O sol me procura e eu durmo toda vida,
E se chateia, me perturba, incendeia a lã do cobertor
Me vira, e eu viro de volta
Se esquece que eu dele sou o rei,
Disso eu sempre sei,
disso eu sempre soube,
mas nunca me coube
Dizer que mando num astro,
prefiro dizer-lhe asno, e ai dele se não tratar-me com esmero,
Só espero que ele fira aquela menina
Meu cetro impera
Sobre a imensidão doadora de melanina
E também pudera
se eu não pudesse reinar
O sol me chateia até quando o dia acaba
E eu desvio do dia
esperando a noite chegar
Quando minha cabeça esvazia,
Quando os livros me servem de muro
Ponho meu óculos escuro
E vou para o sol imperar
Queria eu ter poderes por mais tempo,
não é toda hora que posso imperar
nos dias de chuva nada posso fazer,
quando chega a noite me entrego ao ar
O sol se esconde quando o céu quer escurecer
As estrelas se acendem com medo de não enxergar
As pessoas na terra que não sabem o porque
Que o sol tanto torra,
que o sol tanto esquece,
que o sol tanto se esconde,
que o sol tanto enlouquece,
que o sol tanto faz falta,
que o sol tanto empodrece
que o sol tanto cura
quanto não ouve tua prece
Eu fecho os ouvidos do sol,
pra ele não ouvir reclamação
sábado, 30 de maio de 2009
sol
Postado por ciro guilherme às 22:49
Subscribe to:
Postar comentários (Atom)
0 Comments:
Post a Comment