Enquanto tantos se perdem na calçada
Eu me procuro preso na minha cama
Pareço suspeito, e parecia nada,
E parecia tudo. Só não tinha fama
Depois me deixei me ver
E olhei um pouco a janela afora
Daqui todos parecem envelhecer
Mesmo depois de ter perdido a hora
Mas ainda há tempo de ver o tempo passar
E se ver no espelho, vendo surgir
Um monstro reflexo do seu penar
Um nada, sem nexo que vai sair
Do espelho,
E te possuir
Visível aparência viril
Breve insanidade capaz
De tornar-te um besta sutil
Que só faz desejar a paz
Já são mais de dois mil
E ainda chove...
Eu me procuro preso na minha cama
Pareço suspeito, e parecia nada,
E parecia tudo. Só não tinha fama
Depois me deixei me ver
E olhei um pouco a janela afora
Daqui todos parecem envelhecer
Mesmo depois de ter perdido a hora
Mas ainda há tempo de ver o tempo passar
E se ver no espelho, vendo surgir
Um monstro reflexo do seu penar
Um nada, sem nexo que vai sair
Do espelho,
E te possuir
Visível aparência viril
Breve insanidade capaz
De tornar-te um besta sutil
Que só faz desejar a paz
Já são mais de dois mil
E ainda chove...
1 Comment:
"Mas ainda há tempo de ver o tempo passar
E se ver no espelho, vendo surgir
Um monstro reflexo do seu penar
Um nada, sem nexo que vai sair"
é engraçado quando a gente se olha no espelho, e ao invéz de nosso reflexo vemos o reflexo de nossos medos, ideais, sofrimentos.. engraçado e, ao mesmo tempo, triste, nunca é bom ver essas coisas de uma forma tão concreta.
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