Bravo cavaleiro veloz, um semi Dom Quixote parnaso. Ouviu tantas palavras em sua cavalgada, tantas confusões que ele achava as terem causado que havia entrado em cada uma dessas picunhias. Vestido de algodão, suava frio. Sentia-se incompetente. Era astuto, mas era receoso. Lembrava agora o Sancho pança! Só que romântico! Ora, mas que mudança atroz, devo ter falado-o, mas de que adianta, se não é este que a escolhe. Tampouco seu coração. Pelo menos não reclamava da vida, era esperançoso, sabia o que queria mesmo não sendo o que realmente era o que era. Se fazia cansado, se adaptava aos demais. Já não bastava o seu cavalo tê-lo abandonado, o chão era quente! Não são todos que aguentam esses sábados infinitos. Ele está sempre perambulando, ele quer fugir do conto de Cervantes, ele quer ser o novo herói, ele quer ser quem não é ninguém. Olha para o relógio, vê que é hora de fazer uma besteir, e a faz! Se esconde por trás da moça pagã, se abençoa na frente da senhora cristã. É totalmente flexível, que dirá maleável! É novo, mas sabe ser rabugento. É velho, mas sabe subir as montanhas. É sábio, burro, Dom Sancho, Quixote Pança, quem o vê? Quem o crê?
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