quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

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01:10 - Apesar de todo dezembro, de toda lógica, todo pensamento, ainda bate um pequeno sentimento de tristeza na madrugada. Talvez seja um vazio, um momento, uma falta de algo que não posso ter. Por ora, me lembro do frenetismo de maio. Não sou bom com a cabeça, com a razão, com coração, com os dados. Sei que não posso melhorar nisso. Também não sou bom nas palavras, pelo menos nas rápidas. Mas queria ser. Grande sentimentalismo medíocre, esse que o ser humano sente em sua visita pacata ao seu interior. Eu tentarei me libertar, mas não em dezembro. Quero me ver fora de mim, não no pensamento, se não bastava o álcool; Não nas palavras, pois se não existiria o anonimato. Eu já não sei do que me quero ver livre, se não me sinto preso. É uma inconstante mudança e fluxo de idéias inúteis que pairam sobre minha cabeça. Mas ninguém ajuda. Sempre fui o que "resolve os problemas", o "desenrolado", aquele que sabe se "virar na vida", não tive tantos para me escutarem, e se não tenho dentro de casa, não tenho fora. Acabo achando que sou isso mesmo, que não tenho tristeza, que tenho que alegrar a casa, quando apenas disfarço minha insegurança e medo.
Sou já inútil, covarde e inseguro. Grande coisa traz-me o homem.

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