Sr. Inácio Péricles, maio de 1991
Sobre a única bela bela de nome, corpo e alma que conheci
Os meses passaram voando de lá pra cá. Sei que daqui a um ano alguns meses nascerá o 3o filho do casal de nova cruz. Eu queria falar sobre o futuro, mas eu não sei do futuro, e se for para falar deste, que eu volte ao passado para falar de meu presente então. Que posso falar? Começarei então de mim, pois só deste que sei falar (por enquanto). Eu não sabia que íamos chegar a esse ponto. Não sei se fui com pensamentos vanguardistas logo, mas não queria um relacionamento embasado nos relacionamentos que existem por aí, até por achar que nunca uma mulher como esta se engraçaria para alguém de minha índole. Na verdade, acho que ela me encontrou em uma fase de mudança, e ela disse que eu a encontrei numa fase de calma, ou simplesmente, transição.
Guardo ressentimentos de não poder lembrar de nosso primeiro beijo. Mas pelo menos, tenho uma imagem um pouco mais romântica que sei que ela tem, e este sou eu, aqui, em plena 02 e 20 da madrugada discernindo sobre a bela que não utilizo aposto, nem vocativo para comprimir os próximos adjetivos e definições de nossos 2 meses e 400 dias de amor.
Eu gosto das reclamações dela. Todos gostam do olho dela, mas o que eu mais gosto é de quando ela o vira desconversando com o olhar. Foge de mim com o olho, e me procura quando não quero enxergar. Se ela me engana, me engana melhor que qualquer um que já me enganou. Mas prefiro achar que não.
Gosto da voz dela, não apenas no telefone móvel, mas gosto da rouquidão das palavras. Gosto de novo das reclamações excessivas e desnecessárias. Tudo isso embalado com um sotaque meio carioca, meio nordestino que me expande a mente, me leva a analisar cada ângulo de seu sorriso.
Infelizmente, eu já estou aprendendo rápido para ela. Sei que gosto dela, sim. Ou mais com quem gastaria esse meu tempo? Com ninguém, fato.
Espero que se o ano 2000 chegar, eu esteja na areia da praia com ela.
Com amor,
Inácio.
Guardo ressentimentos de não poder lembrar de nosso primeiro beijo. Mas pelo menos, tenho uma imagem um pouco mais romântica que sei que ela tem, e este sou eu, aqui, em plena 02 e 20 da madrugada discernindo sobre a bela que não utilizo aposto, nem vocativo para comprimir os próximos adjetivos e definições de nossos 2 meses e 400 dias de amor.
Eu gosto das reclamações dela. Todos gostam do olho dela, mas o que eu mais gosto é de quando ela o vira desconversando com o olhar. Foge de mim com o olho, e me procura quando não quero enxergar. Se ela me engana, me engana melhor que qualquer um que já me enganou. Mas prefiro achar que não.
Gosto da voz dela, não apenas no telefone móvel, mas gosto da rouquidão das palavras. Gosto de novo das reclamações excessivas e desnecessárias. Tudo isso embalado com um sotaque meio carioca, meio nordestino que me expande a mente, me leva a analisar cada ângulo de seu sorriso.
Infelizmente, eu já estou aprendendo rápido para ela. Sei que gosto dela, sim. Ou mais com quem gastaria esse meu tempo? Com ninguém, fato.
Espero que se o ano 2000 chegar, eu esteja na areia da praia com ela.
Com amor,
Inácio.
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