quarta-feira, 24 de setembro de 2008

23/09 atrasado

E é em setembro,
Eu sempre me lembro
Que falo de amor
Com um pouco de ardor

São tantos outros meses,
que me perco, às vezes
Querendo que este se passe,
Suas juras de amor me entrelaçassem,
Seus versos antigos me abrigassem
Como se fossem jornais para aquele rapaz
Que procura a paz, na rua de trás

Da minha rua pode se ver além
Da casa da vizinha nua,
Meu coração mal-amado,
mal-amado e demasiado
De tanto querer amar
O que não se pode tocar

Me espanto agora com ela
como pode ser tão bela?
Me lembro que nunca fizera
Uma carta de amor que tivera
Teu cheiro de primavera

Teu cheiro de todas as rosas,
perfumadas com toques de cores.
Colore minha vida, exala teu odor
E enfeitiça outros amores;

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