sábado, 28 de fevereiro de 2009

Inaugurando

Admito que estou honrada, honrada de um amigo confiar seu blog à mim. Nossa, logo eu, que nem saber escrever tão bem quanto você, cirok. Mas um dia eu consigo.
Quero te agradecer e dizer que juntos, nossos blogs vão bombar.
Fiquei emocionada com seu post dizendo o que você aprendeu comigo, amei.
E vamos fazer muitas listas juntas.

Beijo, desejo sorte para nós dois.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

mix de muitas coisas (7)

Não sei o dia de fevereiro de 2009

Teoria do gostar descartável

Bem, é sem muito prazer que começo a escrever esse novo mix. Digo sem muito, eufemizando, porque é sem nenhum mesmo. Estou aqui só para não esquecer dessa minha teoria elaborada juntamente comigo mesmo, sobre um novo estilo de paixões futuras para mim e todas as pessoas que quiserem assim seguir.
Muitos amores que tive, foram iguais. Tudo bem, não iguais em seu sentido de pessoa/pessoa. Digo iguais em como eu me senti no começo, e depois no fim. Que grande coisa é você gostar de alguém, e 3/4 meses depois, você, ou deixar de gostar da pessoa, ou ser deixado. Não tem fundamento tal dedicação. E após algumas horas, depois de boas doses de cachaça com sal, e poucos devaneios com meus amigos imaginários, e meus amigos reais com nomes alternados, eu comecei a elaborar uma teoria.
Dadas às razões, esta teoria, baseia-se no indivíduo que estar apto a gostar de alguém, não se preucupa em ser ou não frio com esta. Sai, diz o quão gosta dela, não é falso. Não pode ser falso. E para isso, ele apenas tem que estar conformado. É isso! A conformação de que ali não é o verdadeiro amor, não pode ser. É só um "gostar". Mas um gostar que não é necessário, mas não é algo desválido, também. É como um copo descartável. Você o usa, de mais diferentes jeitos, para mais diversas bebidas nele. Até que quando você não quer mais beber, seja lá o que for, ou precisa acabar, para algum tipo de imprevisto, você o joga fora, e não sente falta, não o adota.
É bem isso, depois informo mais sobre a teoria do gostar descartável.

Moram longe

E
sse aqui é só para reclamar de quão distante são estas casas de alguns meses para cá. 2 ônibus na ida, 2 na volta. Dormidas no ponto, estresse, antecipação... Pior é agora que não sei nem onde é essa danada dessa parada.


Rodopiava na minha mente
Somente estava, mas ao teu lado
E eu fugia, você doente
De tanto líquido destilado

E me mandava milhões de textos
Mas muito curtos para o meu dia
Eu que salvei tantas malucas
Estava com a mente vazia

A mente sempre está inapta
A fazer o que você quer
Não me importa
Você só faz o que quer


segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

manhã

"E quanto mais eu morro, você mata." (Igor Filus)

Sonho de carnaval

Era tudo tão real, como todo sonho que lhe pega de surpresa. Contendo a inocência da primeira luz do sol que pede para entrar em sua janela, contendo a felicidade do acordar ouvindo risos de crianças brincando na areia de uma praia gramada a certa distância do mar. Contendo a sensação de ouvir sua música preferida, sendo tudo isso, inconsequentemente dentro de sua imaginação infértil e perspicaz à procura de felicidade na cama. Sozinho.

Estive pensando, talvez este seja um dos, ou o último post deste blog como sendo público. Eu odeio ter que lê-lo, e só vejo coisas de um diário de uma vida já monótona, e muito descritiva. Estou fugindo do que queria que as pessoas lessem aqui. Mas não sei mais fazê-lo, e então, é uma maneira de mostrar-me ainda mais desistente das coisas.

mix de muitas coisas (6)

Devido a toda temática do post anterior, este aqui que vos escrevo, apenas é um relato sobre as consequências em mim aplicadas em função de toda monotonia e vagarocidade do que vem acontecendo. Eu não queria dizer que estou triste, mas há muito não digo nada a respeito da tristeza. No início, acharia que ia me orgulhar por não precisar de ninguém, e na verdade, não preciso, mas sinto falta de poder sair, e sair. Mas estão todos se divertindo na cidade, enquanto eu me enloqueço com textos ridículos, poesias imbecis e pensamentos levianos sobre toda a vida a qual estou passando.

Podia comentar que está frio. E estou sozinho, na verdade, estou só quase sempre ultimamente. Não só no sentido de não ter ninguém por perto, mas me sinto um pouco deixado de lado, consequência daquilo que eu mais desejei. Deixei de lado as pessoas, e elas, em resposta a minha atitude, me viraram as costas. E digo isso desde pouco antes de todo esse carnaval. Claro que não poderia deixar de esquecer aquelas pessoas que me descobriram, que eu descobri, e as que não me deixaram assim tão depressa. Àqueles graduais e momentâneos, eu vos desprezo na verdade. E os que ainda tem fichas para apostar nas minhas virtudes, o mínimo que vos daria, seria o respeito. E dou mais. Dou a saudade que me consome. E isso pode ser por não querer mais a saudade em mim, e por mostrar que se ela está em mim, é devido a falta de algum de você(s).

O pior de tudo isso, é que quando chegar a quarta-feira, eu vou estar no meu pior. Como já havia comentado (ou não), as quartas-feiras estão me matando. E comemorem, pois ainda não estou matando ninguém. Tudo resume a brincadeiras, não acreditem nessa tristeza de um simples jovem mentiroso que só tem um blog para descarregar seus pensamentos sujos sobre a sociedade linda que o cerca. No fim, verão que fui só um palhaço qualquer, desvalido do riso, mas pintado para aquele que me vê sempre achar que estou rindo. Mas o que mais tento, é provocar o sorriso, para assim, acompanhá-lo no sorrir.

Agora, o carnaval está a poucos dias de acabar, e se você está aqui lendo (o que eu acho impossível) , me perdoe se agora você vai me ver mais chato. Mas cada um deve saber a hora de se recolher a sua própria insignificância. E acho que agora é minha hora. Não é nada pessoa. It's just business.


Fuck every little things
Take that smile in this face
This ain't true, and you
Doing question to show this lies
For the world

And now I'm tottally corrupt by the yellow teeths
And the smoke leave me to the new heaven
I just want to see my dancing body,
'cause I'm dead moving out this fake arms

I miss this lies
But I'm keeping wish the same things
to the littlle things.

If I sad, doesn't matter,
I'm supposed to be in a place
With anybody that don't know the secrets of the world
'cause I'm tired of this


sábado, 21 de fevereiro de 2009

mix de muitas coisas (5)

Esse mix tem uma razão em especial, uma exceção à regra que criei na minha mente. E o tema a ser analisado é este que muito é falado na imprensa, nas músicas, o ano todo, mas em especial nesses 4 dias que aqui me seguem e me torturam, e me felicitam: O carnaval.

Ainda no jardim de infância, a professora da escola a qual estudava, tia Silvânia, ensinava a todo que carnaval significa "a festa da carne". Analisando de maneira breve, comeremos bastante carne para não termos tentações durante a quaresma que se inicia na quarta-feira de cinzas. Metáforas à parte, nós fazemos isso mesmo. "Nós", de maneira geral, eu não me enquadro muito, não sou tão seguidor desta filosofia carnavalesca. Entretanto, considero os carnavais antigos fantásticos, com toda a arlequinada, e todos os personagens antes criados pela comédia Del'arte e depois utilizados como fantasias para, realmente passarmos despercebidos de quem éramos, pois era carnaval.

O que vemos hoje, é muito mais do que a festa da carne. Extravasamos toda a emoção, repreendida o ano todo, colocamos a culpa de toda e qualquer besteira fizemos nesta festa, em que a principal intenção é a diversão. Mas calma, não serei o bobo moralista que estarei excluído da sociedade, falando mal do que fazem, do que deixam de fazer, das mentiras, da promíscuidade... Enfim, não estou sequer analisando, nem comentando. Estou apenas discernindo um pouco sobre tal evento, no qual todos param de fazer qualquer coisa, e deixam para começar o ano, depois do carnaval.

Desculpem-me pelo excesso de 3ª pessoísmo, na verdade, nem me incluo em tudo que disse com os "-emos". Esse ano, não pensei muito em sair, em precisar da praia que tanto preciso, mas não precisarei porque é carnaval. O sol, céu e mar sempre estarão aptos para mim.


Estou sobreposto na mesa dos bares,
E preso nos olhares da vida de então
Mas não estou só, descobrindo estes mares
De gelo e de ondas, e de só solidão

Mar de solidão não me diz respeito
Mas estou sujeito, a espera de aval
É tão mal dizer que falta um jeito
No leito que excede doente no hospital

Estou agora no meio de toda rua
E vem um nua mulher apenas de vél
O céu vem descendo, e outras mulheres sua
Te dão mais prazer, mas te deixam ao léo

Senhora rica, vestida de menina
É tão colombina que ao chegar no fim
Um pobre arlequim, como é sua sina
Morre apaixonado, não é tão ruim

É não ruim morrer apaixonado
Ou só não morrer, já não está tão mal
O sal entorpece as narinas, do lado
Em que todos se banham no carnaval

E todos se banham no carnaval
Assim como eu me banhei com você


Lembranças posteriores do carnaval que passou

(...)
Não brilharia a estrela, oh bela
Sem noite por detrás
Tua beleza de gazela
Sob o meu corpo é mais
Uma centelha num graveto
Queima canaviais
Queima canaviais
Quase que eu fiz um soneto

Mais que na lua ou no cometa
Ou na constelação
O sangue impresso na gazeta
Tem mais inspiração
No bucho do analfabeto
Letras de macarrão
Letras de macarrão
Fazem poema concreto

Oh bela, gera a primavera
Aciona o teu condão
Oh bela, faz da besta fera
Um príncipe cristão
Recebe o teu poeta, oh bela
Abre teu coração
Abre teu coração
Ou eu arrombo a janela
(...)

Chico Buarque - Bela e a fera

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

mix de muitas coisas (4)

Texto para o dia 21/02/2009

Poetas: uma contradição

"São todas iguais", dizia um certo poeta exausto de tanto romance. Daqui a, no máximo dois meses, eu vou me acabar por uma delas, e por ela, ela vai nos acabar. Não há crença que me faça descrer nisso. Mas também diz outro poeta, mas este, já mais conhecido meu: "Todo poeta é mentiroso!"

E então, acreditar em quem?


"Quimicócio improdutivo de sexta-feira"

Sal, areia:
Dissolução
A água do mar
evapora em mim
ou destilo meus olhos
e vejo meu fim
Na areia do béquer
molhado de mar
e você me enchendo
vou evaporar
Quando me acendo
Sei que me hibridizo
Mas também não preciso
De tanta solução
Pois não há química
Para um coração
que só bate
em decantação

domingo, 15 de fevereiro de 2009

mix de muitas coisas (3)

"Devagar, devagar com a dor, que o santo é de barro e a fonte secou." Assim começo este terceiro (agora é) mix de muitas coisas. Mas ah... eu mesmo fico pensando, não posso ficar pondo estes posts com frequência. Primeiro que ninguém lê, e se lê deve achar uma grande bobagem quando não se tem o que falar. Eu devia acumular idéias para formular, mas de tanto dever, fico devendo mesmo...

Me lembro agora da penúltima vez que fui à praia, e me admirei com um menino indo com sua bicicleta em direção ao mar. Ele deixou a onda cubrir boa parte de sua bicicleta, tanto que fiz até uns versinhos para minha admiração. Não foi grande coisa, mas eu vi, em parte, a felicidade daquela criança querendo fazer de seu veículo não-motorizado transformar-se em um submarino. E se ele não pensou assim, retiro toda minha admiração por tal ato. Ah, nada mais útil que a imaginação. É o melhor veículo para estar-se à par da sociedade, da natureza, das pessoas, de maneira individual... No momento que eu falo que não vou pensar em tal coisa, essa coisa já vem na minha mente e eu já penso antes de não querer pensar. E este pensamento que tanto corrói a mente alheia.

Agora, falando da última vez que fui à praia. Antes, como sempre chego mais cedo quando marco qualquer coisa na praia, fiquei viajando. A grama, misturada com a visão da praia, traz melhores vibrações e melhores pensamentos que qualquer entorpecente no mundo. É onde cada um se encontra, e eu me encontrei lá, esperando, esperando, mas sem nenhuma impaciência, sem nenhum penar. Digo sem nenhum, em relação ao estar esperando, mas há sempre penares, claro, e logo eu, não deixaria de tê-los.

A propriedade intrínseca da matéria. Das coisas que vi em química esse ano, esta foi a frase que mais decorei, mais achei bonita. Para início de conversa, a definição da palavra intrínseca no dicionário Priberam diz o seguinte: "que está no interior de uma coisa, e que lhe é próprio, essencial;" E o que é essencial para mantermos-nos em pé? A gravidade. À respeito de corpo e matéria, esta é nossa propriedade intrínseca. Mas eu nunca sou tão chato, certo? Então, falando de mente, qual nossa propriedade intrínseca? O equilíbrio. Sim, sem o nosso equilíbrio mental, nossas idéias caem, se desorganizam, se manifestam de tal forma que nem nos deixamos-nos vermos. E esta conclusão de intrínseco, foi apenas para justificar e culpar, de certa forma, minha admiração a estas pequenas coisas que escrevo, como o menino da bicicleta ao mar, como a praia, o vento, o ônibus. Sem isso, eu não sou eu, e meu eu não me quer.

Agora, só para constar: O equilíbrio não pode ser tão assíduo. Ora, se ele for, nós nem sequer amamos. Digo isso para quem quer amar, claro. Eu prefiro manter-me estável, sem querer acreditar que vou ser amado como amo. E ontem, nas mais de mil conversas com meu irmão, ele me falou, o que nós sempre dizemos um ao outro: "Não acredite nas pessoas. Elas sempre hão de te decepcionar." Mas ainda disse algo a mais, que nunca havíamos comentado: "Faça-as acreditar que você acredita nelas, mas nunca se confundindo, pois quando o pior acontecer, a decepção não será tão grande."

Pois é, isso relacionado com nossas poucas experiências amorosas, mas é nessas horas que você vê, que realmente tudo é verdade. Quando você não se decepciona, você decepciona alguém, e dá no mesmo. Assim terminarei meu post:

Quero esconder-me por trás de meus olhos
E adentrar-me naquela nuvem cinzenta
Está bem perto dos olhos do mar,
Ou o mar dos olhos, que sempre me atenta

Se é diabo, ou se é só poeira,
Se é mentira, eu descobri cedo
Pois quando chega a noite faceira
Lhe vêm os bichos só para por medo

A nuvem já volta, e me leva com ela,
Não acredito no que estou a dizer
Se caio, choro, ou choro e rio
Assim como o rio que me trouxe você

Eu sou a nuvem, eu sou suas lágrimas
E o brilho verde sutil dos seus olhos
Mas se não chora, estou escondido
E que passar-me dos seus

Para os meus



Amadeus e Clara

Amadeus só amava. Amava bem, para falar a verdade. Era daqueles apaixonados, que vidrava-se nos olhares de suas meninas. Suas por modo de falar, pois o melhor esporte para Amadeus, era o Amor platônico. Sentava só, e olhava para seu alvo, sua menina. Quando a conseguia, era o melhor dos amantes, o mais atensioso, e o príncipe dos sonhos da primeira semana. Mas todas enjoavam dele, e ele nunca desistia de amar. Até que conheceu Clara. E esta o amou como todas as outras. Mas para Amadeus, Clara foi a mais importante. Sem ninguém para lhe ter falado isso, ela lhe falou:

Sabe qual seu o problema, Amadeus?
-Qual?
-Você ama demais.
-Mas isso é ruim?
(...)
-Seja mais amado, apenas isso. Balance.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

mix de muitas coisas (2)

É escutando "The man who sold the world" que começo esse novo texto. Continuo sem muito tempo, e o tempo que tenho, ou é pra devanear, ou para pensar em que podia estar estudando. E se você está pensando que meus amores me abandonaram, tsc tsc, desde a última vez que disse isso, realmente era verdade, mas agora, eu que os menosprezo, fantasio-os, e os faço de pouco. Não é mais para poder ter tempo de estudo (nunca que eu faria isso), é apenas por usar a lei de Talião.

Na verdade, há uma moça bonita na minha cabeça, é com certa timidez que a revelo. Eu não sei nem sequer descrevê-la para vocês, mas saibam que é linda, ou não é. Mas sei que é, porque sempre as acho assim. {Vão relacionando essa parte com aquela parte que não faz sentido}. Tenho usado muitas chaves no caderno, tá virando uma mania chata. (...) Voltando para a moça bonita, não sei se é só moça, ou só mulher, mas como aquela poesia (aquela famosa, que é a minha "ela" para minha "Ela") não sei se com ela sou menino, ou se com ela sou caba 'ome'.

Eu queria agora poder estar bebendo com meu velho amigo de devaneios. Quanto mais nado para a superfície, mas sinto que o sugador central me puxa, me suga, como aquela canção "absorve" de FelipeS., sendo que esta o narrador usa do órgão que absorve uma mulher, e no meu caso é a confusão.

E as músicas vão passando numa velocidade tão grande que não percebo se agora ouço o bom e velho country do Tennessee, ou se ouço aquela mesma ladainha bossa-nova do Rio de Janeiro. É tudo música minha, boa. (Não MINHA, sim minha)

E agora, deixarei sempre reservado um parágrafo para o amor. Ah, claro, porque o amor nos meus textos é mais presente que eu mesmo. E já me desfez tantas vezes, que agora ele tá me pedindo para eu não acreditar mais. Então, é isso. Não decidi isso de agora, mas acho que as pessoas sempre são tão iguais, sempre tão previsíveis.

(Ou não, besta)


Escuridão devasta a alma
E a vista gasta a procura do fim,
já que a luz não chega,
Espero o quebrar dos ossos,
O grito de dor.

Vejo placas, e setas
apontam todas para o chão,
não acredito mais nelas,
agora meu peso é vão
A gravidade me resta a acreditar
que ela não existe
E enquanto isso
meu corpo persiste
e meus membros resistem
a sempre achar
que estou voando.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

é que é algo que não sei bem dizer como é

Vida inteligente
Eu sinto
Estou dormente
Eu minto
Estou doente
Não sinto
O que tu sente

Quando voa aquém de minha visão
Vou mais além
E te seguro,
Ponho no fogão
Junto de mim,

Fazemos nossa refeição
No cume calado do nosso amor
Mente, me diz que sou safado,
cachorro, um simples simples homem
Que nada mais quer
que não ter uma mulher

Ou ter
não tendo

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

mix de muitas coisas

14:10 - Há muito não cronicava, não expunha minha vida, de tal modo que não sei mais interpretar, nem fantasiar as boas coisas que deviam ser escritas aqui. E por isto, lançarei, a partir de hoje esses posts chamados "mix de muitas coisas". Pois bem, estes serão alguns posts meus daqui pra frente, e conterão, em um só, poesias, cotidiano, histórias e cousas mais.

Vi uma história de uma criança do sertão do cafundé, no Ceará, que por desnutrição, perdeu a visão do olho direito. De todas as histórias que estavam sendo passadas ali sobre famílias pobres, esta foi a única que me surpreendeu, e não só pela história, sim pelo fato de como ela adquiriu a cegueira, e de como o autor dos slides que ali passavam, que era um jornalista, mencionou o caso.

Quando as pessoas passam dias sem comer, como era o caso desse menino de 2 anos, que só comia garapa (água com farinha), elas vão acumulando remela no olho. E essa remela cobriu os olhos do menino de tal forma que ele perdeu a visão de um olho, e a sua irmã, perdeu a visão dos dois.

Então o jornalista fez comentários sobre isso que deixariam qualquer um presos emm leitura tal, e até aqueles que não estariam surpresos, por já conhecerem, sentiriam-se angustiados por tal história.

A cegueira das crianças é algo concreto no mundo. Mas há a cegueira abstrata, que é a cegueira de cada um de nós que insistimos em não querer olhar diante de nós e vermos o mundo o qual vivemos. O nosso quinhão de humanos, julgam os que são cegos, e o que não querem ver. Há os que reclamam, há os que atuam, e há os que não fazem nada.

Peguei uma parte desse trecho acima, de uma citação parecida que o jornalista falou. Fiquei com isso na cabeça e escrevi.
Também pensei em poemas, e poemas e poemas, mas só me veio uma frase, e se alguém a quiser concluí-la, fique a vontade:


Fingimos não ver; e que sejam mais um
A navegar sem mar, sem a luz do farol
Pequenos olhos que estão em jejum
Num lugar onde única refeição é o sol

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

(joy division)

Estou com muita falta de inspiração. Antes a viagem no ônibus me fazia pensar, escrever músicas, cantá-las e ao chegar em casa, concluía-às, ou não. Hoje vi que com essa nova rotina minha, tenho que dormir em ônibus, dormir nas esperas, não posso perder muito tempo assim. Não sei o que escrever, não consigo escrever sobre folhas, flores, nem quaisquer elementos da natureza. Meus amores, todos, me abandonaram. Como se fosse tudo combinado. Como se quisessem me ajudar, estão dispersas, a vida toda está. Não me lembro de bons momentos, estou em uma profunda ressaca com amnésia alcólica, e sinto que a festa de ontem não foi das melhores. (Só sinto, porque não me lembro).

Preciso melhorar ainda mais, preciso ser responsável e organizado. Não só preciso. Quero ser uma pessoa melhor, sinto que não sou muita coisa para com ninguém, e não falo em questão de solidariedade, pois nunca fui de me mostrar. Mas sinto que falta algo em minha vida, não sei se o que sinto é nostálgico, ou se nunca tive.

Não sei de nada,
mas sei que sei.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

chegou fevereiro

Como um rio sem janeiro,
meu fevereiro sem carnaval
(Hélio Flanders)