quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Eu

Eu andava pelas ruas e olhava tanto letreiro
Lia os carros, e as nuvens faziam escurecer
As letras distintas caíam no asfalto faceiro
E a face da minha alma do céu vai descer

Tornava-me inconstante, e não julgava um culpado
Julgava a mim mesmo, antes que fosse tarde
Ou antes que qualquer um me julgasse retardado
Feri com ferro, porque pimenta nos olhos arde

Culpado era eu, que não via no que me tornei
Se era sonho, era um sonho que nunca antes tido
Mas não lembro última vez que sonhei,
Só lembro que há muito, tinha me tornado um desvalido

Eu parava, e olhava para o infinito celeste
Rabugice! Todo mundo o chama de céu
A imensidão azul todos sabem, é inconteste
A alma, a mente, a cura e o fel.



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