segunda-feira, 18 de maio de 2009

post nº 400

Parabéns não a mim, e sim a todos vocês.
Muito amor nos gestos, no sentimento e na palavra.
Sem amor na palavra, eu não estaria insistindo nessa idéia inútil de discernir sobre vidas inexistentes.

O post que seguirá reflete a situação que passo de tormenta. 15 comprimidos em 24horas, sinto-me enauseádo, mas a febre não passa, a tosse piora e eu tenho que estudar. É um diálogo entre algo e alguém. Perdoem-me.


"Eu não quero morrer. Meu olho que quer.
-Não. Seus olhos querem chorar.
-E eu não?
-Não. Você só vive. Seu olho que chora. Você sabe que quer morrer e seu olho sofre por prever que não verá ninguém com beleza como ele via nos campos
-Mas eu quero ver essa beleza ainda das garotas, principalmente!
-Você quer morrer. Suas mãos que procuram agarrar tais moçoilas.
-Ora, por favor... Então partindo dessa sua tese, como explica um câncer de intestino que mata um ser?
-Mesma coisa com os olhos. Você é formado por partes independentes que tomam suas próprias escolhas. O olho vê, chora e renega a luz. As mãos sentem, acaricíam, ferem... matam a si mesmas. E o intestino pode muito bem deixar de realizar suas funções por não quererem viver.
-E um olho renegar a luz é como querer morrer?
-O olho que renega a luz assemelha-se com o homem que se entrega as trevas.
-E meu cérebro?
-E com o que mais estou falando?

(...)


Com amor e melancolia,
Ciro.

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