quarta-feira, 29 de outubro de 2008

(...) 1

Laura has a poney
She don't brought for it
What not given money
Just a kid could said

Laura gave me a poney
I don't know where she brought
But she gaves a name for It
Its name is Eduardo

Oh, Oh, Eduardo
Where you've gone found?
Oh, Oh Laura
Why do you like so much of poney sound?

Walking by the beach
I found her with a smile
She was feed a cat with fish
She was with cotton your cat

Oh, Oh, Cotton
Where you've gone found?
Oh, Oh Laura
Why do you like a lot of cat around

So Laura said to me
All this poneys
That I've found
Just are pure imagination
Pure imagination

Oh, Oh, Laura
Where you've gone found?
Oh, Oh, Laura
That animals is not imagination

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

(...)

No início era tudo amor
Era tudo futuro,
Era tudo sem dor
Era amar sem esconjuro

Era se achar em si,
E se perder no mesmo espaço
Era não saber para onde ir
Era te ver uma fera
Quando não limpava o terraço

Você era minha Terra

No meio era tudo paixão,
Conversas, risos, colchão
Era saber o que falar,
sem perdera fala
Já fora a solidão

Era tudo armado,
tão compenetrado,
Era um dia de sol,
Em todo dia de chuva
Era ver um farol
Na maré mais escura
Quando se está em um barco
Em que a tempestade quer afundar
Eu te via chegando,
E voltava pro mar

Se tiver que afundar,
Que seja sem luz,
Pra não ter que saber
Que tu fizeste jus
Ao teu olho de farol

Ainda restava a beleza,
A calma, ciúme e você
Nunca te vi tão surpresa
Quando estivestes a me perder
O dia em que a caça virou presa
E a presa procura se esconder

No fim era tudo mentira,
tudo vaidade, ou só falsidade
Era tudo fantasia,
Com as mesmas promessas,
A antiga verdade,
Hora de dia,
Hora de tarde,
Nunca de noite
Já não mais te via,
Cheguei a tentar
A antiga paixão,
virou ilusão
Para um ou dois lados
Joguei mais de dois dados
Trapaceei
No jogo do teu coração


Mil assuntos

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

velha de abril

Já vi novidade
e o tempo parou
Vi a mocidade
Esquecer o amor

E trocá-lo do nada
Por o que não se recebe dor
Abandonar a estrada
Pisar num jardim em que a flor

Não precisa de água para crescer
É como esse amor que não te faz sofrer
O mundo girando vai me enloquecer
E não sou eu que irei pará-lo novamente

A nova notícia que se espalha por aí
É que um novo amor chegou por aqui
Os jovens não entendem como é que isso é
Tudo é tão inútil, perdi minha fé

Para aguentar que o amor acabou
Pede ajuda de Deus para reinventar
Esse sentimento que me diz quem eu sou
E pede também alguém para me amar de novo

eu vejo (sem ordem cronológica)

Eu vejo as árvores do domingo, sinto o cheiro da comida nos dias de semana, escuto seu coração batendo as 16h, enquanto ouvimos o barulho das crianças no terraço. Vejo seus olhos mirados na televisão, sinto o cheiro que seu rosto exala quando o vento passa no nosso jardim e este vem a meu favor, escuto você me chamando na cozinha, enquanto mexe a janta na panela. Vejo nós dois em um balanço. Não juntos, apenas próximos, mas sem nos falarmos, sem nos percebermos. Vejo você deitada na cama em uma hora qualquer de repouso, sinto o cheiro de suas madeixas alguns anos depois. Escuto a música que sai do nosso toca-cds antigo, depois de anos mais tarde, e danço. Chamo você para uma dança, em uma quarta-feira chuvosa, depois um dia cansativo. Nós, que já estaremos cientes que na quinta de manhã saíremos, dançaremos até não aguentarmos-nos mais em pé, mas não por cansaço, pois ainda nos restam 15 minutos de amor. Falo com você, não escuto sua voz, brigo, implico, insisto. Saímos em outro dia, nos enraivecemos com nós mesmos, mas sabendo que algum dia, 70 anos depois, estaremos descrevendo nossa vida juntos, depois de longos e breves 85 anos juntos.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

21:33

Premissa
súbita
brega
A missa
lúdica
festa?

Eu
gosto
sim
de você
Gosto, e não uso a palavra, se não minha mente trava Escrevo não uso o botão que faz com que a palavra desça Não consigo então parar de escrever Só consigo pensar aonde anda você

Tantas MPBs
um bar,
UM LAR
já te falei
Vem cá
Não foi pra você
Já te vi suar,
E eu não quero ver
que você chegue a chorar
se não for por emoção
A tristeza é sempre em vão
Se eu estou aqui
Pra sempre te animar
ou só pra te amar
a calar

21:25

Abre a porta
Fecha a porta
"Para pai
Vê se não corta
Tua mão
com tanta tesoura
Ou com tanto descapricho
Faz barulho de bicho
Esse papel amassado
Você não parece cansado
Pra quem trabalha de dia
Pra quem trabalha de noite
E quando sobra tempo
E vê a lixeira vazia
Arranja um passatempo
Para logo não ter sono
E haja CORTAR papel
E haja passar outono
E noivas no altar de vel
As tranças da rapunzel
Não me dão mais tanto sono
Agora imagino o céu
E enquanto vou sonhando
Você me aparece de vel
E eu vou logo acordando
É muito cedo
O sabor de fel
O sabor de BONO
O sabor de mel
Me cobre de tanto adorno"

21:20

Agora
percebo!
remédio
efeito
placebo
ouço
falo
penso
escrevo
mudo
travo
a
mente
língua
boca
anseio
veio
ligeiro
me
faz
seguir
em
frente

me tirou
a pontuação

me deixou
frenético
estático
perestáltico
o movimento
do meu estômago
vazio
da pressa
pela pressa
APRESSA!
Cessa
o tempo
Fecha a boca


A praia
clara
você
tão
iluminada
Sei
que não
é
SÓ O SOL
ou era?
não
guardo
lembrança
Da última
DANÇA
Não tinha farol
Não tinha barco
Nem moinho abandonado

Não
precisamos
IR
a
HOLLYWOOD,
Ilha do sol
Samba, suor e saúde
Essa não é nossa sina
Sei que me ilumina
quando a lua é nova
QUANDO NÃO TEM FAROL!

21:13


não
PASSA
tão
veloz
Que
tempo
mais
ATROZ!
Me espanto
fico
SEM
voz

O
ácido
Dentro
do
pote
de vidro
corrói
corrói

O
homem
Debaixo
de
seu
teto
de vidro
DESTRÓI
DESTRÓI

E
Eu,
Ao teu lado
Ainda
não?
E

Eu
com
você
100
sem
por
cento
quase
sempre
nunca
tão
linda
você

21:11

O
tempo
passa,
Enquanto
Minha
Carne
ASSA
A pedra
Veloz
Transpassa
O mal-ODOR
da
Vidraça
da
CASA
da
Vizinha.

navegantes:

18:40 - O café na mesa, estou sem fome. Estou pensando, não conseguiria compor algo útil ouvindo música, mas não quero analisar nem discernir sobre meu cotidiano em um blog. Não que tenha que me preucupar muito com as pessoas que saberão de meu cotidiano, e não que estivesse prestes a contá-lo. Apenas tenho estado bastante confuso analisando as diversas opções que a vida lhe entrega.

"Quando chove, todos reclamam
Quando faz calor, todos reclamam
Mas quando está bom
ninguém sabe o que fazer
O que fazer?

E todos sabem que é assim
Que as coisas sempre são,
São problemas tão pequenos
E existe um mundo imenso por aí

Não deixe a vida te levar"

(Charme Chulo)

18:44 - Eu tenho deixado a vida me levar, tudo pode se tratar de um grande engano, mas estou nessa cumplicidade perigosa de sempre do meu país.




outra

Eu já sei o que não sou
ou não sei o que vou ser
Ter da vida o que se vê
com zelo de quem sonhou

De tu só quero a metade,
não quero penar em vão
Você no meu coração
Já desmentiu a verdade

Se ter você me traz solidão,
não sei porque não vejo
Vontade de ter desejo
De ver faltar-me o chão

Já me tiraste a parede
Achando que estava apertado
meu coração intimado
A sempre morrer de sede

Já me trocaste há muito
Por achar que não cabia
Por achar que não valia
Não era o meu intuito

Tirar-te de dentro do meu peito
Não quero te ver sofrer
Mas não dá para fazer valer
Um romance só por respeito

domingo, 19 de outubro de 2008

igi

Com(o) um abraço apertado
te espero sem esperar de amor
Nós dois, tão casal, e tão calados
Me faça esquecer do que já sou

Com(o) uma ligeira impressão
De que o amor se perpetuará
Te escrevo sem muita adoração
Mas sei que um dia tudo vai mudar

Se formos adiante
Sem muito pensar no distante
Que possa chegar
Me leva contigo

É cedo pro verão
Adianta a estação
E vem cá!

Pois quero te ver por aqui
É muito, muito cedo pra pensar
Que o dia vai amanhecer
E eu não vou ter você pra respirar

E se o revés do amor
Te fizer me pedir para jurar
Por fidelidade, sei que vou
Te pedir pra nunca questionar

Pois se há algo no céu
Que há de me levar sem você
Prometo então na Terra ser fiel
E te levar comigo aonde der


atrevés
(neologismo, sim)

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

nada demais

22:56 - Minhas pernas doem. Guardo sequelas da artrite reumatóide que tive aos 8 anos, e lembro-me que passei no mínimo um mês sem poder sequer andar. Isso me deixava bastante preucupado, tinha receio de não poder andar mais. Mas agora ando, e não sei para onde ir. Só preciso terminar isso aqui, e voltarei a compor. (não aqui)

everyone

Everyone sux
minus me and you
We are like a ducks
in the crossing of the north at the south

But the ducks that going in front
It will control
If we want change the course
All of its will going to follow us

We are two, but can be too more
I without you am null
You without me are fool
Just stay our heart so spore
so spore, so spore

We'll find our time
for the control the universe


terça-feira, 14 de outubro de 2008

give me

Give me a hug bear
Don't come with melancholia
I've been choosen for you

Let's swim in the sea
I'll take your cat fear
Let's paint the rainy day of blue

And when You want stay alone
I'll stay feeling your way
And same that you've broke your bone
I'll try to say

Don't forget the brand new times
I need of your special smile,
You've got a choice
So let me hear your voice

Other time,
One more time

If your accept my wish,
I bet for you and for them
That I leave you with me
Untill the word end

And same that aliens come
Or other thing that want
Take you of me
I'll fight for it of front


Brand new time





segunda-feira, 13 de outubro de 2008

contestamento

Conteste,
que eu te desvio
Pra linha do que eu quero

O mar deságua no rio,
sei que vai contestar
O clima em Manaus é frio
Como posso afirmar

Sei que vai discutir
E eu sempre vou arranjar
Algo que faça você
Sorrindo pra mim, contestar

Constesta em quanto é tempo

Enfim III

Enfim,
calei tua voz,
te tornei invisível
Ficamos a sós
Mas é imprevisível
tal como o amor,
O que eu sinto
quando sinto teu odor
Quando sabe que não minto

Agora caí em ti,
você caiu em mim,
Como cai do ar o vento
Não sai do meu pensamento
O fato de meu passo lento
Ser consequência do seu lamento

Eu sou causa,
você consequência.

Sabia III

Sabia,
ah, como sabia
Ou só suspeitava
Que o dia chegaria
A comida faltava,
A casa vazia
Mas teu amor me entregava
A felicidade do dia.

De novo,
Te olho por baixo,
Te imagino em cima
Cabeça já não pára
para pensar em como
Quando escuto sua voz
Algo dentro de mim me anima

Enfim II

Enfim,
ora no fim,
ora no início
Senhora dona de mim
me tira de ti, o vício

Me devolve a cura
me repõe a loucura
da idéia que um dia tive
esconde de todo declive

Sabia II

Eu sabia,
sabia há muito,
Antes de te conhecer
Só não havia explorado
A possibilidade
De um dia te ter

Sabia, e como sabia
só não tinha te dito
Mas guardava comigo
teu sorriso com cor de conflito

Enfim

Enfim, descobri
o que eu tinha escondido
dentro de mim,
Algo nunca antes tido

Ou se já,
espero que não seja igual,
que siga uma linha
um raciocínio normal

Se é amor,
não há raciocínio,
não há nada normal,
não há pensamento,
não há fúria,
mas há tormento,
castigo, dor e sofrimento
se algo acontece de mal.

Sabia

Eu sabia
que não ia
Ceder tanto tempo
Ao seu cheiro

Eu sabia

sábado, 11 de outubro de 2008

fotografia

Eu vou tirar fotos do céu
para poder averiguar
se o luar é tão bonito
quanto a luz do seu olhar

Eu vou raptar o mel
das colméias mais distantes
E o perigo que me cercará
Espero ter sentido antes

Vou catar todos espinhos
Da mais colorida flor
Para provar que o meu amor
É tão belo que a dor
Que um dia irei sentir
Se de você eu me lembrar
Logo então irei sorrir

Posso fazer o que ninguém faz
Posso dizer o que já disseram
Mas não me importa mais
Se o que fiz ou o que vou fazer
Não me traz de volta a paz
Não me faz ver você

Vou andar até Belém
Nadar até Madagascar
E levar você comigo
Até quando o mundo acabar


(100 mil passos até você)

pra não esquecer

consome ou some
com som de quem come
ou só me chama o nome
para um dia passarmos fome

me explica da sua dor
e depois me consome de amor
não quero me ver a sós com você
assim, tão claro, deixe escurecer

me canta a canção do céu
depois me consome de véu
não sei se é só fantasia
ou se a vida me fez uma ironia

me cala do seu tormento
e me consome o vento
de dentro do meu peito
meu amor já está desfeito

me faz uma comida boa
e me consome assim, à toa
era aqui que você queria estar
não quero sair do sofá

procura me consumir em brasa
que eu procura outras para consumir
o consumo mensal da casa
não me deixa sequer sorrir

me faz voltar ao tempo
em que você só consumia a mim
me tira as preucupações
e me consome de novo até o fim


não é assim

Tão bonitos,
tão simpáticos
A prole que eu quero ter
Me deixa fora de mim
Me deixa de tudo querer

Tão estáticos,
todos apáticos
Com uma cerveja sempre na mão
A confusão é inevitável
É indispensável a solidão

Tão famosos,
tão cheirosos
Sem camisa, sem diversão
Na cabeça falta o amor
Mas na imagem sobra paixão

Meus filhos não vão acreditar,
mas havia um mundo para nós
que fomos na infância,
geração de netos dos nossos avós

Um dia terão que conviver
É fato que vão se influenciar
Com a idéia do mundo da TV
Com os pais vão se rebelar

Um mundo sustentável
sem prejudicar as gerações futuras
É tudo tão deplorável
A universalização das culturas

Se batem, se enervam
espancam à morte
Se o pai tiver um bom dia de trabalho
Pra eles essa é a sorte

Sorriem, dançam
giram no chão
É tanta alegria
Nada é em vão

Só resta a idéia
de não procriar
Não quero meus netos
Em cima do altar




quinta-feira, 9 de outubro de 2008

fire!

16:11 - É muito cedo para uma descarrego de idéias consumadas do espetáculo vazio. As coisas estavam indo bem, não minto, mas agora sinto como se tivesse me desapegado do mundo. Não mais acho tanta graça nas coisas, nas pessoas, não sinto tanta vontade de contar alguma história fútil, de procastinar com a pessoa ao lado, de contestar, de protestar, e não sei como tudo isso se originou. Não sei, e nem quero saber o por que. Não quero melhorar por enquanto, só queria ter mais vontade de fazer algo produtivo, de fazer algo que me deixava melhor antes, que agora esqueci, ou não faz o mesmo efeito. Eu queria que você me desse alguma pista. Falo de você, mas não foi assim que se originou toda essa confusão. Pois é, estou confuso. Tanto nas palavras, quanto nas idéias, e se as idéias estão confusas, as palavras dobram na perdição. Quero que o mês todo se acabe, que esse prazo que dei a mim se complete, que eu esteja livre de tudo, e que janeiro passe como o ano todo. Não quero me ver com o papel da escolha de meu futuro curso nas mãos, não quero me ver pior do que estou, mas se não me vejo, quero ver você.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Homem beberrão

Homem, deixe disso
isso não é só o início
Se continuar isso
Isso virar um vício

Deixe de beber
sua vida tá sem eira
sua vida tá sem beira
Você vai enlouquecer

E não vá pensando
que eu só quero ser um chato
Você vai acabar matando
ou domindo com os ratos

Se um dia você parar
Não deixe de me dizer
Se a bebida sobrar
Então eu vou beber

Eu vou beber,
mas sem você
Eu vou beber
mas sem você



travessia

Espia a travessia
do norte para o sul
os animais lhe dão bom dia
Quando o céu está mais azul

A noite é mais fria
Independente da estação
Nem o pelo da cutia
Me faz lembrar o verão

E é só se você
Estiver por aqui
Vou me esquecer
do frio ao te ver sorrir

Nem a neblina
Que me impede de observar
As estrelas me desanima
Pois eu vejo o seu olhar

De volta para a toca,
me perco de você
E assim o inverno volta
Antes de amanhecer











sábado, 4 de outubro de 2008

até

10:07 - Queria apenas manifestar minha vontade de ter saudade pelo que ainda não foi, minha tristeza de sentir frieza pelo que vem de graça. Queria demonstrar de alguma forma o carinho que sinto por tudo que é inacarinhável, e por todo neologismo que me acompanha. Ativo, lírico, ou até metafórico. Sou nada sem alguém, sou alguém sem nada, sem nada, sem alguém, sou ninguém, sou nada. Eu não sei mais dizer se o que quero é o que realmente eu quero, e se o que eu realmente quero vai ser bom, ou vai ser mero capricho de um jovem que a graça ainda prospéra exarcebada, como em todo jovem, como em todo poeta, como em todo dia, como todo dia.
Carregar mais de 100 estrofes feitas nas costas pode ser perigoso para quem quer apenas escrever em prosa. As rimas continuam saíndo, as idéias estão sempre fluíndo, apenas não há a mesma métrica, e sim a mesma alma poética.

Lembraças a quem o lê, lembrança de quem quer o vê.

viva os loucos que inventaram o amor

10:00 - Estou prestes a viajar. Voltarei vendo nos olhos das pessoas um tom mais esverdeado. Dos que não querem se eleger, o verde da esperança. A esperança de um país melhor, de cada município, cada bairro mais bem estruturado. De uma cidade mais segura, onde não se precise parar um ônibus para os policiais terem que revistar, onde não se veja jovens e mais jovens querendo se mudar para outro país. Há ainda um enorme sentimento de esperança de cor verde. Da cor do verde da minha bandeira. Há ainda um sentimento patriota remanescente desde as 'diretas já'. Em alguns, que não o manifesta, ainda há, mas está perdido.
E por fim, E dos que se elegerão, o verde vai estar mais forte. O verde ganancioso, o verde mesquinho, o verde do troco, dos eleitos, dos que elegem, dos que caem, sobem, trocam de lado, brigam. O verde do silêncio, o verde da compra, dos bestas, da besta, das fazendas, gados, carros, parentes e amigos. O verde do bolso, da camisa, da carteira, do cofre, da cueca. O verde do dinheiro.

despedida

Pois bem, deixo todas as palavras escritas até agora no ar, de modo que se percam, ou se unifiquem, se achem e tornem-se independentes. Deixo as palavras, ou até a vida, de maneira que se possam ver-me nelas, de maneira que encontrem a esperança de uma vida melhor em cada letra unida a uma outra. Não falo da 'palavra da salvação', falo da salvação da palavra.
"Louco, louco, louco foi o que me disseram quando eu disse que te amei. Louco, louco, louco como um acróbata demente saltarei." Moacyr Franco.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Início

E eu que não sou velho,
um ser quase errante
vim de muito distante
para reconhecer o certo

Me surpreendi com risos
me emocionei com os males
que os homens dão de grátis
para outros indecisos

Não posso ser chamado de ancião
mas preciso de um sustento
se conheço a solidão

Posso não ser chamado de idoso
mas se caio e não levanto
sou chamado de medroso

Quase sempre cedendo a cadeira
Para às senhoras na feira
Quando ia visitar a minha avó
Que acordava muito cedo, por que tinha algum respeito
Ao ouvir o galo cantar

De noite ia ouvir
os velhos filósofos
De tantas outras vidas
e estórias para contar

É seu Batista,
Seu Antônio e seu João
que guardaram na memória
o rodopiar do peão