quem viver 400 anos. Quem viu uma cidade nascer e virar metrópole. Deixo esses ensinamentos para vocês, pois, se algo deixei escrito, formulando meu legado, é porque algo aconteceu. Tudo é vida, tudo é lirismo, mas tudo é real. Pode não ser verdade, mas é interpretável. As coisas felizes não vêm dos dias tristes, não são como remédio. A melancolia não vêm da felicidade. O dia forma meu texto, mas o texto é o meu dia. Meu dia é meu texto, meu livro minha fantasia.

nobody get hut

Oh merda! Estou atrasado. Tenho reuniões marcadas com os japoneses para acertar os negócios da empresa. Antes que eu comece a me arrumar, é só para avisar que eu não vou contar a ninguém que o meu corpo é o seu corpo, e se você quiser usá-lo vá em frente, ok? A cena morreu então?

contos

Contemplem estes pequenos contos de promoção, oh assíduas ilusões! Você me perdem a cabeça, e me fazem! É como uma constante construção e implosão de prédios, altos e baixos, alternando na medida que me fazer chorar e sorrir. Todos têm dentro de si, um conto de fadas, um conto de terror, um drama e uma comédia, para contar a todos, como em um teatro. O meu de fadas não tem alasões, não tem final, sequer feliz! Se tivesse pelo menos um fim, algo triste, tímido, capiongo... Deveras, fico cansado em não poder contar-lhes como carreguei minha princesa àfora. É. Cansado mesmo. Da tristeza de olhares esperançosos, e também cansados. A princesa me deu dicas, me ensinou falcatruas. A princesa se mistura no drama, na comédia, na ilusão. A fantasia de querer ser o que os outros não são, me faz ser o dragão. O dragão que se casa com a princesa e faz rir as bruxas. Cai, escorrega, é desastrado. Desse desastre provoca acidentes, mata mães, filhas, irmãos, e faz chorar. Misturei mil doses e as tomei. Não diluí no gelo, não soube se era doce, amarga, azeda, triste... A vida não é para se provar, é apenas para engolir.

ezequiel

Ah, como era corrida minha juventude. Quando os versos que fazia, eram nos papéis, que diziam as datas por si só, dependendo do tom amarelado. Que diziam os poetas pelas letras, que diziam o tamanho dos amores, pelo esmero e capricho na hora da feição.

Antes, gostava de passar as épocas, de não envelhecer. Mas empobreço junto com a raça que me carrega. Empobreço, pioro, não envelheço. Queria poder resgatar minha vida, assim como a vida me resgatou.

(..)

"Ciclista do mar, eu vi! Estava pedalando, prestes a se afogar."

É com este poetismo que começo a escrever sobre conversas que tive com meu ego tímido ontem, beira-mar, quando o relógio não marcava hora, quando o sol, esfriando me dava noção de tempo. Vi 5 meninos jogando futebol, na areia da praia, próximos do mar, mas um deles, com uma bicicleta azul cansado, desgastada e velha, estava parado. Era amigo dos outros, mas não largava a bicicleta. Minutos depois, no ponto máximo do jogo, quando estão todos entrertidos, se engracinhando, driblando, fazendo embaixadas, sorrindo e esbanjando habilidade, o garoto da bicicleta sai em direção ao mar, pedalando, pedalando com a certeza de flutuar, como ET, do filme do Spielberg. Ele pedala, pedala, o mar começa a cobrir seu pé, com dificuldades para continuar pedalando, ele fazia cara de esforço, e continuava, até sumir por inteiro.
Hora dessas, ele deve estar junto com os golfinhos, pedalando, e subindo para respirar, e pedalando, na única bicicleta à prova d'água.

.

"Ergue tua cabeça, ó feroz criatura", ouvi isto de um sujeito peludo, que mais parecia a Fera, dos contos infantis. Eu sou feio, tudo bem, mas ser reconhecido como criatura, por tal sujeito, foi demais. Porque eu quis tempo, se o tempo não me quis? E se eu o quis parar, eu só me iludi, não sei o que houve, mas minha certidão de nascimento me diz ter 129 anos, e minha cabeça, 2015. Eu tenho 15, 16, mas tenho muito mais, e tenho tão pouco. Eu tenho 1. Um dia novo de amanhã.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

promissa

Ele a prometeu felicidade, mas não sabia que ela não a queria. Tinham de tudo para ser como os casais no cinema, rodados holofotes, quando mesmo não estavam sendo vistos por ninguém. Se ele tinha dúvida de seu amor, não sei. Não demonstrava. Ela nunca foi de ajudá-lo, ele era preso. Acabou, por infortúrnio sendo literalmente. Em busca de felicidade para dar a sua amada, acabou sendo preso roubando a tal felicidade em uma loja de 1,99. O amor não se compra, a felicidade não se acha, mas a certeza da eternidade talvez esteja onde ele está agora.

feel

Adelson tinha medo do escuro, mas era bastante inteligente. Não demonstrava medo de animais, quaisquer que fossem, não demonstrava medo de altura, eporter, dos mais radicais possíveis e existentes. Mas quando chegava a noite, Adelson via seu mundo desabar, mas ele não podia admitir tal medo. E por isso, disse a sua mãe, que conversou com encontrou o escuro em um de seus sonhos. E este pediu para que nunca o fizesse aparecer, pois tinha medo do garoto. E então, a partir deste dia, Adelson era conhecido pelo "menino que põe medo no escuro" E como criança boa que era, ele não ia deixar o escuro com medo, e preferia deixá-lo desligado, por trás do interruptor.

todo dia

Como Bernado e Bianca, os dois esquilinhos da série de desenhos animados, George e Joana sempre foram de viajar. Antes de se apaixonarem, eles eram amigos. Tinha planos, tinham idéias, tinham longas conversas. Divagavam por horas, sobre coisas simples, contestavam os pensamentos do outro, se amavam, e se amavam. Dias mais tarde, passado os meses, quando o romance já passava dos pensamentos de ambos, George, admirador do espaço, da tv e de danças, tinha algo a mais para admirar. Joana, amante do impossível, tímida e geniosa tinha um gênio novo a ser. George sabe do amor, mas pede proximidade, viajam, vivem juntos, mas crê na união da carne e cabeça mais do que na do coração.

Decepção

10:26 "Esqueça garoto, as pessoas sempre te decepcionarão" Foi o que eu ouvi do velho Roger, quando tinha 9, 10 anos. Não me lembro ao certo. Ele me falou isso, e havia prometido me levar ao parque. Depois desse dia, nunca mais o vi. Não foi ao certo uma decepção, talvez ele tenha feito para eu aprender. Muito aprendi com o velho, sei que não vou esquecer dos ensinamentos do senhor que um dia, antes de virar manco, aprendeu que a vida ensina, mas também nos deixam burros.

teoria sobre nada

09:59 - Pouco tempo faz de que cheguei da prova. Eu, como bom nonlifer, talvez um dos maiores representantes desse movimento, e com orgulho, venho falar de um pensamento que tive ontem, após horas fazendo nada com minha irmã. Ser sem noção (nonsense) é cult, moderno, legal, todos gostam de ser, e acham legal. Mas ser nonlifer é muito diferente. É você procurar prazer e pequenas coisas, é você passar a tarde com cola na mão, de frente para o ventilador, esperando a cola secar para você poder descascar. É você pegar uma folha de papel e começar a rabiscar tudo que lhe vem à mente; É poder imaginar e ter criatividade, guardando só para si.
Então, depois de horas de devaneios cirocatarinianos, eu, pois minha irmã não contribuiu para isto, ela só riu, criei e elaborei o CURSO DE GRADUAÇÃO DE NONLIFERS

Pois bem! A grade do curso eu ainda estou analisando todas, mas podemos definir assim:

1.1 - Teoria do Nadismo, Informática sem internet, Origamis, Ócio improdutivo, Leitura dinâmica

1.2 - Teoria do Nadismo II, Orkut, Orkut II, Rabiscos, Jogos de celular, Culinária na madrugada, Aproveitamento do nada

2.1 - Orkut III, Estudo das redes, Teoria da morgação, Informática sem internet II, Estudo do sono, Interpretação dos sonhos

2.2 - Teoria do Nadismo III, Orkut IV, Conversação com manequins, Pinball&Fliperama, culinária na madrugada II, Teoria da imaginação

3.1 - Teoria da imaginação II, Conversação com manequins II, Teoria da procura no orkut, Rabiscos II, Teoria da morgação II

3.2 - A espera de um milagre, Orkut V, Baralho, Culinária na madrugada III, Divagações&Pensamentos, Filosofia do Nadismo

4.1 - Extensão da realidade, Estudo da complexidade das coisas, Visão do além, Divagações&Pensamentos II, Teoria da morgação III

4.2 - Sofás&Televisões, BaralhoII, Educação Física criativa, Fotografia improdutiva, Economia sem fins lucrativos, Teoria da grama

domingo, 7 de dezembro de 2008

músicas

"This is my final fit, my final bellyache with no arlams and no surprises..."
Radiohead - No surprises

"Eu não vou mudar, não. Eu vou ficar são, mesmo se for só, não vou ceder. Deus vai dar aval, sim, e o mal vai ter fim. E no final, assim calado, eu sei que vou ser coroado rei de mim."
Los hermanos - De onde vem a calma

"É, Deus, parece que vai ser nós dois até o final. Eu vou ver o jogo se realizar num lugar seguro. E de que me vale ser daqui? De que me vale ser daqui? Onde a vida é de sonhar: Liberdade."
Marcelo Camelo - Liberdade

"Tinha cá pra mim que agora sim eu vivia enfim um grande amor. Mentira. Me atirei assim, de trapolim, fui até o fim um amador. Hoje eu tenho apenas uma pedra no meu peito, exigo respeito, não sou mais um sonhador. Chego a mudar de calçada quando aparece uma flor, e dou risada de um grande amor. Mentira"
Chico Buarque - Samba do grande amor

"All I want is the best for our lives, my dear. And you know my wishes are sincere. What's to say, for the days and I cannot bare. A sunday smile we wore it for a while..."
Beirut - Sunday Smile

hahaaa

18:23 - Depois de horas pensando, me entrego a contradição. Já havia me entregado, mas agora vejo quão burro fui (outra). Se eu quero me desprender, e me condicionar, não tem para que lamentações, tristezas, melancolias. Eu não sou bom em muita coisa, e no que eu tento ser, se consigo, não reconheço. Não há quem reconheça, e então, não preciso de tanta espera das pessoas. Não esperarei muito, não irei muito atrás. Estou bem agora. Que a tristeza, sendo quase um espírito à espera de um corpo para possuir, seja exorcizada, pois não preciso mais tê-la em mim. E se até a tristeza renego, imaginai-vos os por menores.

kcufkcufkcuf

16:38 - Quase uma hora passada, pelo menos na minha cabeça. Logo é meu aniversário, hoje preciso estudar, e amanhã também. Terça, quando estiver livre, sem preucupações excessivas, venho discernir sobre a complexidade dos seres vivos em geral, pois só lá, estarei livre a par de mim.

eu não

16:03 - Pouco importa onde eu estou, não estou em casa, na verdade. Mas aonde quer que eu estivesse não ia estar legal. Eu quero férias, mas não quero que chegue janeiro. Eu renego e repudio as preucupações do próximo ano. Eu tento me desprender da vida, para não valorizá-la tanto mais tarde. Domingos sempre são longos, principalmente os chatos. Não está calor, estou confuso.

sábado, 6 de dezembro de 2008

constelação

São uma dúzia de estrelas
no brilho do seu sorrir
Com o mar sendo teu céu
Você me chama pra voar

Meu amor, não quero saber
de outra constelação
Que não seja a do meu chão
Quando estou na sua mão

Minha linda, não quero te ver assim
Cada lágrima brilhando
Reflete você em mim

Nós não somos só dois,
Somos assim a olho nu
Não são apenas 5 estrelas
que formam o cruzeiro do sul

Não, não, não

Não me basta a solidão,
Se o céu é tão imenso
E cabe no teu coração

Sim, sim, sim

Nem tudo chega no fim
Mas sabe Deus como é o sufoco
De ter-te longe de mim

Como uma estrela cadente,
Você foge, e eu fico doente
Como um cometa mais veloz
Você chega, e já estamos a sós


quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

.

Assim o ser humano
vai acabar me matando
de calor

sexo, drogas e axé

20:35 - Amanhã começa o espetáculo apoteótico desta capital. Eu poderia discernir sobre o carnatal, mas não posso falar muito sobre o que não entendo. Tudo bem, eu não fui. Mas não há lógica em uma festa onde se paga mais de 300 reais, para competir com os amigos com quem "pega" mais "doidinha", ao som de uma música infernal. (Não comentarei nada sobre a música, pra mim, muitos estão ali pra ganhar seu dinheiro).
Não entendo o porque de tanto preconceito com quem não gosta dessa "alegre festa", e o que menos entendo é a prefeitura fazer campanha pra doar sangue para os que brigam, se amostram e se batem feito cães em cio.
Só descrevo o meu repúdio a todos. Ultimamente estou muito chato. Peço desculpas ao pessoal que vai, e que não gosta disso. É só porque to chato mesmo que escrevi. Eu adoro essa festa.

parece

01:33 - (se amar)

É como se amar?
-fosse te dizer.
-Te amo
-É...
-Como?
-Se amar fosse.
-Te dizer...
-Te amo

tá bom

01:28 - (tristeza)

Eu não estou.
-Triste eu?
-Não!
-Estou triste.
-Eu?
-Não estou.
-Triste...

acho

01:27 - (podIA)

Você podia se abrir, você?
-Podia, se... Abrir?
-Você podia.
-Se abrir, você podia.

você

01:24 - (ser você)

Eu?
-Não.
-Sou você!
-Você não me é.
-Eu não!
-Sou?
-Você, você... não me?
-É...

eu

01:22 - (Eu não sou)

Eu não sou eu.
-Não?
-Sou!
-Eu não!
-Sou eu, Não... sou!
-Eu não sou.
-Eu.

18313941

01:10 - Apesar de todo dezembro, de toda lógica, todo pensamento, ainda bate um pequeno sentimento de tristeza na madrugada. Talvez seja um vazio, um momento, uma falta de algo que não posso ter. Por ora, me lembro do frenetismo de maio. Não sou bom com a cabeça, com a razão, com coração, com os dados. Sei que não posso melhorar nisso. Também não sou bom nas palavras, pelo menos nas rápidas. Mas queria ser. Grande sentimentalismo medíocre, esse que o ser humano sente em sua visita pacata ao seu interior. Eu tentarei me libertar, mas não em dezembro. Quero me ver fora de mim, não no pensamento, se não bastava o álcool; Não nas palavras, pois se não existiria o anonimato. Eu já não sei do que me quero ver livre, se não me sinto preso. É uma inconstante mudança e fluxo de idéias inúteis que pairam sobre minha cabeça. Mas ninguém ajuda. Sempre fui o que "resolve os problemas", o "desenrolado", aquele que sabe se "virar na vida", não tive tantos para me escutarem, e se não tenho dentro de casa, não tenho fora. Acabo achando que sou isso mesmo, que não tenho tristeza, que tenho que alegrar a casa, quando apenas disfarço minha insegurança e medo.
Sou já inútil, covarde e inseguro. Grande coisa traz-me o homem.

vai

Se faz assim...
Me perdi no meu próprio cansaço
Quanto descaso!
Escuto a canção sobre a tristeza,
Não me deixa mais triste
Não vejo surpresa

Queria me ser,
sendo você

Queria ser um pássaro,
com a chave de sua gaiola
Triste caminho,
Até sua própria degola

Queria lhe ser,
me sendo

Queria aprender...
A não me deixar

(...)

:(

A ponte sofreu ressonância,
do amor eu saí,
do amor eu voltei

Não estou só,
mas não vejo ninguém
E você não quer saber
de um amor além

A terra tremeu de novo,
desfez a idéia do país perfeito
Belezas naturais,
desastre se perde
no meio dos matagais

Se sinto o cheiro da flor
que nasceu do asfalto
Não vejo cor,
Só vejo cobalto
Matando o amor
Lá bem alto
Lá onde a dor
Se perde,
Se joga
Me engana

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

go for it

A cidade se desfez,
A casa caiu,
A alma lavrou,
O prato cuspiu
No homem que nele comeu

O frio passou,
A água subiu
A fome acabou,
O filho tossiu
O catarro no peito salvo

O homem chorou,
A TV transmitiu,
O jornal publicou
Tanta inundação
De chuva e de lágrima
no sul do Brasil




asas

E você me achava todo dia
E todo dia eu me achava em você
Não quis me perder assim

Vou te levar a ilusão.
Somos imortais, e o fim
Confundirá seu coração
Tal como sua canção
Pra mim

Me lembrei da última de dezembro
Não foi para mim,
Podia não ser pra ninguém,
Ou pras asas de um querubim

Celestial o lugar que vou te levar,
e nem precisaremos morrer
Teu corpo padece no olhar,
Que mira-me sem tentar me ver

Foi-se dezembro,
ano novo chegou
A canção que me fazes
Não é a mesma de setembro,
Ou eu não sou.



segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

.

Me cala feito dezembro,
paixão doce
Quase nunca eu me lembro
antes fosse

A vida seria mar,
teus olhos saíriam
Para me visitar

Levar-me ao céu,
Mostrar-me o azul da turmalina
E tirar me o campo de visão
Com teu beijo de menina

Antes que o mar anoiteça
E dezembro me traga a ressaca
A onda bata no telhado
Olhos que são como faca

Afiada

dezembro

19:27 - Boas vindas, Dezembro! Dos meus poucos meses já passados, dezembro é aquele que mais me fascina, que mais me deixa feliz. Acredito que seja para muitos, mas comigo a coisa difere. Não é dezembro que me faz mudar, sou eu que mudo o dezembro. Não importa os inúmeros revezes, acabam me dando sorte. E por isto, dedico boa parte de meus futuros textos deste mês, ao Dezembro!

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

lá vai

Quando eu nasci
Vi o destino feito
Era tudo tão perfeito
Mas eu não estava ali

Ou era sonho,
Ou estava ficando louco
Mas eu era tão pouco
Leve, banguelo e medonho

Fui crescendo de repente
E moldei a minha história
Faço dela o meu repente
Tiro tudo da memória

Sempre uma nova brincadeira
Logo aprendi a me virar
Bala, dindin, baladeira
Banana amassada e dadá

Sempre cercado de primos
Hierarquia que até hoje eu sei
O mais velho manda no próximo
Por isso me acostumei

Quando nisso o tempo vai passando
E assim continuo moldando
O vaso de barro que é
A vida de um ser qualquer

Esse ser qualquer tem até nome
Não sou artista, sou moço gentil
Me chamo Ciro Guilherme
Registrado em todo Brasil

Tenho passado por sufocos,
Mas desgraça pouca é bobagem
Vou me deparar com tantos loucos
Mas preciso seguir a viagem







enfim

21:02 - Por fim, para completar a série de crônicas noturnas diárias, venho falar a respeito dos dias. Os dias que passam, quase não passam, e passam repletos de nada. Descanso, cansaço, acentos... Tacanha espera de esperar o próximo dia. Ou se o dia é com você, maldito ponteiro fino do relógio. Passa rápido como um guerpado correndo atrás da presa após 3 dias de fome. O dia que antecede este, é lento, o dia de hoje é fulgaz, e o de amanhã é incerto. Pode ser bom, pode ser triste, pode ser o último e pode ser o único. Basta cada um fazer-lo.

em mim

20:33 - Quão besta estou sendo! Quinhão de medroso e covarde mereço. Mas poucos sabem como é querer ver-se livre de si mesmo, sem preucupações, sem dúvidas e incertezas. São estes os felizes, que embora tenham mérito por tamanha felicidade, não deveriam recebê-la, pois quantos a mais tem o mesmo direito e só encontram a fuga como saída?
Eu queria ser o mais egoísta dos homens, fortaleceria meu ego. Ou queria que fosse o contrário. Sendo o mais solidário, e você sendo a personificação do egoísmo. De um jeito ou de outro, meu superego cresceria. Não precisa ser gênio para entender por que.

inconstante

20:20 - Mais uma vez, meus amores me provam sua inconstância. Que azarado, sou eu. Ou não. Pelo menos, os tenho. Sim, de todos os amores. Os de jardim de infância, os de pré-adolescência, os de hoje, os de ontem, os de amanhã, meu amor de sempre. A vida se torna tão vã sem eles. Nem sempre princesas para salvar, ou só mulheres, amantes. O que provam-me sempre, é não mostrarem sempre, ou impedirem-me de ver a reciprocidade.
Tudo bem, foi exagero (como sempre), falar que todos mostram inconstância. Há ainda aqueles que sei que são de verdade. Que não são icógnitas. Mas você, pra eu ter que saber do que sente, tenho que resolver um sistema linear de 3º grau, tendo que achar x, y e z. Isolando o y, pra achar um novo "k". É tudo complexo, tudo escondido. Então, neste texto, chamado "inconstância", peço a ti pra ser mais livre comigo. Pra falar qualquer coisa, pra falar, pra deixar o silêncio apenas, pra reclamar, brigar, cobrar... Pois sem isso, eu não vejo todo amor, e eu não posso me soltar só. Sou como um coelho, que precisa ser intimado a se soltar para isto.
Eu queria te deixar livre em mim, não de mim. Pois nosso tempo de aproveitar já começou. Depois, continuarei em ti, mas só se quiseres, ora no pensamento, e pouca hora no teu corpo. Teus beijos não sumirão de mim, mesmo se quiseres daqui a um tempo. Se o amor existir, peço para esperar. Só enquanto acaba o tormento por vir.


(..)

Agora falando de algo que eu entendo, dedicado à Marcel, Bárbara, Alana e todos atores que conheço:

Não que eu não goste dos atores,
Longe de mim pensar isto,
Mas fora do palco e da tv
Os poetas são mais bonitos

Se a TV exalasse odor
E as palavras escritas, cheiro
Se o teatro tivesse o calor
De uma rima de banheiro

Se a alma de todo ator
Sumisse antes que o corpo mofe
Se todo amor fosse o amor
Que é pregado na estrofe

Os atores pra se manterem,
Teriam que contracenar rimando
Procurariam chamar atenção,
Logo estariam voando
E os poetas, enquanto no chão,
Enquanto atores amando
Enquanto papéis odiando
Falaria de atores e eles mesmos
Com um só artista,
Como um só corpo.






Quando o teatro me é

Não sou ator, mas sendo artista, tive que intepretar:

Faço do teatro minha vida
Sabendo que a vida é o teatro

As luzes do teto viram o sol
Quando se abrem as cortinas
Os olhos do público, estrelas
Refletem-me e iluminam... O palco

Do palco faço minha terra
Como cachorro, marco meu espaço
Em cima viro bela, viro fera
Sei o que fazer, mas nunca faço

O lugar que precede à entrada
É onde eu encontro a sorte
Nunca me tão desejada
Me bastam as dores da morte

Sorrio no mais triste drama,
Choro quando se é pra rir
Se é hora de ir pra cama
Ainda não é a de partir

Voo se a corda me ajuda
E vou de acordar pra voar
Sentada diante de artistas
O palco é o meu lugar

Se a vida é como o teatro
O aplauso me mata então
Quando se fecham as cortinas
Fecham o meu caixão

E me ergo no fim do espetáculo
Me transformo no que eu sou
Me se sou o que sou no palco
Eu não sei nem pr'onde vou
Eu não sei o que vou ser
Todo ator já sonhou
Quem sabe um dia saber
Se ele é ator só no teatro
Ou desde que se pôde viver


pensei

Eu não pensei em você
Quando eu tomei até a última
Eu não pensei em nós dois
Quando eu surtei

Eu não pensei em te ver
Quando estavas irritada
Não pensei em chamar-e de amada

Desculpas são tão de boca pra fora,
Mas são melhores que sair de casa
Por favor, amor, abre essa porta
Deixa ao menos eu fazer a mala

Eu tentei atrás da porta
Cantar-te aquela música do tom
Mas foi pior, você não achou tão bom
Eu tentei declamar, chorei
Falei dos nossos planos
Cheguei até a cantar Djavan

Eu fui inventar

Eu fui inventar de fazer
Um sambinha pra você
Eu queria saber o por que
Eu fui inventar

Eu podia até tentar
Um bolero ou Rock and roll
Mas quando eu pensei em você
todo samba desabrochou

Eu podia não escrever
E deixar o samba tocar
Pra quando eu dançar com você
Você não se atrapalhar

Olha se você não quer
Ouvir esta canção
Tampa os teus ouvidos
E me dê mão
Não fique à mercê do seu coração
Que assim eu faço outro samba
Pressa solidão

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

...

2006,

Não é só amor
dizer que ama,
Não é mais amor
Dormir junto na cama,
Não é tão amor
Quando um reclama
Da falta de amor
De quem não te ama

Pois se é pra dizer
Que o amor é deveras
Um romance ideal
Para belas e feras
Que seja real
Quando se supera
E passa de palavras
Para verdade

O nosso amor é calado,
Não é proibido,
Mas sei que existe
Mais que no programa assistido
Por tantos amores
Que tentam os serem
Tentam me ser
Tentam ser você
Quando estamos juntos
à mercê
De nós dois


pearl

Cada dia que passa,
A dúvida em mim disfarça
Mas há algo em ti,
que não sei o que acontece:
Toda vez que te vejo
A certeza me aparece!

Se ano que vem as coisas
Buscarem um rumo disperso
Te peço que arrume minha vida
Me coloque no lugar certo

Podem passar 10 meses de aflição
Serão pouco para os que passaram sozinhos,
sem você
1 mês é bem pior.

forma

Por forma de amor,
hão de mostrar-lhe os mundos
E as avenidas cheias de tantas cores
Tão ruas, tão avenidas

E sabe de nada
E descobre o amor
A flor que nasce na calçada
Não me mostra cor

Você se perde na vida,
e vem me pedir ajuda
Eu te encontro na avenida
com uma idéia tão absurda

Teu quinhão de desconhecer
É de se justificar
Assim, te guio até onde der
Não posso dissimular

Não sei mais que você,
mas finjo que sim

terça-feira, 25 de novembro de 2008

você

Quanto mais eu fico só,
mais eu sinto que você
Quando me deixa assim
Me deixa sem ter o que fazer

Quando mais eu fico só,
Mais eu penso em te achar
Pois se assim, é bem melhor
Bem melhor pra suportar

O ócio, a improdutividade
Tantos gritos, desesperos
Não é bem verdade
Que na chuva a madrugada
Traz deu cheiro de saudade

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

caindo devagar

Hei de te mostrar
a breve alegria de viver,
A ressaca em cima da casa
Antes de eu cobrir você

O lençol reclama
Ainda por cima de ti
Enquanto você derrama
O resto do mar em mim

Trago o ar que respiras
E sei que um dia eu vou
Ouvir de ti a palavra
De sorte que me tornou
Alguém de alma lavrada
E jeito de quem sonhou

domingo, 23 de novembro de 2008

áurea

Áurea reluzente,
disfarça transparente
Tremulações constantes
Na lente do olho da gente

Teu olho de mira,
mira de longe
Atira certeiramente
Minha cabeça,
e causa confusão

Na pista de areia,
escreve nossos nomes
Sendo o seu distante do mar,
E o meu pertinho,
pra a onda do mar apagar

Eu estou no abismo
E não quero me afogar

construção do caos

10:40 - De jejum há 14 horas, não tenho fome, e quanto mais bebo água, mais tenho sede. Não é metáfora, tampouco hipérbole, mas pode ser ironia. Mil figuras de linguagem para decorar, sei pouquíssimas. Escutando uma música de cordel, percebi que é deles, a letra que eu mais gosto. Só para completar, um trecho: " Os Homens aprenderam com Deus a criar e foi com os Homens que Deus aprendeu a amar"

...

howl

Ri do teu sorriso
como brilhava o ciso!
Será que disso eu preciso
Ou antes te pulverizo

Assim que virares poeira,
Teu sangue, enquanto jorrando
Jazedes a noite inteira,
E eu estarei voando

Teu suor regará teu fruto,
E eu regarei todo dia
A raíz, que será teu ducto
E me lembrará quando rias

O fruto que de ti sair
Dará em todo inverno
E quando o sol luzir
Só me separo de ti no inferno

red door

O fogo fere,
ativa a mente
Dá Impulso
De repente
Para o músculo
que sente
O ardor
do fogo quente

O fogo sacia tua vontade
Dá ânsia de liberdade
E mente a tua saudade
Queima-te a verdade

Fogo afaga a ferida
Fogo que afaga o frio
Emergencia a saída
Que eu ainda não vi-o

Arde como paixão
na caixa toráxica,
Devasta como solidão
E só lhe dão idéias plásticas

Mata-me como o fogo
E fere-me antes que eu o sinta

turmalina

10:40 - Já é bem o 4º plano de fuga que tento executar este ano. Todos tiveram infortúnios insucessos, trazendo-me esperança de uma vida vaga de fuga. Vida vaga, só. Eu tentaria anular o revés da próxima vez, se me aliasse a ti. Bem, já estou aliado, mas não nesse ponto.
Sem dúvidas, a praia dos fugitivos, o parque dos que estão livres, o céu dos despreucupados são muito mais bonitos. Eu não me conformaria com tamanha felicidade, talvez. Não posso ter tudo assim tão fácil. O céu, com você, preso e preucupado já alcança tonalidades de azul, cor de pedra de turmalina, o mais belo azul, com as mais diversas nuvens desenhadas, formando textos e poesias, formando animais com suas cores, e algodões-doce com bexigas difíceis de encher. Tudo isso lá em cima, e com você aqui.
Se for para viver, com o céu daqui com você, e livre, não saberia descrever como seria o céu, como seria o mar. Nem por foto, nem por verso, nem por rima, nem por palavra. Se fosse só amor, seria interpretável. Também é. E também todos outros componentes de sentimento tal.
Acabei me enrolando. Talvez estivesse enganado. Esta é a 3ª fuga.

sábado, 22 de novembro de 2008

bns

Boy, what you wait being undercorver?
The luck ain't easy anymore
You must give order in you and in your lover
That's not lovecore

Just do it for don't pray for it
All of you are both gamblers
But you are the only talker
And she is the clap of hands

If you feel hungry in the bed
You will ask "why so sad?"
If she smile, she got desire
And if you hear the answer
You need eat fire
You need eat fire

And again, if you not eat the fire
Your girl just need to say "don't mind"
And you and she will be like me
With no good, with no bye


disorder

20:16 - I just need to know what I need know. I've pass half-hour in this blog, trying modify the name of this shit. Now, I'm hearing Joy Division, and this leave me pessimist a lot. It's Sad, They'll give me a over. Please, apocalypse, come! I gave a name in portuguese, until because stay better, same that nobody read all shits that I write.
Big Shit is this brand new year 2009. Big shit will become my life in 01,01. Congratulations, boy. You've must need some fire. EAT FUCK FIRE, DUDE! Alcohol ain't easy anymore. Nothing ain't easy anymore. But you and your lover are staying each day more HARDS!
Ouch, be more easy.

4298

20:34 - Não procurei assunto para começar esta dissertação. Apenas to usando esse post como pretexto para uma página sem poemas, sem rimas, sem romance, com amor, mas sem romance. (não do meu ponto de vista, ainda)

jiboy

20:23 - Há pouco, vi um sujeito que me fez pensar por alguns minutos em tamanha expressão icognitizada por apreensão, por confusão de idéias, ou por algum sentimento que eu nunca passei, para poder nomeá-lo certamente.
Havia silêncio no olhar, frenetismo ao sentir, pensamentos mal-pensados, feições estranhamente ligeiras, ligeiramente estranhas, aparência doentia, preucupação inútil. Havia odor de ciúmes, movimento de culpa, audição de pessimista, afasia.
Sim, vi diversos sentimentos abstratos se tornarem concretos, materializando em um só corpo. Eu vi, e ninguém mais viu. Ou se alguém chegou a ver, não interpretou com os olhos calados que cheguei a presenciar.
O sujeito não demonstrava o por que. Ele estava calado, perplexo, apático demais para iniciar uma conversa, para desabafar, para ser acalentado. E o que mais achei estranho, foi vê-lo em seu peito esquerdo, um peito igual aos outros, mas um peito que me fez ter a certeza de que ele estava amando.
Uni os fatos. Não cheguei a uma conclusão. Ele podia estar amando alguém, ou podia estar sendo iludido, podia estar comprometido e só preucupado com a relação, podia estar com medo de amar, sendo amante de primeira viagem, todo tem esse medo. Ou ele só podia estar amando.


...

Setentrional Extremo, 01 de julho de 2006

Antecipo-lhe dizendo que haja o que houver, nós nos manteremos juntos. E hoje, foi o dia em que conheci você. Eu não sei prever o futuro, eu não tive alguma premonição, eu apenas tenho certeza disto. Você não me garantiu a recíproca, eu não lhe dei idéias, mas falo isso, com plenitude de quem crê em um único romance.
Em qualquer canto que estejas, qualquer distância, qualquer pressa, não lhe tirará de mim, e não me tirará de ti. É a única certeza que tenho. Eu não acredito em amor à primeira vista, eu nunca lhe vi.
Falei da distância, da pressa, da vontade, tudo isso é fácil de superar. Mas sei que vamos superar o ciúmes. E outros amores. Pois é. Não importa quantos mil amores tivermos antes do grande encontro, antes do encontro final. Não hão de ser tão grandes amores quanto o amor entre eu e você.
Provavelmente, esta carta, quando chegar onde você estiver - que ainda não sei onde é, pois não me destes chances para fazer tal pergunta - você já estará apaixonada por mim. E eu não falo isso me achando, falo isso porque sei, que não vou precisar, nada mais, nada menos do que te prometer felicidade eterna.

Do seu amado eterno,
Frederich William

mudanças 3

13:10 - Cada nome que eu modifico para o blog, representa uma fase da minha "vida" lírica. A princípio, era o "nostalgia de cores", em que eu esperava apenas testar, e foi nele que descobri o amor, sendo amor ilusório, amor por pessoas, amor platônico. Nele eu também descobri a raiva, e em certo perto período, foi onde mais demonstrei tristeza. O nome, veio de uma idéia pré-adolescente, em que eu mesmo nem sabia o que significava a palavra 'nostalgia', mas caiu como uma luva. Eu sentia a falta de cor, o mundo era preto e branco quando comecei, e na fase de transição ele perdeu o branco.
A segunda fase, alcunhada de "Dividapaga", já vem acompanhada de ambiguidade no próprio nome. Decompondo a palavra, de maneira que fique "Dívida paga", simboliza que o amor ilusório, a tristeza, e a solidão, já passara, e que eu, como único narrador, teria passado por tudo isso, me acostumando e não me importanto mais com amor, tristeza, felicidade, ou qualquer tipo de emoção. Analisando de maneira "De vida paga", simboliza que a minha vida já foi completa, já foi concluída. Os textos do "Dividapaga" são os que eu considero os melhores. São os que mais são diretos, que mais são completos, e os mais bonitos. Até os poucos que estão ligados a emoção, desprendem-se dela de maneira espetacular. Essa seria a fase que mais me orgulho.
A terceira fase, e atual, "casanasacola", também pode representar duas coisas. A primeira, é simples. Apenas faz referência a frase "levo essa casa em uma sacola", de Rodrigo Amarante, na música Último Romance. A segunda interpretação, consiste em se casar em uma sacola. Sim. Algo armado, já era como estar preparado para uma mudança. O 2º período foi muito rápido, mas ele prepara, e joga fora toda emoção, para que no "casanasacola" venha carregado de explosões, de experimentos, de paixão, e de mudanças.

Todos representam alguma coisa. Pelo menos para mim, que é o que mais importa, já que não tenho assíduos leitores do blog. Apenas, este foi um texto para analisar as 3 fases vividas por ele. A 4ª, talvez, seja mais brusca. Se vier, ou não.

Dos três mal-amados, palavras de Joaquim

10:19 - Cedo, procuro mais temas aleatórios para discernir sobre. Tudo se torna sem sentido no meio, mas procuro passar o tempo expondo idéias claras, do que simplesmente torná-las metáforas em versos.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

baby detonates for me

21:32 - "A pior coisa que Platão já inventou foi o amor que só traz ilusão" Luana, Yoñlu.
Não tinha jeito melhor para começar esse texto. Platão, que foi o tradutor-mór do sentimento amor, que conseguiu idealizar o sentimento de falta, o amor sem paixão, o amor puro. O que pode se transformar em um amor apenas idealizado, sem toque, sem percepção, sem recíproca, que em certo ponto, pode ser apenas amor que traz ilusão. O amor é. O amor foi. O amor está sendo. Encaro então, de maneira filosófica, a paixão como a doença e o amor, cura. O amor sanidade, a paixão, loucura. O verbo sendo o amor, o adjetivo sendo a paixão. O amor esparadrapo, e o sangue escorrendo, paixão.
Quando há desdém, quando não há importância, há um lado amor, um lado carência. Se não tem paixão, há de ter amor, mesmo que escondido, há de ter um lado do peito, um neurônio transmitindo impulso amando, uma palavra calada. Não há sexo, não há mais carícia, nem tampouco diálogo, só sobra amor. E se não recebes, há de trocar com outro. Amor é amor, e não causa cansaço se tanto nele o fala, não causa rancor, não necessita de anáfora. Amor, amor, amor.
"Quem ama sofre, quem não ama, sofre mais" É isto.

eu

13:15 - Após horas e horas de sono, alternadas com horas de insônia durante a madrugada, me levando as 8 da manhã, com a casa toda em silêncio. Sem as costumeiras conversas de minha mãe com meu pai, sem sequer tê-los deitados em sua cama, fui até esta e peguei o violão. Vi dois longos documentários sobre parcerias de Chico Buarque, um deles com Tom Jobim, e outro sobre suas composições em que a primeira pessoa não é ele, e sim uma mulher. Após tanta inspiração, eu que já acordara totalmente bossa nova, peguei a fazer 2 músicas. Duas simples músicas de letras sobre o abandono, sobre a dúvida, sobre mulheres, e sobre o amor. As duas, fiz de um jeito que antes nunca fizera. Aos olhos de uma mulher, sendo a primeira delas, sobre uma deixa, e outra sobre uma junção.

outro

Eu que nunca esperei o momento
Vi todo meu tormento se acabar
Junto comigo, o tempo passou tão lento
Via a hora do meu tempo parar
.
Tanto amor que eu não dei
E quase sempre ver que foi em vão
Quando te conheci,
Não era bem verão
Mas o pouco que passei
Fiquei a duvidar
Se toda a solidão
Estava a se acabar
.
Se quando tua boca me inclinava
Minhas pernas diziam que tu ias ser meu
Tremiam de anseios,
Eram tantos rodeios
Que quando me tornei tua,
Tudo foi sumindo aos poucos
E de longe via a lua
Com a solidão dos loucos
Que me refletia o brilho
Dos teus olhos de sufoco
.
Agora eu tinha tanto amor,
Que me vi a questionar
Se toda a recíproca
Ia se concretizar
.
Cheguei a duvidar,
Puxei os meus cabelos
Tanto frenetismo,
Era tanto apelo
A mim mesma por não te ter
Não sabia se tu eras
Quem eu sabia de veras
.
Você meu bem,
virou tantas perguntas
Agora estou aquém,
Com minhas pernas juntas
.
Pois eu sei,
que depois de tanto tempo
Esperando tuas palavras,
Elas vieram como o sol
Depois de tanto céu fechado
Vieram como a chuva
Para o sertão castigado
Vieram como palavras
Para alguém tão calado
.
E era eu,
que estava só
Me vi só com você
Nada tão melhor
.
Nada tão igual,
Teu bem me contamina,
Meu bem irracional
Eu sou tua menina,
Não seja tão banal
.
E solta a serpentina
Que hoje é carnaval

refaça tua

Quanta confusão eu lhe causei
Tanta solidão eu fiz você falar
Tu sempre soube o quanto eu tentei
Por ti, fazer esse amor durar
.
Todos teus segredos eu guardei
E não há quem me faça-os soltar
Cala minha boca, se te fiz sofrer
O meu consolo é eterno, desde já
.
Sempre foi hora boa
Dizer que te amava
Mas "minha senhora" soa
Um tanto quanto escrava
.
E se agora me indagas
Não escondo a verdade
O amor era sincero
Eu era tua metade
.
E por isso, amor
Você sabia bem
Sabia que eu não sou
Mulher de ir além
Então arranja outra serva
Escreve noutro peito
E esse meu que tu leva
Só guardas o respeito
.
Meu eterno amigo
Sabes que não te esqueço
Mas não me arrependo
Tu és o meu castigo
E de novo,
quando me veres nua
Esqueça o passado
E me refaça tua
.
.
12:19 - Horas e horas na cama tentando arranjar uma melodia pra essa composição, e tudo que sai me deixa quase sem voz. Estou de jejum a quase 20 horas, talvez quando almoçar volte a melhor compor.

recado

01:34 - Pois é, amor,
há de ser tudo da nossa lei.
A lei julga o ser,
e nós julgamos quem?
Não hei de julgar ninguém

Pois é, meu bem
Você me leva pra fora
e eu não te entendo mais
Você pede pra ir embora,
distante me devolve a paz

...

Eu já estou em paz, preciso apenas de ter bons sonhos.

experiência

01:17 - Não era hora de estar acordado, estou praticando dissertações, ou puras redações. Eu precisava escrever, não consigo mais fazer coisas bonitas, não consigo mais pensar em coisas amplas, eu não penso em estar triste, não penso em estar sequer confuso, como sempre fico. O problema é que eu tenho pensado pouco, o que não é normal. O que leva a uma pessoa cometer suicídio? Eu sempre me pergunto isso, até. O suicídio é, sem dúvidas, a maior demonstração de fraqueza de um homem. Claro que a doença que leva o ser humano a isso. Mas há ainda aqueles que tem amigos, e que ameaçam, cultivam esse pensamento de suícidio. Dá raiva tanto egoísmo, tanta carência, tanto desrespeito.
Deixo apenas, por enquanto um apelo, a todos que pensam em tirar a vida de si. Busquem a felicidade. Se não a encontram, busquem dentro de si. Consigo. Droguem-se, se entreguem a algo, se destruam, mas não deixe pessoas que te amam de verdade te perderem por um dia, por causa dos problemas do mundo.

direito

00:52 - O conceito de direito é muito amplo para expô-lo aqui, então mostrarei um breve

conceito. adj.,

recto, em linha recta;
que não é curvo;
aprumado, erecto;
íntegro, probo, justo;

s. m.,
o que é justo, recto, conforme a lei;
conjunto de leis e disposições legais que regulam obrigatoriamente as relações da sociedade, quer do ponto de vista da sociedade, quer do ponto de vista das pessoas, quer do ponto de vista dos bens;
faculdade legal de praticar um acto;
conjunto de leis, legislação, jurisprudência que regem uma nação;
poder legítimo;
regalia, privilégio;


Pois bem, dependendo da cabeça de cada um, o direito é um só, isto é, se você quiser segui-lo. Cada um pode ter o seu direito dentro de si. O que é a lei então?
"norma de carácter imperativo, imposta ao homem, que governa a sua acção e que implica obrigação de obediência e sanção da transgressão (lei positiva);" Tá. Tudo bem que é imposta (obrigado a aceitar ou a realizar à força;), mas é tudo tão relativo. Há os que alegam insanidade, e não precisam seguir as leis. E se eu for insano? E sobre o direito de ser íntegro? (inteiro; intacto; completo; perfeito;) Jogando o direito constitucional, era só pra fazer um breve resumo sobre a insanidade dos que se dizem insanos para não cumprir as leis. Falando do direito de ser íntegro, e justo. O direito de fazer algo. Quem julga esse direito? A ética? Mas o que há de ser ética, então? (disciplina filosófica que tem por objecto de estudo os julgamentos de valor na medida em que estes se relacionam com a distinção entre o bem e o mal.) Bem e o mal. OK. Então quem o julga? Se o que o faz, é alguém "do mal", e o bem para este mesmo, for o que for o mal para a sociedade antes desse julgamento? Tudo bem que há ainda os costumes fora de qualquer pensamento prévio social, como o de punir um assassino, seja em uma sociedade, ou em uma tribo africana, indígena, etc. Mas e a lei, se é ética? E a ética, se forma lei? É tudo relativo. Há de ser tudo do bem, Há de ser tudo da lei. Mas há os que querem se sobressair, antes de toda religião, antes dos princípios morais, havia a lei. Ela sempre esteve lá. Escrita ou não. A lei.

E eu não a impero, eu apenas a conheço.