sábado, 31 de janeiro de 2009

the worst sunday of brazil

Sinto que amanhã vai ser um dos piores domingos da minha vida. Queria me isolar, pelo menos não só me decepcionaria, como as coisas vão acontecendo.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

linda

Caetano já dizia. E eu confirmo. Se Deus é a manifestação da natureza, das coisas boas, e das simples coisas da natureza, ela é Deus para os budistas. É inacreditável o fato de como me apaixono apenas por olhar para os olhos de uma simples imagem. Sou um burro qualquer, mas dos mais apaixonados, e seria aquele que mais queria te ver feliz, querendo te ver.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Quinta-feira

Hoje, sairemos todos na rua. É o grande dia. Abriremos nossas janelas, colocaremos as mais belas flores na varanda, comeremos a melhor comida possível, seremos gentis, cortêses, amigos de todos. Pensaremos mais no futuro, mas em um futuro mais próximo. Nas quintas-feiras você pode estufar seu peito, enxer seu pulmão de oxigênio do melhor possível, promover a troca de gases no sangue, e dizer em alto e muito alto e muito mais alto e bom som:

É AMANHÃ!

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Perdoa

"Deus, por onde você foi?
Cansei de procurar.
Não posso mais ficar
com o pouco que sobrou,
carrego o seu amor
até não conseguir,
mas hoje eu me senti
dobrando devagar,
tentei chorar por seu perdão
mas não ouvi sinal,
será que isso é normal?
Deus, proteja o filho teu.
Não deixa o mal ganhar.
Por onde se escondeu
enquanto o céu caiu?
e a chave não abriu
e a estrada se acabou
e a ponte não passou
pra lá desse lugar.
Eu vou tentar
por mais um dia.
Manda essa cavalaria
que hoje a fé me abandonou..."


(Marcelo Camelo)

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

lua

Eu nunca falei da lua
Porque tinha sempre alguém pra antes falar
Mas acho que dessa vez
Me rendi ao brilho lunar

Mais próximo que o sol,
a lua não traz frio,
a lua não traz calor,
não ilumina a estrada,
não lhe muda a cor,
mas sei que de perto,
a lua reflete o amor

Me ilude quando de dia
Aparece bem clara no céu
E olho pro sol. Afasia
me bate, confusão me toma
Me sinto o último dos cafonas
dizendo o que ninguém sabe:
A lua do céu é dona

Estrelas são tão poeiras,
o sol tão bagunceiro.
Confundo o céu com o chão
E o calor que traz o mormaço
Me lembra a constipação
Não consigo respirar
Chega, lua cheia!
Pra trazer logo a noite.

Se vem, vem dourando o mar
à tarde parece muito cedo para você
Traz a noite, e esfria a cidade
Mil bares espreitam a chegada
Da lua notória sempre sonhada

Se está acordada
desabrocha uma flor
Ela é amada,
e ela é amor.

Summer 78'

São 3 anos de blog. Quase 3 anos. E estou aqui para agradecer àquele que mais me ajudou. Não falo das moças bonitas para quem faço poemas, nem falo do tempo para quem faço sonetos. Não falo dos amigos, nem de mim, tampouco da natureza. A pessoa existe. E esta chama-se Yann Tiersen. Incontáveis as vezes que não sabia o que escrever, que me via em tremenda escuridão de idéias e palavras, e só ao ouvir uma música qualquer dele, escrevia óperas, livros, histórias fascinantes, que para mim, só tinham a ver com o violino que passava da pequena caixa de som, da voz calma e do piano escondido mas de baque tremendo em minha cabeça.

Obrigado, Yann.

no anti-auge/clímax

Se fosse para ter como o prêmio de 2008, daria ao fato de algum dia por ali ocorrido. A poesia que aí segue, tem duplo sentido, mas não nas palavras, sim na minha cabeça. Serve tanto pra lá, como para agora, e sei que só eu vou entender.

De bela passava para aquela
que sabia que era meu trunfo
Era a musa da passarela
E era de novo tão bela
Só que tão bela de todos
Que feria minha cabeça
Com tal sutileza
Que nem milhões de sedativos
E as mais espessas agulhas,
Os cheiros mais radioativos
Com toda clareza
Viravam os maiores absurdos do mundo

Perto do que ela há de me fazer

Queria brincar de algo infantil,
E pedia, chorava, pela venda
Tanto drama, essa bela reclama
Se falta o pingo para ela dar nó
Se falta buraco pra ela ficar só
Se me falta perto pra ela falar
Se lhe falo pouco, está a surtar

Ela sempre vem e volta
mas traz a mesma revolta
do mês que vem

(não importa)

É só uma,
ou duas,
ou três.
Tá bom,
melhor para de tantas belas
Mas essa que chega agora
é ela, não tem mais vez.

(menti, mas me enganei)

voltar a jogar diablo 2

No auge de 2008,

"F"

Faria foices, facas, flores finas
Falaria freneticamente fraco
Finitas festas facilitariam
Fazer filhos falsificados

Fascinado frequentemente
Finalizado, flagrado furtando
Furtou, foi fuzilado felizmente
Fascínora foi finalizado falando

Milhões de tantos F eu achei
No jardim onde não procurei
Mas vi que todos eles eram sozinhos
E mais sozinho era eu
Quando acordei

Eram tantas árvores para achar
o seu coração desenhado
O prego enferrujado riscou meu nome
Mas eu não vi
Só fi o F marcado.

rascunho

Pegue seu celular, vá em "mensagens" e depois vá para "rascunhos" das mensagens de texto. Deixei um recado pra você lá.


É tempo de voltar
a alvorada clareia
o caminho que tu passeia
me esperando chegar

Me liga ansiosa de tarde
Mas sabe que não demoro
As vezes até te imploro
Para não fazer alarde

Me prende os pés na cama
E não deixa me desprender
E assim nosso amor, vira fama

Me vira de ponta a cabeça
Assim não consigo te ver
Será que você me ama?

Soneto fisgado

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

não sei porque faço esses títulos tão grandes se o que importa é o que está embaixo

vamos jovens
vamos mostrar as caras
as famosas caras pintadas
na tela plana

vamos expor as melhores fotos
seremos pacientes com o carregamento
e diremos adeus as armas
e adeus ao sentimento

amaremos a todos
sorriremos para todos
a dança ainda não acabou
a música ainda está tocando
vamos continuar dançando
e apagando nossas piores fotos


encaraco lá do

E peço ajuda a quem não vejo
Não sei se é capricho ou desejo
Me perco junto de ti
Mas se não sei quem és
Como me desprenderei?

Estou enrolado
Mais confuso que teus cabelos
Caracóis nos devaneios
A mente alisa minha mente
Eu sei que você não sente
Mas vai sentir

Te chamarei de meu bem
Te chamarei de querida
Eu desenrolando os teus cabelos
E você desenrolando minha vida

Atrás do tempo (nunca mais)

Se o tempo me diz quem sou
Quem sou eu pra dizer que não?
Sei um pouco mais da vida
do que o céu sabe do chão

E eu não vou ficar querendo morrer
como faz o céu quando treme
Querendo chegar onde nenhum
Humando chegou com um leme

Todo vão que eu ouço
Parece não ser em vão
O que pra uns é tão vazio
Pra outros é cheio de solidão

E eu não vou correr
Atrás do tempo, porque ele voa
Se for pra viver em paz,
que sangue, mas que não doa

Saiu da pele
Fugiu da carne
O que feriu
Agora é tarde
Pra pensar
que o que doía
Arde

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Dizeres perdidos (Cifrada)

D+ G+ C+ F
Não era só dizer,
Não era tudo perdido
Eram só minhas palavras
Que ninguém dava ouvido

Não era só ilusão,
Tudo tão programado
Você sorria pra mim
E eu continuava calado

E me insistia então
A começar pelo fim
Todos os seus dizeres
Não faziam efeito em mim

Em Am
Eu pensei em voltar
E sentir o mesmo dissabor
Que outrota chegara
Com nome de amor

B F# G#m E
Eu só queria saber o que me faz tão feliz
Você sabe o que dizer, mas sabe que nunca diz
Eu só queria entender o porque de eu ainda insistir
Toda resposta me leva a você
E assim, sozinho eu vou partir

Toda dissimulação
Perto de ti era em vão
O passo falso,
Dava em nada
E eu não chegava
Em uma solução

Todo dia antes de te ver
Eu chegava sem unha
Tanto nervosismo sem porque
Tudo porque você me impunha

A sempre
amar
você


segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Eu falei, eu falei...

Há muito eu queria ter cortado qualquer tipo de relação e/ou envolvimento com o sentimento que dá a salvação.
Sem amor, não há decepção. Amor a qualquer um, o de graça, o conquistado.
Nenhum destes mais.
A ninguém, em troca de paz.

Sem amor, sem confusões.

sábado, 17 de janeiro de 2009

festa do louco romântico

E ele estava dançando no ritmo de sua música frenética favorita. Sempre foi muito romântico, e achava que todos eram assim. Após pouco tempo de danças, ele encontra seu amor. Ela estava parada, como se esperando por ele, e então, sem pensar duas vezes ele chega para ela e diz:

Quer ficar comigo?
-Sim.
-Pra sempre?

E a menina não entendeu, e foi embora.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Superguidis - A amarga sinfonia do superstar

É incrível como as músicas da Superguidis me inspiram. São sempre muitos simples e diretas, sem enrolações, e acredito que eles são os melhores nesse tipo. Vou por alguns trechos das melhores deles.

"Todo mundo cai, todo mundo escorrega e todo mundo sabe que isso é normal. Menos eu e você" - O cheiro de óleo

"O teu dom de se esconder de mim só é menor que o meu de não te achar" - Por entre as mãos

"Fale tudo que quiser de mim, faça de conta que eu sou uma imensa lata de lixo verbal. Um objeto onde você possa despejar toda malevolosidade. Não sei se existe essa palavra, já procurei no dicionário pra tu ver que eu não sou um cara ruim, não sou um cara ruim." - Malevolosidade

"Chorei, como criança perdida da mão da mãe no centro

Achei que o mundo fosse acabar
Não há nada pra temer eu sei
O problema é botar isso na cabeça dura que não entra nada" - Manual de instruções





daydream

I'm naked, I'm naked
But I'm alone, alone...

You could be yourself
You just could a true person
I ever and ever call
But you call it off

I'm alone waiting for you
and wasting time for your lies
I don't mind if I'm so
careful because you

I'm naked, I'm naked
But I'm alone, alone

You're booking my song
to the northest tour
Your friends are so different
But I can't see,
'cause I'm naked

You ever give a way
of fuck my feels
Always give one way
Just one way
of fuck
my mind

I'm alone, I'm alone
but I'm naked, I'm naked

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Severino e a gaivota

Severino estava louco. Pois bem, quem não ficaria estando preso em uma ilha sozinho, isolado do mundo? Só comia frutas tropicais, as quais ele aprendeu a gostar, não se exercitava muito, pois comia pouco e tinha que guardar as energias. Desde então, Severino só pensava em sair de lá e reencontrar com todos os outros que tanto o procurava.
Um dia qualquer, como sempre acontecei, as gaivotas vinham para procurar peixes dando sopa no oceano, e Severino gritou por uma delas:

-Gaivota! Gaivota! Venha cá, por favor!
E a gaivota, em um ataque de loucura (de um dos dois) foi voando ao encontro de Severino:
-Pois não?
-Dona Gaivota, a Senhora que deve estar tão cansada de procurar seus alimentos, de voar, de procurar a boa estação, diga-me pelo amor de Deus, como faço para sair daqui, como faço para ser livre?
-Severino, filho, acho que não tem jeito, você veio parar aqui, não tem jeito.
-Mas a Senhora sabe tanto sobre os 12 cantos dessa pequena ilha que ainda não tive oportunidade de conhecer...
-Mas não há saída. É uma ilha, cercada de oceano, como todas as outras.
-Então podes me fazer um favor?
-Depende.
-Podes dizer a moça mais bonita fora desta ilha, aquela que mais tocar o teu coração, aquela que os olhos hão de te fazer ofuscar quando o sol refletir neles, aquela que há de te fazer querer ser homem, e querer me ser para tê-la, que eu ainda a amo?
-Ainda pensa nesta moça, Severino?
-Todos os dias, desde que cheguei aqui. E se quero sair, depois de ter me posto aqui, uma vez sequer não foi por respeito aos outros que me esperam, foi só por ela, e foi só por ela que estou aqui.
-Essa confusão vai acabar lhe matando.
-Que me mate de incerteza, mas que não mate-me de saudade. Eu preciso vê-la de novo, dona gaivota, a traz para cá! Traga a minha menina linda para esta ilha, mas antes pergunta o que ela quer da vida.
-Acho que tenho a solução para isto
-E qual seria?
-Não tinha lhe dito nada, pois sabia que não querias que dissesse. Você chegou a este isolamento por que quis, não quis amar ninguém, e achava que nesta ilha seus problemas seriam resolvidos. Você só se iludiu. E se encontrou. Sabe agora quem amas, mas sei que estás confuso por não saber se ela vai te querer de volta. Pois então, volta voando Severino! Voa! Você pode.

E em um passe de mágica, ou de loucura, Severino conseguiu chegar a tempo de ver sua amada linda como nunca! Vestia um vestido longo, lindo... e branco!

mil idéias

Tardio e inoperante
Um bêbado constante
Vívido e errante
de Alma irritante

Coração desritmado
Meio mendigo dopado
Meio macaco virado
Com o órgão pra fora, estampado

Só queria ser sabido
Mas é só um cego vestido
Um burro qualquer, cuspido
De coração abatido

Não vê a luz da cidade
Nem o branco da claridade
Não sabe dizer verdade
E ele não faz por maldade

Ele não quer outra dor
Não vê mais graça na flor
Não vê o contraste da cor
Ele só quer seu amor

De novo,
pra sempre

idiot

Eu não sei o porque de tanta confusão. Eu não sei se faço o que quero, ou não sei faço o que o que os outros querem. Porque eu posso estar errado, e eu já errei nisso, e odeio errar por isto. Eu me sinto mal, chego a fazer besteira depois que tudo acaba (ou começa), rodo, bebo, e chego até a pensar em chorar, mas acho que seria demais. Daí eu penso, penso mais... e começo realmente a cair, que é o famoso falling in love. Estar apaixonado e estar com medo. Uma das boas citações que digo sempre é "Eu tenho medo. Mas não tenho medo de ter medo." Pois bem, pela primeira vez, este sujeito aqui está com medo de ter medo. É complexo, confuso, apático! Que grande ignóbio eu sou, estático e afásico. Começo a fazer o contrário do que muitos fazem, falo mais besteiras, canto, desloco o olhar, e olho quando não olha pra mim. Sou burro, burro, burro! Não sei o que fazer, nem sei o que ela quer, e se sei, finjo não saber, e se um dia souber realmente, desacreditarei.

Talvez eu seja o idiota que todos falam. Ou talvez não, seja realmente sem talvez. Perco tempo, e quando faço uma escolha, me arrependo antes de fazê-la, pois sei que não é a que realmente quero, mas sei que é a melhor para mim.

Ou não.

sábado, 10 de janeiro de 2009

Eternal Sunshine of a Spotless mind

-Joel?
-Sim, Tangerine?
-Eu sou feia? Quando criança eu achava que era. Não posso acreditar, já estou chorando. Às vezes eu acho que as pessoas não entendem quão amável é ser uma criança. Como você não liga, então... Eu tenho oito anos e tenho todos aqueles brinquedos, aquelas bonecas. Minha favorita é aquela boneca feia que eu chamo de Clementine. E eu continuo gritando para ela: "Você não pode ser feia! Seja bonita!". É estranho. Como se eu pudesse tranformá-la, eu magicamente alteraría-me também.
-Você é linda!
-Joel, nunca deixe-me...
-Você é linda. Você é linda. Por favor, me deixa ficar com esta lembrança. Só esta.

Diálogo entre Joel Barrish (Jim Carrey) e Tangerine (Kate Wilson) em "Brilho eterno de uma mente sem lembranças". Poucas pessoas não têm muitos sentimentos, mas as que os tem, liberam todos eles vendo esse filme. (Ou quase todos)

Esta cena: http://www.youtube.com/watch?v=tKN0VFCZB9w

por+ (cifrada)

A+ C+
Por mais que seja tão minha
Por mais que seja tão bela
Eu carrego uma sina:
Eu não posso gostar dela

Por mais que me faça feliz
E não saia do meu pensamento
Ela é a única flor
Que não entorta com o vento

Eu a queria pra mim
Mas sei que não posso ter
Essa flor do meu jardim
Não vai tão cedo crescer

Crescer

Am7 D7/9
O sol vai tirar você de mim
(Por favor rapaz não deposita a paz nessa menina)
Até chegar a manhã
(Ela vai, ela vem, ela chega e sai, ela volta contigo e traz)

D+ G+
Quando você me desfez
E me jurou respeito
Foi mal, meu amor
Eu já tava desfeito

E agora você me refaz
E quer conversar
Me leva pra céu
Me leva pro mar

C+ C#+ D+
Eu não sei
Se quero amar,
D+ C#+ C+
ou se quero sofrer
Porque

O sol vai tirar você de mim
(E eu vou junto com ele, pra ele desistir dessa idéia)
Não sinta minha falta, não
(Eu venho e volto, chego e saio e te trago a explicação)



divagações

Divagações têm que ser curtas. Eu não sei se a palavra antirretrato existe. Mas sei que se existissem, seria bonita, e seria atualizada, pois tem o negócio da nova regra da língua portuguesa. Loucos, são todos.

bla bla bla de sempre

Esqueça tudo
Visto que já é tarde
Antes noite,
Do que inverdade
(Ou nunca)

Nada é de verdade
Sentimento já é abstrato
O concreto já é sentimento
O cimento da casa é o retrato
E é fato que todo tormento
Antes de ser pensamento
De branco, índio ou mulato
Se quebra quando o vento
Me faz perder o meu tato
E me faz sentir-me lento

Eu sou abstrato
Ou sou pensamento?


sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

feio

Arnaldo tinha mania de achar-se feio. Tinha vergonha de sair de casa, de olhar na cara das pessoas, pois elas iam olhar para sua cara. Gostava de olhar para sua mãe, apenas. Não levava jeito com as palavras, avalie com as meninas... Ele que era um eterno apaixonado. Escrevia, escrevia, mas não sabia para quem, pois qualquer início de paixão para ele seria um desastre, e ele não encontrava uma feinha para admirá-lo. Até que com seus 17 anos, Arnaldo se viu num espelho, e viu que não era tão feio assim e desse dia em diante, ele ainda não parou.

bobo inspirado

Como da última vez, ela não podia ter chegado em melhor hora. Eu me vi o quão besta eu sou, e quão inocente era. Podem ser coisas parecidas, vistas de tal ponto de vista, mas bastou uma única palavra para eu esquecer de todo julho, agosto, setembro, outubro e dezembro. Voltei a ser o mesmo bobo inspirado, o mesmo persuasível, meu quinhão de apaixonado que havia guardado no bolso traseiro de minha calça, foi encontrado na lavanderia. Escrevo com a consciência que ficarei triste de novo daqui a um tempo, mas escrevo sabendo que bastou 1 dia, para todo dia valer a pena. "Quem ama sofre e quem não ama sofre mais", já dizia a canção. Acho que não vamos muito longe, mas eu só quero ter a certeza do que realmente é o amor.


"Eu nunca mais vou te deixar
Pois agora sou uma canção"

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

AHHH aiai

Both players are cool,
And you're asshole
Every time that I dig
I cant see a hole

You've got a scoop
You've got a hand
And so get work

You've got a soup
You've got your mouth
And don't wanna dope
Yourself

I don't want
appear for you
A brand new Madona
Or anybody null

Let me lie,
Let me free
Let me take down
Let me fuck
Let me paint
Let me be a clown

Dig a hole,
Dig again
And let me come in
I'll stole
Your big head
And you want spin

Dig a hole
Dig a hole
Dig a hole
for me

I don't want
Appear for you
One more banana
Of mind so fool




Eu

Eu andava pelas ruas e olhava tanto letreiro
Lia os carros, e as nuvens faziam escurecer
As letras distintas caíam no asfalto faceiro
E a face da minha alma do céu vai descer

Tornava-me inconstante, e não julgava um culpado
Julgava a mim mesmo, antes que fosse tarde
Ou antes que qualquer um me julgasse retardado
Feri com ferro, porque pimenta nos olhos arde

Culpado era eu, que não via no que me tornei
Se era sonho, era um sonho que nunca antes tido
Mas não lembro última vez que sonhei,
Só lembro que há muito, tinha me tornado um desvalido

Eu parava, e olhava para o infinito celeste
Rabugice! Todo mundo o chama de céu
A imensidão azul todos sabem, é inconteste
A alma, a mente, a cura e o fel.



terça-feira, 6 de janeiro de 2009

nada sobre nada

Se pudesse seria nada,
ou nada do que eu sou
Não sou,
Mas sou

Casa, carro, casamento
Para todo o dia há tempo de ter tormento
Só uma horinha, não causa cansaço
O resto, o que tiver que fazer eu faço
Só não sei voltar a me ser
Quem sabe então ser você?
Não sou como sou todo dia,
As vezes me perco na correria
E me acho no fim
Nem todo dia é assim


Internal body shadow

I'll want to show the last sad song
And you'll be smiling
I never know why
While I cry, you chuckle

While I cry, you chuckle
It's always like it, but I keep running
For the outside
Just to send a sound in the wind
For you hear me sad song

Across the internal body shadows
I'll hit the signs,
I'll hit the signs,
I will hit the girl signs
because I don't wanna anymore
get hold for the eternity

Get your own sad note
Get a cry, that don't appears a any cry
And that be just sobs,
just sobs,
just (ic) sobs

You'll want cry once
But you don't want get tears
Feel the fears
that the night can offer to you!

Across my internal body shadows
I keeb cryin', hearing my sad song
Picturing your sobs in my bed
And I'll stay in the floor,
Laughin'

While you sobbing, I chuckle
While you sobbing, I chucle!




viajar

Muitas coisas me fazem viajar mentalmente. Eu não gosto de fazer listas, mas eu tenho aprendido com o "o-de-sempre" no qual Camila que escreve, a gostar de fazer listas... Então aí vai:

-Escutar Mutantes no banho (Eu viajo muito)
-Contonetes (Sou viciado)
-Rodar em piscinas
-Escrever no blog
-Praia sem sol (sol me dá nos nervos)
-Imaginar-me em um sociedade secreta, como o Projeto Mayhem
-Ônibus
-Estradas no mato

Entre mil outras coisas.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

microfonia

Microfonia é uma coisa que me deixa bastante irritado. E eu a acho legal. Não há o que ponderar, a terça-feira já chegou, nem são todos que entendem o que eu digo.

Algo antecipa a terça-feira

Que dia é hoje?

domingo, 4 de janeiro de 2009

fingir ou se entregar

As pessoas sempre hão de te fazer piorar. Esteja você triste não, sempre hão, sempre hão. Desapontam com atitudes, palavras. E você se vê numa situação de continuar fingindo ser feliz, ou se entrega a tristeza de maneira comovente, e não procura a solidão. Diz logo a todos que estás triste, covarde! Todos sabem que você só quer atenção, e elas perguntam "Tudo bem?" e você responde: "Mais ou menos...", e elas insistem em saber o porque de sua tristeza, o porque de tanta melancolia e você se esconde mais uma vez e não se entrega, quando mais teve perto de se entregar.

Medroso!

sábado, 3 de janeiro de 2009

Pernas inquietas (pt1)

Eram pouco mais que 3 da madrugada. Ele tinha certeza disso, pois olhara antes de checar se estavam todos dormindo, pregara um envelope na geladeira e subira para pegar suas malas, e silenciosamente, passar pelos cômodos de sua casa sem ser escutado, sem ser percebido. Como de costume, abriu os portões, passou sua mochila com uma capa preta em formato de violão, e os fechou para, pela última vez, deixar sua família em segurança.

Foi se vendo perdido
Que ele mais se encontrou
A saudade de casa
Em sua casa, deixou


C
omeçou a pegar estrada. Foi andando até um certo monumento não muito distante de sua casa, para não perder tempo, pois não tinha como esperar até as 5 da matina para começar os ônibus a aparecerem. Ele era jovem, e via o tempo passar. Suas pernas eram inquietas o bastante para movimentar o seu corpo todo se ele estivesse sentado. Todos reclamavam dessa ansiedade, e ele nunca soube o porque dela, mas vendo tão perto de sua calmidão, ele descobriu que estava ansioso para este grande momento. O de sua liberdade.

Ansioso demasiado,
Paciência escondida
Burocrático não-fardado
Ele quer ver sua vida
Seguir o rumo da vida
Antes que fique cansado

(...)

Continua


faixa de gaza

Explosões, terremotos, lamentações. Tsunamis de lágrimas e enchentes abalam inúmeros corações. Erosões de felicidade, desabamento, demoronamento. Construções, construções... A imprensa lhe diz de uma crise financeira. Trilhões são gastos para salvar donos de bancos judeus norte-americanos por causa dessa crise. Corta gastos, gasta, corta, gasta! Há um homem no comando de nossa nação, que veio de uma ideologia comunista que mais está para filho bastardo do Tio Sam. Manda-nos gastar para não entrarmos em crise. O mundo se abala, como se fosse por efeito placebo. "A crise existe", então, vamos parar de consumir, os bancos vão falindo, e o presidente continua consumindo. Eu ainda não fui afetado, não parei de comprar pouco, os pobres pior! Não pararam de pedir dinheiro. Os governos que procuraram ajudar os pobres bancários mandaram "aquele abraço" para os africanos.

Há um dia que a negligência do blog se cansa. Não dava para ficar calado, depois volto a falar de flores e jardim.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Wilco (in memoria)


Wilco, grande amigo. Incontáveis as vezes que não tinha alguém pra conversar, me vi contando minhas histórias pra você, reclamando de meus estudos, conversando besteiras e até debochando de sua memória curta. Acho que você não se lembrou bem de mim ao morrer, mas espero que no oceano paradisíaco suas lembranças sejam entregues e você lembre-se daquele que esperava sua água ficar em temperatura ambiente pra você não morrer de choque térmico.

O menino com sua vida
Pulou pra dentro do aquário
E as lembranças esquecidas
De seu peixe
Foram encontradas atrás da pedra branca
Ta aí o desfeche