sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Início

E eu que não sou velho,
um ser quase errante
vim de muito distante
para reconhecer o certo

Me surpreendi com risos
me emocionei com os males
que os homens dão de grátis
para outros indecisos

Não posso ser chamado de ancião
mas preciso de um sustento
se conheço a solidão

Posso não ser chamado de idoso
mas se caio e não levanto
sou chamado de medroso

Quase sempre cedendo a cadeira
Para às senhoras na feira
Quando ia visitar a minha avó
Que acordava muito cedo, por que tinha algum respeito
Ao ouvir o galo cantar

De noite ia ouvir
os velhos filósofos
De tantas outras vidas
e estórias para contar

É seu Batista,
Seu Antônio e seu João
que guardaram na memória
o rodopiar do peão

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