quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

rim rim rim

Arnaldo viajava sentado. Ele formulava planos para si, imaginava destruir o mundo com suas mãos, imaginava as pessoas escorregando, fluia as idéias em sua cabeça como fluem os automóveis em uma estrada de uma grande cidade. Ele pensava, pensava, pensava e não expunha nada, pois tudo era muito besta, muito utópico, muito sem graça para as outras pessoas. Até o dia que ele encontrou alguém que não era como estas. Foi em agosto que ele foi apresentado a Amélia. Ele se sentiu livre, ecsasiado. Contava sobre tudo o que pensava. Dizia que as estrelas eram bem mais do que os astrólogos diziam, que dava para morarmos nelas. Falava de cigarros, de filmes, e de mensagens subliminares. Em um dia, conseguiu falar mal de todos os que ele achava mal. Ela defendia, mas não prendia o riso. Ele não se lembra qual era o show, mas em um momento qualquer da noite, eles selaram suas vidas, mesmo sendo ainda por meses. Elaboraram um plano para roubarem rins dos outros. Faziam, e riam, e imaginavam-se ricos. Em apenas um dia. Amélia e Arnaldo, dois sonhadores, dois bestas, por assim dizer, e logo tornariam-se dois apaixonados. Mas há seus dias de tristeza na vida do casal. Após longas conversações sobre tudo que há de ser imaginável, após o amor vir a tona, e a conversa ser esquecida, o amor se misturou e foi junto com ela. Arnaldo quis fugir, quis roubar o rim de todos, mas sabia que não teria graça se não fosse junto daquela que o fez sentir livre.

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