sábado, 22 de novembro de 2008

jiboy

20:23 - Há pouco, vi um sujeito que me fez pensar por alguns minutos em tamanha expressão icognitizada por apreensão, por confusão de idéias, ou por algum sentimento que eu nunca passei, para poder nomeá-lo certamente.
Havia silêncio no olhar, frenetismo ao sentir, pensamentos mal-pensados, feições estranhamente ligeiras, ligeiramente estranhas, aparência doentia, preucupação inútil. Havia odor de ciúmes, movimento de culpa, audição de pessimista, afasia.
Sim, vi diversos sentimentos abstratos se tornarem concretos, materializando em um só corpo. Eu vi, e ninguém mais viu. Ou se alguém chegou a ver, não interpretou com os olhos calados que cheguei a presenciar.
O sujeito não demonstrava o por que. Ele estava calado, perplexo, apático demais para iniciar uma conversa, para desabafar, para ser acalentado. E o que mais achei estranho, foi vê-lo em seu peito esquerdo, um peito igual aos outros, mas um peito que me fez ter a certeza de que ele estava amando.
Uni os fatos. Não cheguei a uma conclusão. Ele podia estar amando alguém, ou podia estar sendo iludido, podia estar comprometido e só preucupado com a relação, podia estar com medo de amar, sendo amante de primeira viagem, todo tem esse medo. Ou ele só podia estar amando.


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