segunda-feira, 27 de outubro de 2008

(...)

No início era tudo amor
Era tudo futuro,
Era tudo sem dor
Era amar sem esconjuro

Era se achar em si,
E se perder no mesmo espaço
Era não saber para onde ir
Era te ver uma fera
Quando não limpava o terraço

Você era minha Terra

No meio era tudo paixão,
Conversas, risos, colchão
Era saber o que falar,
sem perdera fala
Já fora a solidão

Era tudo armado,
tão compenetrado,
Era um dia de sol,
Em todo dia de chuva
Era ver um farol
Na maré mais escura
Quando se está em um barco
Em que a tempestade quer afundar
Eu te via chegando,
E voltava pro mar

Se tiver que afundar,
Que seja sem luz,
Pra não ter que saber
Que tu fizeste jus
Ao teu olho de farol

Ainda restava a beleza,
A calma, ciúme e você
Nunca te vi tão surpresa
Quando estivestes a me perder
O dia em que a caça virou presa
E a presa procura se esconder

No fim era tudo mentira,
tudo vaidade, ou só falsidade
Era tudo fantasia,
Com as mesmas promessas,
A antiga verdade,
Hora de dia,
Hora de tarde,
Nunca de noite
Já não mais te via,
Cheguei a tentar
A antiga paixão,
virou ilusão
Para um ou dois lados
Joguei mais de dois dados
Trapaceei
No jogo do teu coração


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1 Comment:

ciro guilherme said...

"Todo história que antes era inacabável - pt final"