quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

primavera em dezembro

Era quase 2 e meia da manhã. Eu estava prestes a dormir. Fiquei imaginando cenas de filmes, cenas que me fizessem ter sono, pois sabia que ia acordar cedo, mas não conseguia cair realmente no sono. Quando finalmente imagino um bom sono, que ia me fazer perder os sentidos, penso em você. Não em você exatamente. Imagino-me fazendo uma carta para alguém descrevendo você. Eu sei que você é linda, mas todos a veem. Não por egoísmo, mas não queria dizer que és linda! Não queria exaltar características externas, nem nada que outros soubessem, nem que sentissem de ti. Seria muito fraco, seria repetitivo e monótono. Não podia me entregar a monotonia. Não com você, ou sobre você. E no auge de minha carta, eu consegui descrever sua entrada em mim. Você é como o impossível no Brasil. És para mim como uma primavera em dezembro. É como o buquê natural que dá no meu jardim. É a flor do asfalto, é o presente de natal, é o dia de aniversário e os 30 de desaniversários. É o amor incerto, mas do mais puro e simples que nasce na primeira semana de primavera (em dezembro).
Depois dessa conclusão, não consegui dormir mesmo, e pensei um pouco mais no início, há poucos meses, liguei a luz do banheiro para iluminar minha cama, e fui escrever no meu caderno de português, que mais deveria ser chamado de caderno para você.


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