sábado, 29 de agosto de 2009

(...) X

"Vou
vou riscar na parede um pedaço de céu que você me mandou
vou
vou pregar no meu braço um pedaço de mar que você me deixou"

Podia ser apenas um simples texto romântico. Um texto sobre o que eu sinto, senti, sentirei e sobre o que eu quis sentir. Um texto sobre nossa/minha vida, sobre amor, sobre outros amores. Mas, enfim, não é. Ao pegar-me sonhando, sonhei com um texto que não fiz, mas que não paro de pensar nos dizeres finais. Na verdade o fiz, mas não o tenho registrado. Não era sobre sua beleza em contraste com minha simplicidade, nem tampouco sobre a ternura de seu sorriso, não era sobre as picuinhas de um domingo qualquer, nem sobre o ócio, nem o êxtase dos teus ouvidos fez-me escrever o texto. Foi, talvez, a psicodelia de um sonho de uma noite mal dormida, mas que tivesse sido me fez perder, inevitavelmente, o sono. O futuro não me importa. Se me perguntarem o que mais me importa: se você ainda se lembrará de mim daqui a 20 anos e para onde vamos próximo sábado, direi que os dois tem a mesma relevância. Foi um texto para falar do que eu não queria falar, mas tudo que não falei, foi falando.

E sobre o trecho final do sonho, dizia:

Te encontrei não porque precisei te encontrar, e sim, porque sabia que ia te encontrar.

1 Comment:

Maíra D said...

paixonite! o amor é lindo :)