Meu desfoque é irracional,
aprendo com meu próprio vício
que no início é tudo carnal
Que o escuro é bem mais propício
E o inferno é assim tão banal
Que não sobra nenhum resquício
de uma noite de carnaval
Perdi-me com as luzes acesas
Refletem no peito que quer me refugiar,
Enfim repudio todas as belezas
Que por mal-querência absorvem meu ar
E de algumas meninas algumas destrezas
E habilidades de insistir em continuar
Eu ouvi um sorriso debaixo do lençol
Espero que não pense que é minha timidez
Não, não, não! meu problema é com o sol
Que defaz aquilo que ninguém antes fez
E adentra meu quarto em tempos, como um farol
Que me cega os olhos, que me tira um mês
Que me arranca a alma em soneto em sibemol
Cantado por uma orquestra de bichos, um vez
Eu ouvi na areia da praia tantos bichos a tocar,
fiquei surpreso com sua negligência
Não foi tamanha indecência
Se ninguém estava a olhar
Apaga essa luz que vem de fora, meu amor
Que hoje o dia virará semana
domingo, 31 de maio de 2009
apague as luzes
Postado por ciro guilherme às 20:25
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1 Comment:
adoro sol. as vezes. mas pq tanto sol?
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