O mundo gira como máquina,
E como máquina para não morrer de fome,
Pois se não, o que falta na mesa de um homem,
Aos migalhos, se despedaça em sua rápida sina
Assina acordos, e a cor dos olhos foge
Sem dó, não há alma que aloje
Em tais demasiadas pálbebras,
Cansadas, perdidas, sem fibra, rarefeitas.
É raro o efeito da máquina cobrando vida,
Quando a própria vida, passa a cobrar a morte
Deslocando as vísceras para um beco sem saída,
Deslocando o réves da vida implorando por sorte.
Só teria o mundo, se o mundo me tivesse só
Nas entranhas de meu abrigo tímido e opaco
Procurando olhares que me transformem em pó
E ao pó, voltar da vida, cavando meu próprio buraco
Regozijo instantâneo
Causando ânsia quando só o que faço é ver
Todos dançando na cidade
Me fazendo enlouquecer
De tanta poeira e saudade
De uma vida prestes a anoitecer
Porque sei que nunca é tarde,
Nunca é tarde para saber
Que nem tudo é só maldade,
Que nem tudo é só perder
Que nem tudo é só alarde,
Que nem tudo é só você.
Como máquina
E como máquina para não morrer de fome,
Pois se não, o que falta na mesa de um homem,
Aos migalhos, se despedaça em sua rápida sina
Assina acordos, e a cor dos olhos foge
Sem dó, não há alma que aloje
Em tais demasiadas pálbebras,
Cansadas, perdidas, sem fibra, rarefeitas.
É raro o efeito da máquina cobrando vida,
Quando a própria vida, passa a cobrar a morte
Deslocando as vísceras para um beco sem saída,
Deslocando o réves da vida implorando por sorte.
Só teria o mundo, se o mundo me tivesse só
Nas entranhas de meu abrigo tímido e opaco
Procurando olhares que me transformem em pó
E ao pó, voltar da vida, cavando meu próprio buraco
Regozijo instantâneo
Causando ânsia quando só o que faço é ver
Todos dançando na cidade
Me fazendo enlouquecer
De tanta poeira e saudade
De uma vida prestes a anoitecer
Porque sei que nunca é tarde,
Nunca é tarde para saber
Que nem tudo é só maldade,
Que nem tudo é só perder
Que nem tudo é só alarde,
Que nem tudo é só você.
Como máquina
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