sexta-feira, 21 de novembro de 2008

baby detonates for me

21:32 - "A pior coisa que Platão já inventou foi o amor que só traz ilusão" Luana, Yoñlu.
Não tinha jeito melhor para começar esse texto. Platão, que foi o tradutor-mór do sentimento amor, que conseguiu idealizar o sentimento de falta, o amor sem paixão, o amor puro. O que pode se transformar em um amor apenas idealizado, sem toque, sem percepção, sem recíproca, que em certo ponto, pode ser apenas amor que traz ilusão. O amor é. O amor foi. O amor está sendo. Encaro então, de maneira filosófica, a paixão como a doença e o amor, cura. O amor sanidade, a paixão, loucura. O verbo sendo o amor, o adjetivo sendo a paixão. O amor esparadrapo, e o sangue escorrendo, paixão.
Quando há desdém, quando não há importância, há um lado amor, um lado carência. Se não tem paixão, há de ter amor, mesmo que escondido, há de ter um lado do peito, um neurônio transmitindo impulso amando, uma palavra calada. Não há sexo, não há mais carícia, nem tampouco diálogo, só sobra amor. E se não recebes, há de trocar com outro. Amor é amor, e não causa cansaço se tanto nele o fala, não causa rancor, não necessita de anáfora. Amor, amor, amor.
"Quem ama sofre, quem não ama, sofre mais" É isto.

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