domingo, 6 de setembro de 2009

Até

Quero, primeiramente, agradecer a mim mesmo, por ter me aturado em tantas aventuras, desventuras, venturas, rasuras, doçuras, amarguras... Foi tanta coisa, em tão pouco tempo, em tão pouca vida, que serviu-me de passatempo, serviu de descarga da fúria, tristeza, confusão, lamúria, chateações, amores... Ah, tantos amores que teria que fazer outro blog para descrevê-los. Queria agradecer aos futuros amores que me inspirarão no papel, até por voltarei a escrever, voltarei a mostrá-los que estou escrevendo. Mas acho que aqui, neste singelo e carcumido lar, as palavras não me comovem como antigamente.

Voltarei em breve com outro endereço, e deixo todas estas tristezas como testamento de meu pieguismo.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

eu

Quero abandonar isto aqui, para que, se um dia perder a memória, que não mostrem-me as inúmeras asneiras que escrevi aqui por volta de 1946. Perdoe-me os que cultivaram e compartilharam a alegriae tristeza de meus versos.

Virei ave como lagarta virou
Espero não saber quem sou
Vou para ser esquecido
Voo para nunca mais voltar.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

BN in E

A7+ A7/13
Boys flyin' searching the sky
F7+ F7/13
Girls flyin' searching the moon
C7+ C7/13
Both them don't understand why
G7+
The pride never comes soon

And the pride jails the love
To the side ready to dope
Absorve the drugs that he gave
To the girl that he had cope

G7+ Bm Bm/A Bm/G

D7+ A7 D7+ A7 Bbº C#m
He'll never go to the dance club show
She'll ever know that ever remain beer
She could see him eyes
With other eyes

He don't want to be god
He don't want to make loud
But she can't see
But she don't want see

sábado, 29 de agosto de 2009

Sobre..

19:33 - "Você precisa se exercitar!". Ouvi isso algumas vezes esta semana - de mim e de todos - mas acho que não preciso mais ouvir. Carregar este mundo inteiro e continuar andando não é pouca coisa não!

(...) X

"Vou
vou riscar na parede um pedaço de céu que você me mandou
vou
vou pregar no meu braço um pedaço de mar que você me deixou"

Podia ser apenas um simples texto romântico. Um texto sobre o que eu sinto, senti, sentirei e sobre o que eu quis sentir. Um texto sobre nossa/minha vida, sobre amor, sobre outros amores. Mas, enfim, não é. Ao pegar-me sonhando, sonhei com um texto que não fiz, mas que não paro de pensar nos dizeres finais. Na verdade o fiz, mas não o tenho registrado. Não era sobre sua beleza em contraste com minha simplicidade, nem tampouco sobre a ternura de seu sorriso, não era sobre as picuinhas de um domingo qualquer, nem sobre o ócio, nem o êxtase dos teus ouvidos fez-me escrever o texto. Foi, talvez, a psicodelia de um sonho de uma noite mal dormida, mas que tivesse sido me fez perder, inevitavelmente, o sono. O futuro não me importa. Se me perguntarem o que mais me importa: se você ainda se lembrará de mim daqui a 20 anos e para onde vamos próximo sábado, direi que os dois tem a mesma relevância. Foi um texto para falar do que eu não queria falar, mas tudo que não falei, foi falando.

E sobre o trecho final do sonho, dizia:

Te encontrei não porque precisei te encontrar, e sim, porque sabia que ia te encontrar.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

São Paulo


Saudades, São Paulo!
Lembrei-me dos meus dias aí perto de ti. Recordei os passos e o teu cheiro, tua vontade de se demonstrar tão livre e tão tímida. Tão morta, e ao mesmo tempo frenética, viva, alucinante.

Queria dar-te um abraço, São Paulo, mas és grande demais para meus braços. Fico triste por seres também grande demais para meus pensamentos.

Confesso que, mesmo com meu amor e saudade, não moraria um ano inteiro em teu solo, mas com certeza, iria todos os 365 dias visitar-te, até que me digas "tá cedo..."

Espero voltar em breve. Não como um turista fascinado pela tua grandeza, mas sim como um simples amigo de tua timidez.


quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Samba do perdão

Am7/G D7/9-
Você que só me quis chorando
C# Cm Bm7
Foi chorando que veio me pedir perdão
DC# Cm
Desde então vive se lamentando
Bm7 A G
Classificando nosso amor como em vão

GG7 Bm
Eu vou fazer para que você
A6 D
Queira me ver sem eu querer

Eu não pedirei desculpas
Pois sou eu que tenho que te desculpar


Não me interessa
se o céu tá fechado
Se os anjos te barraram
Quando lá cê quis entrar

A vida cessa
O passado é passado
Se eles não te perdoaram
Então eu vou eu te perdoar

Mas eu não vou te perdoar
Se você me deu um fim
Não espero o meu beijo
Nem o cheiro de jasmim

Você vai querer voltar
E eu lhe direi espero
Lhe direi "meu bem, eu quero"
Um dia te desculpar

terça-feira, 25 de agosto de 2009

retribuo

Finjo não ser solidão
Para sozinho não ficar
A fim de te ver absurda
Refletindo meu olho no olhar

Sou boca da minha não-menina
Boca que só eu sei beijar
Boca que só me alucina
E assim sabe me perdoar

Menina dos olhos bandidos
Não sei mais ter certa visão
E os outros amores, aflitos
Me encantam de contradição

É anjo... e tem tanto pra aprender
Ou eu que tenho a ensinar
Quero te ver mais calada
Ou quero te ver me calar

domingo, 23 de agosto de 2009

como amar uma mulher só linda

Se fosse só por sofrer
Só para me pisar
No início da madrugada
Quando você, ao dançar
Pediu para em meu pé subir
Queria chegar as alturas
Mas quando estavas a sorrir
Eu pensei em tantas loucuras...
Pensei em matar-me de alegria
Senti-me forte, mas indefeso
Quanto mais você me sorria
Mas eu me via preso

Caí nos teus dentes
Ou só no seu brilho preciso
Dá pra curar doentes
Todo seu brilho no ciso

(...)


sábado, 22 de agosto de 2009

Sobre fúria


Me dá vontade de subir as paredes, chegar ao céu, brigar com todos os santos e anjos. Arrancar fio a fio meus cabelos, e entrar no primeiro boteco de esquina pedindo a pior e mais forte bebida misturada com aquela carne sangrenta que ao adentrar a boca e a saliva começar a tentar digerir, você se lembra do animal bovino sendo executado, e tenta por toda a culpa da ira em uma comida, em um copo de vidro fosco de tanta sujeira.
Quando vem o calor diário, me sinto castigado, e sinto vontade de me defenestrar pela janela. Dar boa noite aos últimos velhinhos sentados na praça jogando seus carteados, e enfim, jogar-me pela janela. Comer o último prato de arroz-de-leite, daqueles bem cremosos, com sabor de manteiga do sertão, e enfim, jogar-me da janela. Ou somente façam achar meu coração, pois não sei mais o gosto de amar alguém.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

To my uncle leo

E
Hey! Uncle leo
D7
Why you want get stoned?
A7
And say hey! Uncle leo
G7
Explain the game of the world

Uncle leo
This city needs you
The bars calls you
The northest rock say

E D7
I want to know about the cheats of life
A7
Know about the old dark side
C7
And know as you know

I want to understand the girls and sex
Learn the rules of streets
And compose like you

E
The rock'n'roll is stopped
D
The alcohol is shit
B A
And the women don't want to kiss
The houses full of stranges
The city full of shit
And the nobody is safe here


We hope of your guide
And We wait your salvation
HOPE! WAIT!
Hope... wait






about love

"Dai-me outro viés de ilusão, pois minha paixão tu não compras mais com teu olhar. Leve esse sorriso falso embora, ou fale agora o que entendes meu penar".
(Azedume - Marcelo Camelo)

Pensei. Escrevi, apaguei, escrevi, apaguei, li, ouvi músicas... pensei em por tanta coisa, e nada me veio de bom. Apelei para ouvir Yann Tiersen, e nada. Aprendi que quando não se tem realmente nada a dizer, é melhor ficar calado.

Perdões, com amor,
Ciro.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Me acabo em confusão
Idéia ruim é uma peste!
Me entrego a solidão
No meu quadrado azul celeste

É um metro quadrado vazio
Me mata de prazer e amor
Se é um dia de frio
Me perco no cobertor

Não é só um quadrado celestial
É uma caixa de som e de fúria
É um recanto imperial
De sonho, lazer e lamúria

Estou um tanto quanto farto
Estou indo deitar em meu quarto

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

então

Me irrito comigo mesmo
Só encaro o absurdo
Só falo do óbvio
Quero sumir, ficar surdo
Me embriagar de ópio
Ver, rever, rever de novo
Que o mundo não está mesmo aí
Que o amor não está mesmo aí

Que o mundo sem amor é treva
E que o mundo com amor ilusão


sábado, 15 de agosto de 2009

Contra-confabulando

Dizer que se tem ódio no coração, como vejo tantos dizerem, é um tanto quanto contraditório.

Se tem ódio,
não tem coração.


Dizer que, estando apenas só, está em estado de solidão é um tanto quanto simplório.

Nem sempre só,
Existe solidão
Me sinto sozinho
Em meio a multidão

inconfidência

"Se hoje pudesse pedir perdão
Por ter perdido esse dom de perdoar
Não seria um simples pedante
Pedindo valores sem saber valorizar"

Comumente passeio pelas calçadas
Calçadas de terra e descaso
Cansada de pés ao acaso
Pisando... e dando risadas

Quão bela essa juventude é
E quão orgulhoso dela eu fico!
Toda a minha vida a ela dedico
E brindo com competência o café

Ainda não vos traí, companheiros
Negar-tes-ei o meu cheiro
A fim de teus cães se perderem

Ainda não sou teu escravo
Por pouco, não sou o mais bravo
Esperando me contradizerem

(Soneto Inconfidência - 21:46 de 15/08/09)


apaziguado

Poucos nomes de blog caíram tão bem como este que agora está. Necessitava de uma concreticidade, uma permanência na escrita, e uma calmaria que em outrora não aparecia. Além de seu significado sucinto "acalmar", o apaziguado sente a brisa, é paciente, pode até não amar, mas sabe do revés que o amor traz.
Sinto que poderia cair bem também apenas o verbo no infinitivo "apaziguar", mas como a própria classificação faz dignamente, seria no infinit-ivo.


Debaixo dos olhos,
Por cima do altar
Voei
Cantei
Cansei
E pus a me entregar
Que me casei que nada!
Desistiram de mim
E por infortúnio
Muito depois de eu já haver desistido
Eu já estava em meu fim
E mesmo que não assistido
Me lembro de ouvir risadas
Se minha vida é escola
Espero ter ficado na média
Se minha vida é filme
Espero que seja comédia

domingo, 9 de agosto de 2009

gonna be a glorious day

Quem dera fosse só suicida
Executava a todos,
Encarava a vida
Debaixo dos lôdos
Que a abrigaram um dia
E a tornaram fogo,
E a tornaram gia

Veneno curtia em suas veias,
Danone marcava seus traços
E para as que ela via como feias
No mínimo, no fim, perdiam os braços

Antes fosse cobra, gia ou qualquer bicho do mato
Fosse cabeça vazia ou só solidão no prato
Fosse fera, fosse anjo, fosse o próprio demônio
Mas que não me procurasse com a proteção de argônio

A coisa só me procurava para me iludir-me de efeitos
E eu só defenestrava pensamentos em seus leitos
Leitos de espera para ela poder matar
em peitos de uma fera para ela me suicidar

pedido

Sabia que a bebedeira o faria esquecer boa parte do sábado. Então lá estavam os dois, no mesmo capô de carro de sempre, nas mesmas exarcebadas declarações. E por um segundo, ele teve medo de esquecer realmente de todo o momento maravilhoso que ela o proporcionava. Enfim, ele pediu alguma palavra para realmente se lembrar, e ter a certeza que o dia havia valido a pena.

sábado, 8 de agosto de 2009

Calmaria

15:52 - Passada a tormenta, veio a calmaria para os cantos da cidade quente. A calmaria só não é completa devido ao mormaço, ao suor, ocasionando agonia. Ao barulho, à gritaria e a confusão de um meio-dia qualquer. Antes qualquer, que pior. E comecei falando de calmaria...
Enfim, sinto saudades de todo um tempo, mas agora estou mais sensato, creio eu.

Não comentem neste post. Farei outro breve.

domingo, 2 de agosto de 2009

Carta à mamão

Eles já estão fartos de saudade um do outro, e ambos não tomaram uma certa iniciativa para reverter o quadro. Na verdade, ela tomou. Acredito que mamão espera um contato mais direto, não só pensamentos, pois ele não só disso feito é. Ele é parte de pensamento, e parte de verdade. Ele é razão de nostalgia, e representação-mór de uma infância toda. Por ter tido uma despedida semi-inesperada, causou tristeza excessiva, e dúvidas. Por que?
Ela não aguentava o ver tão longe. "Ver" mesmo, até porque, se contentaria com um pontinho roxo na margem do horizonte. Se fosse ele, seria válido. Tomou iniciativa. O fez a melhor carta que já tivera escrito, quando fosse para ser entregue a alguém do passado, tornou-se carta a alguém do presente. A tal carta foi entregue na janela de seu quarto, voou para algum lugar do universo, chegou as mãos de mamão. E este voltou, pra viver o presente, e comemorar o futuro.


nunca vi

Em mil dias de amores
Em mil e uma noites sem fim
Acabei de perceber:
nunca vi uma manhã tão linda assim!

O sol estava no seu melhor tom,
o céu pareceu chamar todos ao universo
O vácuo não me parece tão agradável
Sua falta de som me deixa disperso

Não é assim com você...
Na manhã sou beija-flor
A espera do entardecer
Voando sempre a observar
A procura de um amor
A procura de um olhar
Que me pareça com o de uma flor
Pra eu conseguir beijar

Eu vi o céu me chamar pra voar
Mas onde eu quero ir
não é tão longe assim
Cheguei lá de manhã...
Pena que teve fim.
O amor me abriu as portas
E ela me disse "sim"

Nota do autor:
Na verdade não foi de manhã
que ouvi tal palavra
Mas experimenta saber
como é acordar no outro dia.

sábado, 1 de agosto de 2009

amigos

Costumava cobrar mais de meus amigos. E ir atrás deles. Hoje em dia, meus amigos nada mais são que "amigos reserva", onde os "titulares" não existem. Não os troquei por nada, mas sinto que é como que não os exercitassem.

"Eu ando pelo mundo,
e meus amigos: cadê?"

Estou sem palavras ainda.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

TL do FO

Sei que não sei que o que sei não é o que é que era não era para ser só
Ser ou não ser, será que tem o que não tem solução, então sou só a custa de uma ilusão
São meras bobagens, miragens. É o que ninguém sabe que ninguém nunca soube e ninguém nunca vai saber.
Sou o que sou e nunca vou ser o que todos serão.




Perdões a palavra, o tempo me come as idéias, e o amor me come o tempo.
Portanto, o amor acaba por comer minhas idéias,
significando que nenhum texto é por amor.
Se parece, não é.

domingo, 26 de julho de 2009

turvo

11:54 - (I) Acordei com os olhos vendo cores turvas, o braço esquerdo dormente devido as horas passadas embaixo do meu corpo, Mão direita sem forças, pés gelados, boca ressecada, garganta pegando fogo e a luz acesa. Maldita hora de acordar. Preferia ter dormido até segunda, pra não ter que sentir as sensações do domingo. Mas enfim, acordei.
(II) Creio que a beleza seria mais comum, o pensamento seria mais limpo, as idéias mais agradáveis, os cheiros mais apaixonantes, os amores mais duradouros, a vida mais aproveitável, se todos escutassem um pouco mais Yann Tiersen. Não é de hoje que falo do poder da música, nem do poder do maestro Tiersen. Um dia, hei de me vangloriar deste fato. Não é em breve. E enquanto não o chega, fico a escrever besteiras e raciocinar sozinho.
(III) Não tenho mais muito a falar. Tive que dividir um único post em 3 por não ter mesmo o que falar. Um dia, não muito tarde, trago novos textos, com novas palavras, e novas idéias.

Até lá,
com amor,
ciro.

paciente

Me disseram que o amor é paciente
Concluo que não sou o amor
Se vejo um empecilho à frente
Peço clemência,
Me entrego a dor

Me disseram que Deus é onipotente
Portanto, eu não sou Deus
Se por revés, alguém, minha dor sente
Fico a observar
Os sussurros teus

Me disseram que o Leão tem o dom da coragem
Por isso, eu não sou um leão
Adio qualquer viajem,
Tenho medo de todo "não"

Me disseram que eu não mentia
Mas me dizem tanta coisa,
É uma nova todo dia

Em que(m) vou acreditar?


sexta-feira, 24 de julho de 2009

nada

Pareço não saber o que falar
se há sol
se há mar
amanhã não tem
perco a me estressar
mas não te perco de vista
Sou besta,
mas sei moderar
ainda que esteja imundo
não há limpinho no mundo
que possa de mim te tirar



---

Ficar estressado com internet é muito coisa de alienado from 21th century, mas nesse meu caso, entrego-me a esse maldito programa pois o necessito, e ele não quer cooperar. Inútil brigar com um programa, mas é o avanço da tecnologia proporcionando a má convivência homem-máquina.

Ok, computer.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

triste

08:57 - Estou péssimo. Doente do corpo, mente atingida. Passo sufoco, minha espera assistida por palavras, textos, listas, livros... O medo me tornou um ser mais paciente. Assim como mais raivoso. Droga, não quero ser assim. Estou péssimo com palavras, seja elas dita, ou escritas. Não sei mais não me enganar. Quero ver estalos de fogo, confusão, balburdias e choramingos, mas não quero choramingar. Não queria que o fogo fosse de paixão, confusão de gente. Queria mudar-me, e te ver mudar. Queria a liberdade que a madrugada dá, ou só a madrugada para a liberdade roubar. Não podia sair de casa, e agora posso ainda menos. Estou doente, naufragando em pensamentos, vozes, canções e livros. Para que me servem estes últimos? Querem me alienar, repito! (mentira)

Pareço falar como um alguém desorientado, que não sabe da razão. Infeliz culpa minha que tenho de querer enganar a todos. Se alguém me lê escondido, sem me conhecer, não pode nunca querer falar comigo. Não demonstro ser interessante, e falo como quem não demonstrasse interesse. O que me interessa é a fala, é o sussurro, os gritos se trocando em brasa. Sou bicho-do-mato sozinho, mas junto sou devaneio grátis, sou razão e loucura em partes, sou um muro para defesa e sou as garras de defesa duma presa. Sou ninho de pássaros mortos, sou incapaz de falar em algo, que não seja de mim. Pois não entendo de nada, nem acredito, mas quero acreditar.

Perdões as palavras, sou tão iniciante ainda, tenho muito o que aprender.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Ainda

Pareceu brincadeira
ter passado a noite inteira
Escrevendo teu nome
Enquanto morria de fome

Não queria ver
que era tu que me consumia
Que eu varava a noite
e tu me varava o dia

Eu era sol
E só silêncio
Mas quero te dizer


E eu ainda vou ver
O teu corpo do lado do meu
O teu olho brilhando mais eu
Sou só sem você aqui

E eu ainda vou deixar
Que o tempo possa apagar
a ferida que ficou no ar
Tudo é tão diferente só

E eu ainda vou fazer
De novo, só que ainda melhor
Os teus braços me deixando em pó
Eu sou sei viver com você

segunda-feira, 20 de julho de 2009

vou ver

refrão

E eu ainda vou ver
O teu corpo do lado do meu
O teu olho brilhando mais eu
Sou só sem você aqui

E eu ainda vou deixar
Que o tempo possa apagar
a ferida que ficou no ar
Tudo é tão diferente só

E eu ainda vou fazer
De novo, só que ainda melhor
Os teus braços me deixando em pó
Eu sou sei viver com você


(depois ponho versos, to com sono, depois boto o download)

(essa vale a pena)

sábado, 18 de julho de 2009

fear of the end

Poucos títulos resumem meu texto. A chuva não quer acabar, mas desonfio que logo chegará ao fim, e o sol poderá raiar com a mesma intensidade radioativa que me destrói, corrói meus pensamentos. Vi fumaça no fogo, vi fumaça no banho, e no banho te vi chorar de raiva, decepção. Fúria e lamentações consomem-a e eu só queria poder reverter o quadro. Fico a ver navios. Quase que literalmente. No caminho a padaria, por pouco não entreguei-me a correnteza. Mas você já havia me dispensado, e de novo, quase que literalmente, estou boiando.

Descobri músicas novas. Era preciso. Não posso ficar triste, hoje é sábado.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

flowers and love songs

The rain comes like the sunshine
In a refrain comes like the comet
And the pain beats you
Beats you, Hits you, punch you

The hi-tech television that corrupts your mind
You have a last decision to change your side
Please save your side, Please save your side, Please save your side,
No one thinks in save the world

Chocolate, kisses, fun and glory
Kisses in teachers is a good new story
Love songs and flowers is a fuckin old gift
Lovers are growing up by the lift



killed

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Pré-fim do último romântico

Quero logo acabar com tudo.
-Quê?!
-Pois é, não aguento mais.
-Mas acabar...?
-É, não consigo mais ficar completo, não consigo mais viver feliz, quero acabar.
-Acabar com toda essa dedicação em um relacionamento?
-Não, disse a respeito de outras obrigações. Quero acabar com estudos, compromissos, afazeres e viver tendo só você como centro de minhas tarefas.

(A namorada não entendeu e acabou o relacionamento)


Este diálogo foi uma homenagem a todos que já leram sobre a festa do último romântico, para quem já leu meu blog, achava que não faria mais nada do tipo. Ele tá meio parado, mas as idéias não pararam de chegar a cabeça. Portanto, imaginem-se lidos e interpretados. Ops, digo, lendo e interpretando.

Com amor,
Chiro

keep breathing

23º10'27'' - Infelizmente, só tenho reclamações a fazer. E o que mais me confunde, é que não as tonarei explícitas. Estou sem saber o que o dizer há dias, e se disse algo anteriormente, nem sei como o fiz. Perco as palavras, perco os sentidos e os sentimentos que antes estavam atrelados a tato, olfato e visão, se misturar nessa perdião tornando-se ar, fogo, terra e água que escorre em minha face, assim como suor que resfria meu tórax.
Estou/sou fraco, abatido, feio e agora mudo. Não sei de sístoles e diástoles, mas meu coração não pára de bater forte. Antes fosse por amor, quem dera. Creio que seja previsão (temporal).

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Infelizmente

01:28 - Precisava contar a todos vocês. É um segredo que venho guardando ao longo dos posts, ao passar dos meses e ao virar dos anos. Não será triste para todos, alguns se lembrarão que até desconfiaram disto, outros se decepcionaram com minha voracidade. Algumas poderão sentir-se vazias, outras cheias de vontade de me matar. Serão tentativas sem sucesso, pois toda essa introdução nada de mais vale para dizer que não existo. Pois é, para você que me viu, que me tem registro, que me tem memória, reveja seus conceitos. Sou como um holograma, sendo que de mentira. Do meu pé a minha alma, sou todo penumbra, tudo difratado, tudo escondido, calado e no fim, refletido. Você aparece no lugar de mim, pois eu sou você deformado.

domingo, 5 de julho de 2009

Intranscritível

Nunca gostei do que presta. Sou dos que gostam de se acabar, de esperar o vento trazer-lhe a sorte. Sou divergente de todas as idéias que se encontram em quaisquer livros de auto-ajuda, sou um poço de quebrantos, idéias a vácuos se movem a mais de mil kilômetros por segundo. Não vejo graças em críticas profanas sobre programas na tv, sobre fofocas nas revistas, sobre mentiras difamadoras. Me adequo ao coloquialismo, e insisto incessantemente em ser demodê. Flores, cartas, sem demasiadas mentiras, tropeços nas palavras. Ainda sou o mesmo que antes, porém sou revoltado. Sou um pássaro embriagado querendo chegar ao sol.
Não sou da promiscuidade, mas não falo como quem não gosta dela. Encaro sua vontade de falar mal, como sendo um descarrego de idéias para fazer você se apossar de sua inteligência. Quão burro te tornas! Quão burro tu sempre foste! Mas não te preucupas, filho. Sou burro também. Só que sou uma máquina a vapor, um oceano de queixas, uma fila para a senha do guichê. Felizmente, não sou você. Mas não seria tão mal ser.
Falaria tão mal das coisas, esticaria as pernas e diria "Lute pelo seus objetivos!". Eu queria tanto, mas tanto... Aderir a positividade, ser equilibrado. Equiparar amor e razão, e associar o sim ao não.

PS: Não encare com os olhos da realidade. Sou vão, e aceito, sim, os auto-ajuda! Falo mal de todos, não sou tão demodê, e nem sei porquê discernir da realidade. Aqui nada é de verdade, e eu to falando mal de você.

Porigons

I used to be kissed for you
I used to be hugged anytime
And I miss the time that passed
And I miss the girl that I guess
That would be my girl

Now suicide is the only road
Make me sad and please make me feel so cold
Make me kill myself
Let me kill themself
Make me kill yourself

The time don't work as a machine
The girl don't fly upside the moonbean
The I don't know why
The world never gives a second chance

Now suicide is the only way
To become my wishes in realitys


sábado, 4 de julho de 2009

sobre

Sobre sentir-se voando:
Pareço estar nas nuvens
Fazendo inveja aos anos 70
Mil velhinhos me batem na cabeça
Minha cabeça gira, e suas bengalas lentas
Me fazem voltar ao chão
E me obrigam a pedir mais céu
Só que pedir mais céu é em vão
É como pedir pra voar

Sobre somente estar amando:
Pareço estar nas nuvens
Fazendo inveja aos romancistas românticos
Mil livros me jogam na cabeça
Pobres, querem ser tão semânticos
Mas nunca aprendem a lição:
Fazer doer meus músculos
Não fazem doer meu coração

Sobre estar embriagado:
Pareço estar nas nuvens
E tudo parece ilusão
Relembro o "tornar-se ébrio",
O "esquecimento" e a certeza do "não"
Mas eu nunca fiquei embriagado
Assim como nunca saí do chão
Mas acho que estou apaixonado
Pois desconheço a razão








quarta-feira, 1 de julho de 2009

espera

Depois de passar a vida em claro,
vi que é raro um belo dia surgir
Fluosforesce minha mente
E desmente que é fácil assim
Morrer sem estar doente
Nascer e se ver no fim da vida
É triste a partida que se deconhece a chegada
E errada a beleza de quem mal foi visto
Insisto que o mundo é sempre pior
Melhor seria morrer de repente
Valente não sou pra me vangloriar
Sou cheio de pecados
Queria perder o amor
E ver dos meus olhos brotarem flor

Todo dia eu espero o dia acabar
Pra ver o sol não nascer
não nascer

Sufoco

Ele me abraçava. Eu rezava. Rezei como nunca havia rezado antes. Em um breve momento, lembrei-me de todas as orações que havia aprendido com minha mãe. Fechei os olhos com muita força, consegui imaginar os anjos voando em busca de seu superior para a entrega de meu pedido: Que fosse você me abraçando. Imaginava seu cheiro, suas mãos, seus fios de ouro sobre meus cabelos... Imaginei teu corpo inteiro menor que o meu, tua voz, tua risada, sempre com os olhos fechados. Senti duas lágrimas descerem. A primeira que desceu foi por ter te imaginado tu dizendo que me amas; a segunda, por ter aberto os olhos. Quando abri meus olhos, senti mil galhos espinhados me abraçando, senti o que é a tristeza que os homens dessa terra cantam. Não era m seus braços, não era seu cheiro, não era seu calor. Era alguém me matando de sufoco. Antes fosse matando, na verdade, pois quando tudo acabou, notei que havia sobrevivido.

terça-feira, 30 de junho de 2009

férias

23:32 - Que sejam Bem-vindas! Tragam-me o sol forte fora do meu quarto às 11 da matina(?). Tragam as bananas amassadas com leite e achocolatados, as horas sem dormir na madrugada, a televisão, a reclamação, o infinito. Que me tragam explosões, mas que me ponham de volta à serenidade.

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23:49 - Como seria a morte? Essa está entre uma das perguntas mais retóricas e feitas no mundo. Mas como é se entregar a morte? Muitos pacientes entubados, após dias de coma, UTI, ou algo do tipo que os levem a ficar muito debilitado, sentem quando é a hora certa de suas mortes. Fazem alguma despedida mais longa, tem alguma conversa mais séria. Rezam, temem a morte. Com o sincretismo que lhes foi aculturado, temem ainda mais o inferno. Como é se entregar a morte? Seria simplesmente o fechar dos olhos para dormir em mais um dia qualquer? Esperar uma senhora de capuz negro com feições gris e uma foice há muito foi esquecida. Para os que não querem se entregar, o que fazer? São apenas pensamentos que não chegaria nunca a conclusões, pois estou vivo.

(perdões pela palavra)

sábado, 27 de junho de 2009

fim do dia

23:42 - O dia está acabando. Me sinto inevitavelmente em um perfeita crise de personalidade. Uma guerra interna entre minhas vontades, meus desejos e minha razão. Sinto me inútil por não aprimorar minhas qualidades, fico rondando as esquinas de minha solidão, pernoitando das ruas de um amor que me aparece lá longe, como um prêmio, como um troféu. Me faz ganhar, subir ao pódio, depois ser tratado como energúmenos jamais sonharão em ser. Não sou um eu único, nem sou de fases. Sou inconfiável, traste e pilantra de uma sociedade que me lava as mãos sem eu precisar fazê-lo. Era meu sonho e meus anseios, mas hoje nem isso mais sou. Não sou formado por idéias, não sou da filosofia. Não sou de rimas, tampouco de uma poesia. Contudo, sou um pouco amor. Sou amor debaixo da chuva, terra, furacão e tormenta. Sou amigo dos desvarios, companheiro dos devaneios, fiel combatente da loucura (ou de seu tratamento). Sou meu ópio, e minha cura.

Sou de mentira, mas não de ilusão.

não leiam, ouçam

você não parece com essa pessoa da foto
essa pessoa da foto?
essa pessoa da foto não é você

Não há quem me faça crer
Se eu sei que nessa fotografia
Usaram feitiçaria
Feitiçaria usaram um pouco em você

Tem quem quer me enganar
Querem me enganar
Mas não vão conseguir
não vou deixar

Sei quem é você
sei de sua beleza
Sei que nunca foi sonho pra mim
Sonho pra mim
Nunca foi, nem será

Nunca foi, nem será
Nunca nem sonhei com fotos

tempo

Estou quebrado

perco tempo,
falo pouco,
falo baixo
reinvento
um amor
de feriado
enquanto
você promete
permanecer do meu lado

Estou atrasado

Dói as pernas,
dói os braços
Os pés choram
Mil amassos
Mil cabeças
pulsam rápido
você me ilumina
você me ilumina
você me apaga
e me elimina

Me sinto tão bem

Choro de noite
choro de dia
chego em casa
a cama vazia
tem ninguém pra mim
tem ninguém
"tem alguém aí?"
Me sinto um cachorro
Lato e mordo a mim mesmo
Só pode ser sonho
choro sempre no fim
Soa cachorro chorar "caim"

Me sinto triste

Pareceram-me
mil mulheres de biquini
Mil tesouros
Mil felicidades
A rua é fria,
Há pássaros pra alimentar
há você pra curar
há você pra me curar
há você? não há.
Só há felicidade
e a felicidade é o que
toma conta do ar
Sorrio sem querer
é tanto hahaha
que sinto que vai acabar

se

"Você ainda vai me fazer ver o mar de perto,
Mais do que eu já vi em seus olhos
Você aposta que não
E eu te mando anotar
Seja num voo de avião
Seja com falta de ar
Eu te darei meu coração
E você me dará o mar"


Se você se visse do jeito que te vejo
Quando abro os olhos no meio de um beijo
Quando inocentemente me pede um desejo
Pede-me e eu só faço admirar você

Seria todo o amor enfim explicável
E seria você em busca de ser afável

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Sobre poetas (2)?

"Poetas tristes não são poetas. São aproveitadores preguiçosos. Descontam em sua incapacidade de dissertações sobre a tristeza e fazem poesias que nem sequer rimas. Não assemelho poemas com rimas, mas o que eles fazem são pequenas prosas separadas em estrofes. Reclamam da tristeza e não fazem nada. Circundam sua melancolia com rimas feitas, pois são incapazes de sequer mudarem o repertório. É sempre o mesmo "tristeza não tem fim...". Quando fizerem textos sobre suas tristezas aprenderão que é fácil domá-las."

Autor desconhecido

Absurdo

Quão abstenso de mim mesmo tenho me tornado
Sou escravo do início
Dono do amor
E libertador do fim

Ouço o despertar da dor tocar
A cor dá de manhã um aspecto triste
E seria mais triste não levantar
Desconjuro tudo que me dizem que existe,
pois prefiro dormir que ter que acreditar

Perco-me, despeitado
Sou entregue a derrota
E se me derem rota pra alegria
Alegre fico se chegar

Enquanto muitos perdem a vida
Eu encaro a derrota como bebida

quarta-feira, 24 de junho de 2009

incas

Não sei dos Incas, nem Maias, tampouco Astecas
Mas perdi o som da fala quando pela manhã
Vi, ou eu diminuindo, ou o céu se abaixando
Esse mundo tá me enganando. Sei que tá!

Ou tem alguém controlando tudo...

Vi o fim do mundo falhar duas vezes com você
E espero que se chegar uma terceira,
você me beije, mas não pela última vez
E sim, primeira de nossa nova vida

eu

Eu sou nada perante o mundo
E sou menos perante a todos
Debaixo do lençól
sou tão pouco,
tão pouco,
tão poeira
quase nada

Sumo e apareço

Vi na rua um nostradamus desses de esquina
Carregava uma placa "O fim está próximo"
Que ele quis dizer com isso?

Não acredito em profetas de esquina,
mas isso muito me interessa

segunda-feira, 22 de junho de 2009

vós

A vós que faz a comida
e não senta na mesa,
que limpa a ferida
Com tal sutileza
Que fica abatida
Que fica surpresa
Que é minha torcida
E toda a beleza

És mais que uma mulher
Mais que mil tesouros
Não sei o que

És mais que um batalhão
Pronto para uma guerra
Para me salvar

Não sinto perigo

Se és mais que uma rainha
Que clama por seu povo
És mais e és igual
Toda soberana

Quando ninguém sabe o que és
Tua prole te chama de mãe

sábado, 20 de junho de 2009

1000 dias

Pareceu ter sido 1000 dias sem ver um ao outro, mas nem era. Parecia para cada um. Para ele a culpa do mal encontro, a ela só reclamações e vazio, não havia o que se fazer. Mas sempre há o que se fazer, e ele iria até muito mais longe por ela, quanto mais 3 quarteirões. Que são 3 quarteirões para a vontade de se ver? Creio que ele tenha ido com algum meio de transporte ultrarrápido, a atrapalhou e eles se mataram, se mataram de vontades, de apertos e beijos e afetos que não imaginariam dar um ao outro, mas só 1000 dias para saber fazer.

é cedo

A6 Bm6 E7/9 D+
É cedo ainda pra se ver tão só
Tem dó, vai lá
Se perde de mim,
Se perde do chão
É ordem?
É não.

Disfarça que o amor chegou aqui
Tem jeito não
Finge que o amor
É quase sempre em vão
Tem jeito?
Não.

Me perdoa se não faço nada pra ter jeito
Sou um sujeito sem caminho,
sem um bom terno de linho
Sem no bolso um tostão

Se compra amor?
Se dá ilusão?

Bb+ D#+
Não quero saber se onde está você
o amor é de graça,
da graça de ver enlouquecer

Não quero só ver um amor sem graça
De novo disfarça a solidão
Que eu disfarço ter tostão

sexta-feira, 19 de junho de 2009

você sabe?

Não era tão tarde assim, mas como há horas não via as horas, Inácio achou que fosse madrugada. Ele não tinha muito a perder, a ganhar, a esconder e a ganhar. Comprou uma bela donzela, pediu a mão de seu violão em casamento e saiu por aí em busca da cidade perfeita. Inácio não sabe mais se comunicar... Tudo que quer saber, canta ao invés de falar. E não espera resposta que não seja canção.

cartas para solidão

Bom dia, princesa!

A vós escrevo, trocando em miúdos pequenos segredos. Devaneios no seu quarto, mentiras, descobertas, sem coberta, acobertada, você ria tão linda, se despedaçava pra mim, chorava e seu orgulho era tamanho que nem ao menos me ligava.
Me traiu diversas vezes, mas no final, vinha com uma voz meiga, tentadora pra mim, lógico. Na verdade, não posso reclamar muito de traição, eu sou de tanta gente, e você só me divide. Sei que nos gostamos e não quero te deixar assim tão fácil.

Com afeto,

Solidão

esta é

"Este é meu último poeta, depois de longos anos sendo poesia". Lembra o famoso "aqui jaz", mas pode ser metáfora ou comparação. É a metalinguagem. A poesia se torna o poeta e o poeta encarna a poesia. Sendo assim, o último poeta de uma poesia, é o seu primeiro poeta.

Sem mais,
perdões.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

No ônibus

Quinta-feira, 18 de junho de 2009

Combinado

Sorri e enfatiza. Depois me hibridiza
Deixa falarem mal, deixa pensarem mal
Cega-me, enfaixa-me e venda meus olhos
Seja em brincadeiras ou por aí nas feiras

Sei que freiras não gostariam disso
Mas somos tão pequenos.
Você é ainda mais!

Eu te amo
e você me traz a paz

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Além de você

Imagino o mar mais calmo,
você naqueles dias,
um velho lendo um salmo
A letra de um senhor
com cara de um vovô
É trêmula

"Maldito seja esse Parkinson!"
Perdoem-me o mal-dito
Mas me deixa muito aflito
ele ser tão popular

Volto à você
Ou somente "para"
Você nunca me pára
E eu nunca consigo ver
alguém além de você

----------------------------

IEOP

Não é bem uma paródia,
plágio, sátira, discórdia
Sou prisioneiro dela
E ela nem pensa em me soltar

Quem disse que eu quero?

Pelo menos espero
Que desta vez esteja com sorte
Que quando for julgado,
seja pena de morte

----------------------

Esse sol

Esse sol tá me enganando
Ou o relógio me tá
Chega a ser desumano
Esse calor aguentar

O pior é chegar suado
no dia de me casar
Espero que minha noiva
Nem mesmo chegue a notar

Ah, não vou me casar
Pelo menos isso
É só uma quinta qualquer
Que agora virou o meu vício

Se todo dia fosse quinta
Eu não vivia em desperdício

...

"Percebo que não sou o mesmo que antes,
tornam-se fáceis quaisquer empecilhos
O mais difícil era fazer você ser minha,
E agora o mais difícil é não te perder"

Impossível. Eu achei que fosse fazer de mim você gostar.
Simples. E quanto mais simples fica, mais bonita vai estar.
Afável. Meus beijos são felizes por hoje te acompanhar.
Bela. E somente bela era até eu me apaixonar.
Estrela. E quanto mais eu me apaixono, mais estás a brilhar
Linda. Quando te vi, me deu vontade de roubar
Arrisco. Te amar ainda mais, tornar meu amor meu risco, e num risco num papel te amar.

dividir teto

Eduardo não pensava em casar, em dividir teto com ninguém. Havia sido desacreditado que uma mulher o levaria à vida perfeita. Via os casais a sua volta e não os imaginavam felizes. Sempre brigando, sempre achando alguma picuinha... Mas ele não esperava encontrar Teresa. E esta o fez sentir um baque mais forte que cem mil aviões colidindo numa guerra. Ela era da lua, e não de lua. Seu corpo ficava na terra, e a cabeça viajando, falava besteiras, criava planos inuteis, não se apaixonava, mas era apaixonante.

Teresa, quer ser minha mulher, dividir o mesmo teto comigo?
-Claro que sim.

E assim, Eduardo começou a divagar, devanear, viver no mundo da lua, pois o teto de Teresa era bem mais alto que o das outras mulheres. O teto dela era o espaço, era o infinito, e era só sua cabeça.

tirinhas :)

08:42 - Além das poesias, crônicas, divagações, besteiras, sandices e vastos sinônimos, voltarei a fazer tirinhas! Tirinhas de pouco diálogo, de pouca reflexão, ou somente mini-histórias que não tocam o seu coração!

Inadap

Sinto-me inerte.
As pedras se movem mais rápido, e eu fico a organizar palavras de maneira estriônica, pois é isso o que sou.
Cidadão perdido no espaço, peixe em busca da privada, coração esperando a frequência que lhe dará a ressonância.
Respaldo minha vontade de falar sobre mim e a equiparo com minha vontade de falar sobre você. Tá aí.
Mais inerte que eu, pessoas como eu se movem mais rápido, e você fica a organizar palavras a espera de uma ecatombe. Em mim, não!
Ecatombe num coração, peixe se debatendo, astronauta esperançoso... você é tudo isso e procura ser mais.
É amor em busca da razão, mil pessoas juntas em busca da solidão.

Contorna suas estrelas de afasia
me despreza
Desenha teu sorriso saíndo de uma flor
não mente
Que repente mais chato!
Ou será o repentista?
Ou será protagonista
Que tem sorriso de flor?

Ela é muda como flor
muda de procurar sol,
muda de não falar,
debaixo do lençol
e até de cima do altar.

Ela é muda e o sol clemente
pede ajuda ao repentente

Eu que não ajudo coisíssima nenhuma!

Eu sou sono, ela é alvoroço
Eu sou carne, você pescoço

sábado, 13 de junho de 2009

enfim

G#+
Vivo enfim como um cavalo alado
um espelho refratado
que te reflete em mim
um pensamento de vida
perfeita

Essa mulher quer ser assim

E por mim me deixa tão transfuso
O uso do absurdo que é o amor sem fim
E sorrindo, ela em mim, se deita

Quem sou eu pra dizer que não?

Eu sou espera, ela é liberdade
Eu sou razão, ela é saudade
Sou do vão, ela vale a pena
Ela é do melhor filme a melhor cena

Como pode um espelho refratado
ferir a luz e deixar-me te ver?
Como pode um coração ritmado
Querer por volta de um absurdo viver?







terça-feira, 9 de junho de 2009

don't use nothing

B7+ Dm C7m G#
Use the love to think
And think to use the love
Are you gonna be sink?
We'll jump together in the cove

B7+ D# B7+ F
I walk in this side
Because here has the love
I keep in this street
Because in others I cry

G Bb C
If some say that your heart
It looks like with somebody that make me apart
And If I say that my soul
Shine searching anything a pretty thing to give you

B7+ Dm C7m G#
Use the love to think
And think to use the love
Are you gonna be sink?
We'll jump together in the cove

eu sempre acho que

Eu sempre acho que não carece de tanta preparação. Algum cantor falou palavras desmotivadoras hoje de manhã. Algo como "pra que tanta arrumação/ o fim é sempre igual/ é sempre sem palavras/ ninguém ama no final/ se espera curtir o momento/ aceite sua condição/ que essa mulher adora um tempo/ e você adora levar não"

domingo, 7 de junho de 2009

proud of you

G
You may don't care about
Em C C/B Am
The future and the next meeting
Am F
I'm ever in the doubt
F C C/B Am
And ever searchin' anything

To say

That I proud of me,
proud of you,
proud of make you smile
And I bounce to my friends
And I tell to everybody
I ever stand from your side


Before It was only me
Before It was only you
But now It's us
I guess that could be free
Guess that I can't be true
But now I'm fine
for you

I could have milion women
I could be the beautifulest boy
I could be ever running
Or looking for a brand new joy

But now I'm feel good 'cause I have
in my mouth the kisses of isabela (x3)

quinta-feira, 4 de junho de 2009

...

Meto-me a solucionar problemas,
e meu problema maior
dura mais que duas semanas
Um dia a mais que isso,
é problema
e é resolução

"Vou ver a resposta no fim da página"
Como se tivesse folha na vida,
Como se houvesse data de partida
E porta pra orientar a saída

Não tem nada disso
Não vejo a ignorância
da menina que não me quis
Ela finge não saber de nada
Pra conseguir ser feliz

original

"Seus olhos não são iguais aos meus
Mas eles não precisam combinar
Eles nem se quer tentam
Pois gostamos deles assim
Quando os fechamos para sentir
E os abrimos enquanto sertirmos
Seu silência me irrita
Enquanto eu não paro de falar
Mas no fundo gosto
De ouvir e sentir
Nosso silêncio
O cansaço
Quando nossos olhos
iguais e distintos
Abrem-se para descobrirmos
Calados, sem ruídos

O amor."

(Isabela de Almeida Tinoco)

Paráfrase

É difícil eu fazer paráfrases, mas neste caso, eu sonhei com esta e senti-me na liberdade e simplesmente na vontade de fazer.


Meus olhos não são iguais aos seus
Mas acho até que eles combinam
Eles realmente não tentam
Combinar não é tão fácil assim
Quando os fechamos para nos sentir
E abrimos para nos vermos
Meu silência me confunde
E você se entrete a falar
E sabe o quanto que eu gosto
De ouvir e sentir
Nossos ruídos
O vigor
Quando nossos olhos
são postos em pudor
Abrem-se no final
E no final eu descubro

teu amor

domingo, 31 de maio de 2009

apague as luzes

Meu desfoque é irracional,
aprendo com meu próprio vício
que no início é tudo carnal
Que o escuro é bem mais propício
E o inferno é assim tão banal
Que não sobra nenhum resquício
de uma noite de carnaval

Perdi-me com as luzes acesas
Refletem no peito que quer me refugiar,
Enfim repudio todas as belezas
Que por mal-querência absorvem meu ar
E de algumas meninas algumas destrezas
E habilidades de insistir em continuar

Eu ouvi um sorriso debaixo do lençol
Espero que não pense que é minha timidez
Não, não, não! meu problema é com o sol
Que defaz aquilo que ninguém antes fez
E adentra meu quarto em tempos, como um farol
Que me cega os olhos, que me tira um mês
Que me arranca a alma em soneto em sibemol
Cantado por uma orquestra de bichos, um vez

Eu ouvi na areia da praia tantos bichos a tocar,
fiquei surpreso com sua negligência
Não foi tamanha indecência
Se ninguém estava a olhar

Apaga essa luz que vem de fora, meu amor
Que hoje o dia virará semana

sábado, 30 de maio de 2009

sol

O sol me procura e eu durmo toda vida,
E se chateia, me perturba, incendeia a lã do cobertor
Me vira, e eu viro de volta
Se esquece que eu dele sou o rei,
Disso eu sempre sei,
disso eu sempre soube,
mas nunca me coube

Dizer que mando num astro,
prefiro dizer-lhe asno, e ai dele se não tratar-me com esmero,
Só espero que ele fira aquela menina
Meu cetro impera
Sobre a imensidão doadora de melanina
E também pudera
se eu não pudesse reinar
O sol me chateia até quando o dia acaba
E eu desvio do dia
esperando a noite chegar
Quando minha cabeça esvazia,
Quando os livros me servem de muro
Ponho meu óculos escuro
E vou para o sol imperar

Queria eu ter poderes por mais tempo,
não é toda hora que posso imperar
nos dias de chuva nada posso fazer,
quando chega a noite me entrego ao ar
O sol se esconde quando o céu quer escurecer
As estrelas se acendem com medo de não enxergar
As pessoas na terra que não sabem o porque
Que o sol tanto torra,
que o sol tanto esquece,
que o sol tanto se esconde,
que o sol tanto enlouquece,
que o sol tanto faz falta,
que o sol tanto empodrece
que o sol tanto cura
quanto não ouve tua prece

Eu fecho os ouvidos do sol,
pra ele não ouvir reclamação

sexta-feira, 22 de maio de 2009

tv proibida

Querida,
aquela que dos sons me traz a vida
O sons que emitem quando eu a chamo de
Querida,
Você quer mais que um tv assistida
Por um casal sem ideologia suicida
Você quer toda a vida,
estando semi-nua,
Estando a toda vontade de não me ver nunca mais,
por que nunca mais?
Eu só queria ver um certo canal de TV,
e você não quis me ver

Esse negócio todo ritmado, puxado pra um ar romântico
um carência de vida, uma carência de carinho e de algo a mais
Só falo de trazer, esse amor tá com um q de egoísmo
Me sinto um general do fascimo, não deixo ninguém mais te ver
Pedi ao destino que me fizesse onipotente, e esse me deu de presente você
Não me sinto tão bem,
mas sinto que posso esse algo mais.
Não só quero que me tragas, quero levar-te também.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

perdido

Eu preciso da calma da tua fala quando a rouquidão da minha deixa-me te ouvir;
Preciso do ar que exala teu corpo que será de alimento para uma planta à paisana, e
Preciso dessa planta para inalar o oxigênio que me foi concebido graças a você.
Preciso de controlar minhas pálpebras. Estas se fecham querendo te ver,
mas não conseguem, e são persistentes, coitadas... Se alternam em um frenetismo
Que só um beija-flor com suas batidas de asas pode compreender.

Eu quero a praia, mas que o sol me encontre mais tarde
E eu quero a tarde, mas que não seja tarde demais pra ficar noite
Porque só quero a noite pra dormir,
ou pra ficar com você

Eu ando perdido sem rumo e início
Eu sei que não vou, mas teimo e tento chegar lá,
A espera um dia vai se cansar, porque eu sou impertinente
Já pedi perdão ao tempo,
Já perdi perdões ao tempo
E hoje só ele que vem se desculpar
Tanta babaquice, parece um engravatado na TV,
arranja mil e uma explicações que não me convencem...
Eu só acredito em mim mesmo

Você não é o tempo,
você é o amor
Amor é paciente,
O tempo é incompetente
Não sabe se distribuir
Não que o amor saiba,
mas eu amo,
e ainda não reclamei...
Já o tempo,
desde que nasci reclamo

making me fell

É mero pleonasmo ou falta de sarcasmo,
Pudor, inocência e mal-querência que eu
drogado com tal composto orgânico em dia de terça-feira
Ou foi numa terça-feira
que eu aprendi o que é tal composto

O álcool se transforma em aldeído e vice-versa
Não sei se com a quantidade certa de açúcar que ingeri
Quando tomava aquela cachaça amarga, tudo aquilo virou aldeído
Eu desencadeei uma série de pensamentos em meu cérebro
Era trem, era fumaça do trem, era barulho do trem
Era café e era pão. Café e pão. Café e pão.

Parecia inconsciente,
Bêbado impotente!
Mas falei para os 25 amigos que estavam a não beber comigo:
Não sei como uma bela consegue ser mais que isso! Ser linda,
e querer ser minha.
Eu não devo, eu não mereço.
Ou ela não me merece... mas eu me acostumei a desvalir minhas emoções
Eu não queria ter ficado mal-acostumado, mas fiquei,
e é ruim de sair.
Ela me puxa dessa vida e no final da minha diz:

"Venha logo! Te aperto até tu sentir o calor
que espera debaixo do estampado cobertor
Encanta a mim, e canta aquela música do jobim
Me faz descer, me faz parar, me faz pedir parar
Me faz chorar depois que te desencontro
Desalmado! Safado e inerte!
Queria que você fosse inerte como uma pedra
quando estamos a rolar nos rios,
nas escadas, nos desvarios,
Na cama, nos assobios, no seu peito e nos meus macios
fios de cabelo"

Ela não fala isso tudo,
ela fala bem menos,
na verdade,
ela nem fala.
Ela me olha,
e eu vou.

Entre dos aguas (en español jamás)

Essa menina quer ver-me encharcado agora
noite e dia, noite e dia, meia-noite
ela chora, e liga, diz que vai acabar tudo que temos
diz que temos, que não temos, que teremos...
Ela diz tanta coisa enquanto soluça
que eu não sei se ela diz, ou se eu invento ouvir

Transfusa minha cabeça fica no estado pós-doença.
Eu já dizia que ela ligava chorando,
mas eu que devo estar chorando agora e não liguei pra ninguém
Posso ligar pra você, perdoe-me antecipadamente se ficar tarde,
mas você sabe que eu só ligo pra você para recados.
Não gosto de conversar,
mas gostei de você

"Oi, você aparece lá às 15 horas?
-Sim, você vai, né?"
Isso se torna tão descasco de bananas em pleno fim de madrugada
O preparo da vitamina no liquidificador,
Não é amor que está lá girando.
É pensamento... Tormento, lamúria, você, todo seu perfume que eu não me canso de sentir em outras pessoas, mas não sinto em você.

Eu não falo de sempre uma mesma pessoa, nunca me refiro a ninguém
A única pessoa que me refiro sou eu quando digo "me" e "eu".
Eu disse que a menina queria ver-me encharcado,
e está chovendo, tudo desmoronando.
Menos nosso barraco e nosso amor.

Que chuva que nada,
Ela quer me molhar de choro.

terça-feira, 19 de maio de 2009

acompanhar

Disfarço ansiedade
com anseios frívolos à madrugada
a moça sonha que está tarde
sonha que seu sonho arde
Por favor moça, sem alarde
Eu chego já pra te acordar

Se eu tenho duas moças
E uma sabe disso
e outra não sabe
E que o amor delas
já não cabe
no coração de quem nunca amou nenhum moça

E se essa que sabe
Nunca o visitou
E essa que só sonha
Sonha que amou em vão
Ah, que burra é então...
Que acha que amar
é jogar tempo fora
Que perca suas lembranças
Que perca o agora
Amar nunca é
Amar nunca foi
Amar nunca será
em vão

Não quero ver o que vai restar de mim
Quando todos descobrirem da minha vida
não quero ver... não quero ver
mas mesmo se quisesse
elas não iam deixar.


segunda-feira, 18 de maio de 2009

post nº 400

Parabéns não a mim, e sim a todos vocês.
Muito amor nos gestos, no sentimento e na palavra.
Sem amor na palavra, eu não estaria insistindo nessa idéia inútil de discernir sobre vidas inexistentes.

O post que seguirá reflete a situação que passo de tormenta. 15 comprimidos em 24horas, sinto-me enauseádo, mas a febre não passa, a tosse piora e eu tenho que estudar. É um diálogo entre algo e alguém. Perdoem-me.


"Eu não quero morrer. Meu olho que quer.
-Não. Seus olhos querem chorar.
-E eu não?
-Não. Você só vive. Seu olho que chora. Você sabe que quer morrer e seu olho sofre por prever que não verá ninguém com beleza como ele via nos campos
-Mas eu quero ver essa beleza ainda das garotas, principalmente!
-Você quer morrer. Suas mãos que procuram agarrar tais moçoilas.
-Ora, por favor... Então partindo dessa sua tese, como explica um câncer de intestino que mata um ser?
-Mesma coisa com os olhos. Você é formado por partes independentes que tomam suas próprias escolhas. O olho vê, chora e renega a luz. As mãos sentem, acaricíam, ferem... matam a si mesmas. E o intestino pode muito bem deixar de realizar suas funções por não quererem viver.
-E um olho renegar a luz é como querer morrer?
-O olho que renega a luz assemelha-se com o homem que se entrega as trevas.
-E meu cérebro?
-E com o que mais estou falando?

(...)


Com amor e melancolia,
Ciro.

domingo, 10 de maio de 2009

eu falei

Antes que fique tarde
e você comece a desconfiar
vou te falar a verdade
sob minha falta de ar
.
Queria dar um passeio
Dentro do seu coração
Pra eu não ficar tão alheio
suspenso nessa aflição
.
Ou somente ser você
Tiraria de mim essa dúvida
Que me faz ficar a mercê
Buscando em tu uma saída
.
Na verdade, te amo
Não importa o tempo,
não importa o futuro,
Não importa se o céu tá escuro
Se amanhã vai chover
Se um dia vou te perder
Se você tá aí pra mim
Se vou te perder no fim
Quando você desistir
E fizer que nem as outras
Sei que vai ser assim
Exatamente igual,
pois sou fraco,
Besta, nunca vi alguém
com índole de bom amor,
Índole de imbecil,
besta e sem valor
Elas usaram da sorte
de eu gostar muito de cada uma
Mas agora sem nenhuma
na cabeça
só penso em você
Pode até ser mentira,
o passado ta aí pra dizer.

ontem

Não é do meu costume
Mas me lembrei da promessa
Que você fez ontem a mim
.
Não me pareceu ciúme
Mas no meio da conversa
Você quis chegar no fim
.
E agora quero que arrume
Claro que seja sem pressa
Palavras tão rudes assim
.
Sou peixe sem cardume
Prefiro sair logo dessa
Pra depois não achar ruim

Essa faz tempo

Quantas palavras me faltam pra eu definir você?São palavras tão arteiras, ciganas, faceiras... Não as vejo no dicionário. Eu vou esperar julho, como uma criança que espera nascer. Vou esperar você, mas não na janela. Vou acender uma vela de mil anos.E só apago, quando te ver.

perdão

Não queria chegar assim em um domingo qualquer
Sentindo a mão de uma mulher na minha divagação
E a minha num peito qualquer, fora de ilusão
A mão do café, a mão do balão... prefiro a da minha mulher
.
Preferia longe de mim, do que simples mão de avião
Dessas que sonho em pé, quando entro no meu vagão
Há tantas outras de pé, e outras com livros na mão
Meu mundo é vazio, meu mundo está por um fio... de solidão
.
Agora imagino uma orquestra toda em equilíbrio
Tocando impertinentemente a trilha de meu sonho
Era você do meu lado, o tempo, o tempo todo
Mas sei que prefiro acordar e ver sua mão devagar apertar minha mão
.
Perdura o período, ilíado quase castigo de filho
Seus olhos não olham mais pra mim com amor
Me perdoa por ter te perdido, amor
Ainda estou com você, pelo menos.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

de volta

Você que tanto acredita em um grande bem,

Um nem, se vem é só pra virar

Mas ah, tão bom, que o bem vem a calhar

E assim calado, calo os beijos de alguém

Mas não é pra mim,

Não mereço

E assim você se deita à madrugada

Não vê se está em belém, recife, manaus, no além

E um coro de orixás lhe acorda de manhã

cantando "meu senhor, filho iemanjá

Desista do tal de amor, esse não bate em seu lar

Nunca bateu

Nunca baterá"

PROTESTO

14:39 - Antes que seja protesto aos protistas, venho reclamar de uma mania da nossa sociedade que podia ser eliminada. O uso de ervilhas. Para que tanta ervilha? As pessoas que as defendem dizem que comem porque não sentem gosto nenhum. E se não sentem gosto, porque comer? É uma semente ruim, rancorosa, pior que cajú, e que não nutre nem sustenta pilares de uma economia como o milho, por exemplo. É deveras inútil, é feia, amassa, não tem aspecto suculento. PARA QUE ERVILHAS? TIREM ERVILHAS DOS CREMES DE GALINHA, POR FAVOR!
(cuentro também).

domingo, 3 de maio de 2009

monofasia

Você que é tão experiente
Espera ser paciente
E entende que continuar valente
Ou vai lhe deixar doente
Ou vai logo lhe curar
Me ensina a amar
Sem perder tempo
Me diz um passatempo
Para meu tempo passar
-Você que parece tão jovem
Me diz o porque que só vem
Para se analisar?
Burro sei que não és,
Como não sabia que amar
É um ótimo passatempo?
Você é bobo no início
Você é bobo no fim
De noite, parece arlequim
Na queda de um precipício
"O coração tu entregas
Mas disfarce que é tão piégas"

Weird

Não confio mais em mim
dois corpos, um pensamento
ela quer que chegue no fim
no fim só resta o lamento
que esperança o que?
Se amar é tão fácil assim
Prefiro ver televisão

feio

Deveras sinto que pode estar mal cuidado
Um simples ninguém pouco assim amado
Discorda tão fácil do que lhe é alheio
É mal cuidado, pouco amado, chato e feio
Confiança falta para si mesmo,
e entrega a esmo a falta de amor dos outros
O bonito, o feio, o híbrido são tão iguais
são tão sem amor
que é melhor ser feio
e amar calado
Desconfiado. Um morto-vivo calado
Ele não sabe pra que tanta mulher
Desconfia de si mesmo, e não sabe se realmente não sabe
Ou se finje não saber quem é
Quem o é?
Dai-lhe calma alguém do céu, sendo assim
calma em terra, que ele não quer viver
não quer viver desse jeito, mas quer viver até o fim
Se cada mulher muda sua vida,
que ele ache a mulher de outrora

sábado, 2 de maio de 2009

você sabe (dezembro)

É tão bom, solidão
poder andar tão devagar,
divagar com a emoção
e nunca parar
dançar com suas mãos atadas
ser seu parceiro,
deixar a porta aberta do banheiro
poder falar mal de quem quer
e se mandar calar a boca
tão bom solidão,
mas prefiro sofrer,
que te ter na mão
Eu vou procurar de volta a menina pele alva
a menina da malquerência
e a nova do meu viver
é tão bom solidão,
não ter ninguém
mas se for pra não sofrer
que não seja assim em vão

condi

É tão desconfortante
estar tão confortável
livre... e preso a ela
É domingo como qualquer outro,
mas é mais domigo,
é mais dia
É domingo... mas é domingo dela!
É dia, semana, santa semana
santo dia,
é a hora que não quer passar
só pra me ver reclamar
é espera
mas é pra esperar ela
Alusão a um sentimento
ela diz que não quer ter tormento
diz que em um mês tudo acaba
finda em um túnel sem luz no fim
e agora a menina sem sentimento
quase sem nunca falar
se mostra a verdadeira mente
de um coração
é triste
mas é por ela

good time to roll on (really lured)

13 de novembro de 1995

22:55 - Acabou. Enfim, acabou, acabou e acabou como tantas outras vezes. Não me recordo de como fui dormir ontem, e também não faço questão de recordar. Ouço a música que ouvia há um ano, e ouço com a mesma freneticidade e periodicidade das batidas e tremidas na perna. Vejo três olhos totalmente diferentes, e é incrível como o tempo se torna sem ordem cronológia para mim. Os 3 olhos na música, a espera na fila da carteira, a última partida de bilhar, as novas gírias, as infinitas idas à praia, o ciúme, o silêncio, o ciúme, raiva, só raiva, tatuagens, mil palavras vem a minha mente. Lembro-me que ao olhar pra um destes, via-me estável, mas sempre fui o bobo do amor... Não sou mais! (?) Partindo da premissa de que eu sigo a TAD, eu não ficarei mais triste como antes. Sinto me leve como brise, mas adstringente como a última NaOH do deserto. O swing chega. Dança, leves plumas bailam na festa a fantasia. Os pés dela em cima dos dele, a briga no café da manhã, e 4 meses se seguiram assim, até uma outra qualqu(mulh)er subir em seu colo e os dois fantasiarem e encenarem a novela do casal perfeito. Nem era. Mas podia ser. Ela não quis. Chega de tantos períodos. A culpa foi toda dela, e coincidentemente toca aquela "centro do universo" da banda soteropolitana mais underground dos arredores de uma cidade que não é cidade, sim bairro. Eu já to enrolando muito sobre mil coisas que não dão em nada. O que eu quero ressaltar é minha liberdade. Eu gosto de ser livre preso a ela... E por causa disso, falarei mais acima, ou abaixo, tanto faz.

terça-feira, 28 de abril de 2009

inha

Tenho muito saudades de minha menina
E ninguém sabe o quanto
É tanta saudade dela e do tempo
Que Deus, pra sentir o que sinto
teria que a acabar com o mundo
depois de muitos morrerem de fome
Depois de verem se o poço é fundo
Pra deus sentir falta do homem
E eu sentir falta do mundo

Que ela é o que é.

inconstância

Eu sinto... eu sinto que não sinto que sinto que prefiro não sentir nada. Nunca fui de prever, sentir nada, mas sinto, e como não minto, digo que sinto e agora nego tudo de novo. Eu só queria a partir de agora, não ficar triste como sempre fico no fim de tudo, e ficar sempre condicionado. Eu sempre digo isso, sobre estar condicionado, mas é sem condições a não aceitação de outra condição. (condição esta que todos já sabem qual é). Já sou o bobo? Se só pareço, é bem pior, então prefiro não mais expor-me, mas só tenho o pedido a fazer. De que ela não deixe de gostar de mim pelo meu medo.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

"apenas porque você não sabe voltar pra mim"

Sei lá que hora. Há tempo não lembrava-me da tristeza. Agora sei bem, e não preciso dela mesmo (cuidado). Estou triste, o dia não deu certo em momento algum, na verdade. Só na hora que acordei e os 10 minutos que se sucederam. Achei agora a banda certa, mas estou doente, febrio, com frio, sem vontade de falar, cantar, deitar ou qualquer outra coisa. Maldita seja a indisposição que a tristeza lhe fornece.
Sou um idiota!

terça-feira, 21 de abril de 2009

não é muita coisa

Madrugada doce, e só perversa
Faz minha mente inversa contrária ao que é
E o que era, só se desfaz com o desejo
O anseio de um beijo dela, é culpa dela
E só mente a culpa se esconde a boca
Comprime os lábios, o olho desfoca
Se arrepia, fica louca
Diz besteira, e o que diz me sufoca
De novo digo, a culpa é dela
Se estou afásico por horas
Nem mais encontro o céu
Tantas nossas senhoras
Sem nenhuma do papel

Me diz das tuas vontades
Quem sabe um cego, ou um alasão
Uma verdade, e outra em vão
Mil dizeres sem alardes
Que te trazem aqui então?
não digo de minhas cidades
Digo do meu coração

Se sonha, sonha mais alto,
se não, te dou o meu
Não só porque és culpada
Mas antes que só amada
Não quero deixar por nada
o sonho de alguém como eu


Conturbação

17:00 - Em ponto! Escrevo tudo aqui muito rápido ao som de alguma dessas músicas que eu não sei ao certo pronunciar o nome, quanto mais a letra. Escrevo como Ciro Guilherme aqui mesmo, só queria salientar que a minha mente tá conturbada, sei não o porque.

domingo, 19 de abril de 2009

sob(re) você

Sr. Inácio Péricles, maio de 1991

Sobre a única bela bela de nome, corpo e alma que conheci

Os meses passaram voando de lá pra cá. Sei que daqui a um ano alguns meses nascerá o 3o filho do casal de nova cruz. Eu queria falar sobre o futuro, mas eu não sei do futuro, e se for para falar deste, que eu volte ao passado para falar de meu presente então. Que posso falar? Começarei então de mim, pois só deste que sei falar (por enquanto). Eu não sabia que íamos chegar a esse ponto. Não sei se fui com pensamentos vanguardistas logo, mas não queria um relacionamento embasado nos relacionamentos que existem por aí, até por achar que nunca uma mulher como esta se engraçaria para alguém de minha índole. Na verdade, acho que ela me encontrou em uma fase de mudança, e ela disse que eu a encontrei numa fase de calma, ou simplesmente, transição.
Guardo ressentimentos de não poder lembrar de nosso primeiro beijo. Mas pelo menos, tenho uma imagem um pouco mais romântica que sei que ela tem, e este sou eu, aqui, em plena 02 e 20 da madrugada discernindo sobre a bela que não utilizo aposto, nem vocativo para comprimir os próximos adjetivos e definições de nossos 2 meses e 400 dias de amor.
Eu gosto das reclamações dela. Todos gostam do olho dela, mas o que eu mais gosto é de quando ela o vira desconversando com o olhar. Foge de mim com o olho, e me procura quando não quero enxergar. Se ela me engana, me engana melhor que qualquer um que já me enganou. Mas prefiro achar que não.
Gosto da voz dela, não apenas no telefone móvel, mas gosto da rouquidão das palavras. Gosto de novo das reclamações excessivas e desnecessárias. Tudo isso embalado com um sotaque meio carioca, meio nordestino que me expande a mente, me leva a analisar cada ângulo de seu sorriso.
Infelizmente, eu já estou aprendendo rápido para ela. Sei que gosto dela, sim. Ou mais com quem gastaria esse meu tempo? Com ninguém, fato.
Espero que se o ano 2000 chegar, eu esteja na areia da praia com ela.

Com amor,
Inácio.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

como quem partiu, ou morreu

não me sinto hoje. só um grande bosta, queria continuar com o pensamento de que eu não presto, e não sei como ainda existe carinhos direcionados a mim. beijos

domingo, 12 de abril de 2009

don't smoke

Don't smoke in the officer
Don't smoke in the bedroom
Don't smoke in the hall
Don't smoke in the house

YOUR FACE
YOUR FACE
YOUR FACE
IS GRAY

YOU DON'T MAKE THIS HARDER LIKE YOU MAKE YOUR LIFE
YOU CAN'T SLEEP CAN'T LIE CAN'T GO CAN'T KNOW WHY

I'M NOT GOING TO THE PARTY THAT WAS INVITED
I DON'T WANNA JUST FOODS I DON'T WANNA JUST FUCK
I DON'T WANNA THE GIRLS AND DON'T WANNA STOP


terça-feira, 7 de abril de 2009

100 ela

s. f.
1. Favor.
2. Perdão.
3. Benevolência.
4. Chiste.
5. Gracejo.
6. Acto ou dito que alegra e faz rir.
7. Dom de pessoa graciosa.
8. Agrado.
9. Airosidade, garbo.
10. Privança.
11. Elegância no estilo.
12. Dom sobrenatural, como meio de salvação ou satisfação.
13. Pop. O nome de uma pessoa.
14. Tratamento honorífico em Inglaterra.
graças

domingo, 5 de abril de 2009

"they are... the porigons!"

What a boy
What a boy!
Your own toy
Your own toy
Is the heart of air

Ugly boy
Ugly boy
With other ugly thoughs
Drunked boy, killer boy
Without other mouth

for you

What kind of drink you drunk this night
What type of girl you stayed when you're stay lyin'
And what type of LIE did you tell for them?
And what brand new meds you took until die?

What a boy
What a boy
Now he's got a gun
Fucked boy fucked boy
He don't wanna see the sun
anymore
anymore

The sun is not for ugly boys
anymore anymore
the sun is not for ugly boys

sexta-feira, 3 de abril de 2009

vida

vida vida vida vi davi dá vida da dívida dada
diva vai de diva ou vadia?
Quanto mais vale, mais valia
Vi davi dá vida por dívida.

Triste.

morte morte morte temor-mór à morte
More em lugar algum
tema o temor de quem teme a morte

Teme teme teme tem-me
ela sabe, daqui eu pulo

amor amor ah, mor...
amo

ódio ódio ódio oh, dio mio
o dia chegou

é amanhã

Já tive corações

Cheguei do hospital,
É embarque ou desembarque?
Não lembro de ver um tal Barack
De dentro do avião

Se o piloto falhou,
Se o óleo desceu,
Se a luz se apagou
Se meu filho morreu
Eu fui também.

A ribalta me traz a calma,
Ou só as luzes dela, que lembram-me uma certa cidade
Que todos dizem tão fedorenta
Mas sua manhã é tão céu
Que não sei se o paraíso me atenta
A não mais pecar
E poder voltar
a voar

Do céu, vi uma ave imensa me levar
De volta para meu chão

Desconjuro

Assumo que sou nada sem rima
"Tá tudo em cima?" Um anjo me falou,
Não percebi a entonação que o fascina
Nem o ponto de interrogação que o conjurou

Pontuações tão potentes, que sei de quem quisera ter uma força
Aplicada a um corpo, tão qual como uma certa Terra
Que me impede de lavar a louça
Quando a noite se encerra

Difere o modo de dizer "te amo"
se este modo vem com um questionamento
Incerteza causa ao que perguntou
E ao perguntado, só causa lamento

"Tá tudo em cima."
Ouvi de cima falar
Um anjo sem asa, impotente
Contente por não saber voar


quarta-feira, 1 de abril de 2009

TUDO MENTIRA!

Parecia mentira,
mas até que era
no peito marcado, a mira
O alvo, o coração da fera
Ela sabe que não atira
Por isso que sempre erra
E ele espera
E ela lhe mira
Mas, de novo, erra.

Tá aí a liberdade então,
não sou a bela que te prende
E nem quero só ser a que acende
A chama do teu coração
-Dê-me e siga teu rumo,
Pois se não entendes o sentimento
Não entenderá que o tormento
Me tem, mas não assumo

-Me deixa ser por um dia,
antes de eu me cansar
-Assim que esse dia chegar
Você inventa outra folia

Desisto da mentira que me prega à você
-Desisto de você, já que é tudo mentira
-Então ache uma verdade para não sofrer
-E você ache outra para lhe por uma mira

(mira na mentira)

quinta-feira, 26 de março de 2009

desculpa

Eu tenho saudade,
e tenho bem mais que isso
Não tenho ninguém comigo
Nem comigo alguém me tem
Destruo meu próprio abrigo
E perco o que me convém
Desisto do pouco que resta
E começo o que não dá certo
Chego sempre no fim da festa
E o amor não estar por perto

Pareço não conseguir
E por não conseguir, sempre tentar
Sorrio, mas não vejo sorrir
O sorriso amarelo que vem me inclinar
Não preciso,
Não preciso,
Não? preciso.

Ninguém está por perto
Ninguém pra mim é amor
A ele sempre alerto
Prefiro sentir o dissabor
Do que só comer o que gosto
Pois essa tortura vicia
E enquanto vicia, tosto
No sol do próximo dia


(desculpas)

amor.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Apelo ao não suicidio

"Eu só aceito a condição de ter você só pra mim"

A partir de agora escrevo sobre minha preucupação para com o estado de um certo romântico amigo meu. Apelo para toda minha teoria do gostar descartável, e descarto todas minhas cartas para poder ajudá-lo, não quero perder uma das pessoas que mais me dou bem, nem quero mais falar sobre isso, portanto, estejam aptos a esquecer de tudo isso.

Quero que tudo dê certo, se não nem eu mesmo sei como vou me virar.

Mais amor.

D♥ amor

Tenho escrito muito esses dizeres "d♥ amor" em todos os lugares que eu passo. É um dos poucos momentos de felicidade do meu dia. Pois é, hoje analisei que não faço nada nos meus dias, praticamente. Estudo de manhã, estudo de tarde, e acho que virei um robô.

Por isso me engano com tanto d♥ amor.

Amor para todos vocês.

terça-feira, 24 de março de 2009

AUGUSTA

Eu me apaixonei
mais de uma vez
em uma semana
E pelo o pouco que sei
Sempre no final
o amor me engana

Uma destas não é das mais lindas
É tão fria, e tanto me dá fome
Mas sacia-me no outro dia
A outra diferente desta
carrega a beleza em seu nome
E me mata de fome quando esvazia
Minha cama.

Eu pedi permissão
A minha flor
Para ter outro amor

Eu a vi corar semi-nua
Mas me apaixonei
Por uma rua

E eu vou voltar para a Augusta
Para provar que é injusta
a minha vida sem ela
Sempre que você se assusta
Te pergunto o quanto custa ter mais de uma donzela

Mas eu só volto pra ela
Levando a minha bela
na mala do avião
Pois não sendo pelos ares
Eu vou indo para os bares
que quebram o seu coração

Eu vou voltar
mas dessa vez eu vou com ela

quinta-feira, 19 de março de 2009

voar

21:57 - Estou próximo da hora de ir. De fato, não estou bem. Me sinto só, e sem competência alguma para qualquer coisa. Perdoem por todo o tempo que passo sem escrever, mas não consigo. Para alguns, felizmente, não preciso de tanto enchimento de devaneios.

Queria desejar amor a todos. Amor em todos os atos.

quarta-feira, 18 de março de 2009

lion love

One love of lions
The city waits
Our own jungle
Make believe in real love
The lion fought
With other male lions
But he won!
And all of this is because
The lion girl

In the all jungle, The lion is a king. But in the house of lions, the female is who give orders.

Love of lions, I trust. They trust, if no, they'll eat you

domingo, 15 de março de 2009

preso no mar

Capo no 3o traste
G C G
Eu preso no mar
suspenso no ar
já chega a manhã
pra levar a razão

De noite era amor
E era só confusão
Não sabia se o cheiro
era seu o do mar

O olhar que eu vejo
está por trás do mar
O olhar que eu via

O beijo que sinto
o mar já quer salgar
O beijo que eu sentia

O corpo que eu toco
A areia quer afundar
O corpo que eu sabia

sabia que era meu,
sabia que era meu
Mas a água levou

E agora vejo voltar

Seu sorriso em cima da areia
Me entrega a tempestade

Bichos e bichos nos infestam
Mas não estamos na floresta
estamos tão perto do mar
estamos tão perto de prédios e de lá
Onde você mora

Flores e cores não nos vêem
mas nós vemos tantas cores
De cores e dores dos amores
Que passaram sua vida no mar
E que sabe o vento há de levar
o amor
o amor
De nós
Pro mar
Pro mar

o amor,
o mar,
amar
o amor
demais
além
do mar



domingo, 1 de março de 2009

she lost control

Eu, ilhado e sem esperança:

Não tinha sequer dado-me o luxo de gostar de alguém. Não, não, pensei tanto sobre isso que, se eu desfizesse o acordo, seria uma auto-traição inquestionável. Claro, nem eu mesmo sei o porque, mas acho que assim posso gostar de alguém, sem tornar-me vulnerável.


Falta

Me contagia essa falta de esperança
me torna a razão que falta no peito,
E o sentimento que falta à cabeça
E a fila de espera pra um corte mal-feito

Antes era só unha
Ou pouco mais que isso
Mas faltava no rosto o sorriso
Que ainda me falta agora

Me falta a dor ou o sorriso
Mas infelizmente não preciso

Ainda era escuro no dia,
E você não entendia o porque
Te falei das mulheres,
E dos cheiros das flores
E que quando tu queres
Discernir de amores
Sempre que vinheres
Me traga novas cores

Pois o medo de amar é tão franco
Que tenho medo de ti em preto e branco




sábado, 28 de fevereiro de 2009

Inaugurando

Admito que estou honrada, honrada de um amigo confiar seu blog à mim. Nossa, logo eu, que nem saber escrever tão bem quanto você, cirok. Mas um dia eu consigo.
Quero te agradecer e dizer que juntos, nossos blogs vão bombar.
Fiquei emocionada com seu post dizendo o que você aprendeu comigo, amei.
E vamos fazer muitas listas juntas.

Beijo, desejo sorte para nós dois.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

mix de muitas coisas (7)

Não sei o dia de fevereiro de 2009

Teoria do gostar descartável

Bem, é sem muito prazer que começo a escrever esse novo mix. Digo sem muito, eufemizando, porque é sem nenhum mesmo. Estou aqui só para não esquecer dessa minha teoria elaborada juntamente comigo mesmo, sobre um novo estilo de paixões futuras para mim e todas as pessoas que quiserem assim seguir.
Muitos amores que tive, foram iguais. Tudo bem, não iguais em seu sentido de pessoa/pessoa. Digo iguais em como eu me senti no começo, e depois no fim. Que grande coisa é você gostar de alguém, e 3/4 meses depois, você, ou deixar de gostar da pessoa, ou ser deixado. Não tem fundamento tal dedicação. E após algumas horas, depois de boas doses de cachaça com sal, e poucos devaneios com meus amigos imaginários, e meus amigos reais com nomes alternados, eu comecei a elaborar uma teoria.
Dadas às razões, esta teoria, baseia-se no indivíduo que estar apto a gostar de alguém, não se preucupa em ser ou não frio com esta. Sai, diz o quão gosta dela, não é falso. Não pode ser falso. E para isso, ele apenas tem que estar conformado. É isso! A conformação de que ali não é o verdadeiro amor, não pode ser. É só um "gostar". Mas um gostar que não é necessário, mas não é algo desválido, também. É como um copo descartável. Você o usa, de mais diferentes jeitos, para mais diversas bebidas nele. Até que quando você não quer mais beber, seja lá o que for, ou precisa acabar, para algum tipo de imprevisto, você o joga fora, e não sente falta, não o adota.
É bem isso, depois informo mais sobre a teoria do gostar descartável.

Moram longe

E
sse aqui é só para reclamar de quão distante são estas casas de alguns meses para cá. 2 ônibus na ida, 2 na volta. Dormidas no ponto, estresse, antecipação... Pior é agora que não sei nem onde é essa danada dessa parada.


Rodopiava na minha mente
Somente estava, mas ao teu lado
E eu fugia, você doente
De tanto líquido destilado

E me mandava milhões de textos
Mas muito curtos para o meu dia
Eu que salvei tantas malucas
Estava com a mente vazia

A mente sempre está inapta
A fazer o que você quer
Não me importa
Você só faz o que quer


segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

manhã

"E quanto mais eu morro, você mata." (Igor Filus)

Sonho de carnaval

Era tudo tão real, como todo sonho que lhe pega de surpresa. Contendo a inocência da primeira luz do sol que pede para entrar em sua janela, contendo a felicidade do acordar ouvindo risos de crianças brincando na areia de uma praia gramada a certa distância do mar. Contendo a sensação de ouvir sua música preferida, sendo tudo isso, inconsequentemente dentro de sua imaginação infértil e perspicaz à procura de felicidade na cama. Sozinho.

Estive pensando, talvez este seja um dos, ou o último post deste blog como sendo público. Eu odeio ter que lê-lo, e só vejo coisas de um diário de uma vida já monótona, e muito descritiva. Estou fugindo do que queria que as pessoas lessem aqui. Mas não sei mais fazê-lo, e então, é uma maneira de mostrar-me ainda mais desistente das coisas.

mix de muitas coisas (6)

Devido a toda temática do post anterior, este aqui que vos escrevo, apenas é um relato sobre as consequências em mim aplicadas em função de toda monotonia e vagarocidade do que vem acontecendo. Eu não queria dizer que estou triste, mas há muito não digo nada a respeito da tristeza. No início, acharia que ia me orgulhar por não precisar de ninguém, e na verdade, não preciso, mas sinto falta de poder sair, e sair. Mas estão todos se divertindo na cidade, enquanto eu me enloqueço com textos ridículos, poesias imbecis e pensamentos levianos sobre toda a vida a qual estou passando.

Podia comentar que está frio. E estou sozinho, na verdade, estou só quase sempre ultimamente. Não só no sentido de não ter ninguém por perto, mas me sinto um pouco deixado de lado, consequência daquilo que eu mais desejei. Deixei de lado as pessoas, e elas, em resposta a minha atitude, me viraram as costas. E digo isso desde pouco antes de todo esse carnaval. Claro que não poderia deixar de esquecer aquelas pessoas que me descobriram, que eu descobri, e as que não me deixaram assim tão depressa. Àqueles graduais e momentâneos, eu vos desprezo na verdade. E os que ainda tem fichas para apostar nas minhas virtudes, o mínimo que vos daria, seria o respeito. E dou mais. Dou a saudade que me consome. E isso pode ser por não querer mais a saudade em mim, e por mostrar que se ela está em mim, é devido a falta de algum de você(s).

O pior de tudo isso, é que quando chegar a quarta-feira, eu vou estar no meu pior. Como já havia comentado (ou não), as quartas-feiras estão me matando. E comemorem, pois ainda não estou matando ninguém. Tudo resume a brincadeiras, não acreditem nessa tristeza de um simples jovem mentiroso que só tem um blog para descarregar seus pensamentos sujos sobre a sociedade linda que o cerca. No fim, verão que fui só um palhaço qualquer, desvalido do riso, mas pintado para aquele que me vê sempre achar que estou rindo. Mas o que mais tento, é provocar o sorriso, para assim, acompanhá-lo no sorrir.

Agora, o carnaval está a poucos dias de acabar, e se você está aqui lendo (o que eu acho impossível) , me perdoe se agora você vai me ver mais chato. Mas cada um deve saber a hora de se recolher a sua própria insignificância. E acho que agora é minha hora. Não é nada pessoa. It's just business.


Fuck every little things
Take that smile in this face
This ain't true, and you
Doing question to show this lies
For the world

And now I'm tottally corrupt by the yellow teeths
And the smoke leave me to the new heaven
I just want to see my dancing body,
'cause I'm dead moving out this fake arms

I miss this lies
But I'm keeping wish the same things
to the littlle things.

If I sad, doesn't matter,
I'm supposed to be in a place
With anybody that don't know the secrets of the world
'cause I'm tired of this


sábado, 21 de fevereiro de 2009

mix de muitas coisas (5)

Esse mix tem uma razão em especial, uma exceção à regra que criei na minha mente. E o tema a ser analisado é este que muito é falado na imprensa, nas músicas, o ano todo, mas em especial nesses 4 dias que aqui me seguem e me torturam, e me felicitam: O carnaval.

Ainda no jardim de infância, a professora da escola a qual estudava, tia Silvânia, ensinava a todo que carnaval significa "a festa da carne". Analisando de maneira breve, comeremos bastante carne para não termos tentações durante a quaresma que se inicia na quarta-feira de cinzas. Metáforas à parte, nós fazemos isso mesmo. "Nós", de maneira geral, eu não me enquadro muito, não sou tão seguidor desta filosofia carnavalesca. Entretanto, considero os carnavais antigos fantásticos, com toda a arlequinada, e todos os personagens antes criados pela comédia Del'arte e depois utilizados como fantasias para, realmente passarmos despercebidos de quem éramos, pois era carnaval.

O que vemos hoje, é muito mais do que a festa da carne. Extravasamos toda a emoção, repreendida o ano todo, colocamos a culpa de toda e qualquer besteira fizemos nesta festa, em que a principal intenção é a diversão. Mas calma, não serei o bobo moralista que estarei excluído da sociedade, falando mal do que fazem, do que deixam de fazer, das mentiras, da promíscuidade... Enfim, não estou sequer analisando, nem comentando. Estou apenas discernindo um pouco sobre tal evento, no qual todos param de fazer qualquer coisa, e deixam para começar o ano, depois do carnaval.

Desculpem-me pelo excesso de 3ª pessoísmo, na verdade, nem me incluo em tudo que disse com os "-emos". Esse ano, não pensei muito em sair, em precisar da praia que tanto preciso, mas não precisarei porque é carnaval. O sol, céu e mar sempre estarão aptos para mim.


Estou sobreposto na mesa dos bares,
E preso nos olhares da vida de então
Mas não estou só, descobrindo estes mares
De gelo e de ondas, e de só solidão

Mar de solidão não me diz respeito
Mas estou sujeito, a espera de aval
É tão mal dizer que falta um jeito
No leito que excede doente no hospital

Estou agora no meio de toda rua
E vem um nua mulher apenas de vél
O céu vem descendo, e outras mulheres sua
Te dão mais prazer, mas te deixam ao léo

Senhora rica, vestida de menina
É tão colombina que ao chegar no fim
Um pobre arlequim, como é sua sina
Morre apaixonado, não é tão ruim

É não ruim morrer apaixonado
Ou só não morrer, já não está tão mal
O sal entorpece as narinas, do lado
Em que todos se banham no carnaval

E todos se banham no carnaval
Assim como eu me banhei com você